03.06.2013 Views

Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...

Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...

Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Figura 11. Estrutura molecular do cortisol.<br />

O cortisol é sintetizado pelas células da zona fasciculada. O seu precursor, o colesterol, sofre<br />

a acção do enzima colesterol desmolase nas mitocôndrias, o qual faz a oxidação da cadeia<br />

lateral do colesterol em C-20 e C-22. Esta cadeia acaba por se romper, deixando o anel<br />

esterólico com uma cadeia lateral de dois carbo<strong>no</strong>s em C21, e forma-se uma molécula<br />

esteróide, a pregne<strong>no</strong>lona. Seguidamente, a pregne<strong>no</strong>lona sofre a acção combinada da 3-β-<br />

hidroesteróide desidrogenase, que oxida o hidroxilo 3 (transformando a função alcoólica em<br />

cetona), e da esteróide isomerase que actua sobre a dupla ligação 5-6, deslocando-a para 4-5,<br />

e forma-se a progesterona. Esta é hidroxilada em C-17, por acção de uma 17-α-hidroxilase,<br />

dando origem à 17-hidroxiprogesterona (esta conversão é activada pela ACTH). A<br />

pregne<strong>no</strong>lona sofre a acção da mesma enzima, dando origem à 17-hidroxipregne<strong>no</strong>lona. Nos<br />

microssomas, a 17-hidroxiprogesterona e a 17-hidroxipregne<strong>no</strong>lona, sob acção de uma 21-<br />

hidroxilase (que transforma o grupo metilo em C-21 numa função álcool <strong>primário</strong>), formam<br />

respectivamente a 17,21-dihidroxiprogesterona e a 17,21-dihidroxipregne<strong>no</strong>lona, que se<br />

designam genericamente por 11-desoxicortisol. O 11-desoxicortisol sofre finalmente a acção<br />

de uma 11-β-hidroxilase, que catalisa a formação do cortisol. A acção glucocorticóide do<br />

cortisol é dada pela função cetona do C-3 e pela hidroxilação dos C-11 e C-21 (Figura 10)<br />

(Nelson & Cox, 2005).<br />

Após a sua libertação para o sangue circulante, parte do cortisol liga-se a proteínas<br />

plasmáticas. Aproximadamente 75% do cortisol plasmático encontra-se fortemente ligado a<br />

uma globulina de ligação ao cortisol, a transcortina (CBG, Cortisol Binding Globulin). Por<br />

outro lado, 10% encontra-se ligado à albumina e aos eritrócitos. Apenas a fracção livre de<br />

cortisol, que <strong>no</strong> <strong>cão</strong> é estimada entre 5 e 12%, é biologicamente activa. No entanto, sempre<br />

que é necessário, o cortisol ligado à CBG fica livre, dado que a ligação existente entre estes<br />

dois compostos é reversível (Rijnherk, 1996).<br />

O cortisol entra nas células-alvo por difusão, combina-se com um receptor de<br />

glucocorticoides (GR, Glucocorticoid Prefering Receptor) citoplasmático formando um<br />

complexo activo molécula-receptor, e é depois transferido para locais específicos dos<br />

cromossomas, onde se dá uma alteração da síntese do ácido ribonucleico mensageiro (mRNA)<br />

12

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!