Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...
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na homeostasia de electrólitos e de água; e, finalmente, hormonas sexuais, sintetizadas nas<br />
zonas reticular e fasciculada, em particular hormonas masculinas que apresentam uma fraca<br />
actividade androgénica.<br />
Os corticosteróides são sintetizados a partir do colesterol, um esteróide com actividade<br />
moduladora na permeabilidade das membranas celulares (Campos, 2008; Nelson & Cox,<br />
2005). Tal como todos os esteróides, o colesterol apresenta um núcleo ciclopenta<strong>no</strong>-<br />
fenantre<strong>no</strong> (figura 9), estrutura esta que se irá manter nas hormonas esteroides. O colesterol é<br />
sintetizado a partir do Acetil-coA e todos os seus 27 átomos de carbo<strong>no</strong> provêm deste<br />
composto (Campos, 2008; Nelson & Cox, 2005).<br />
Figura 9. Estrutura molecular do colesterol.<br />
Embora as células do córtex da adrenal possam sintetizar de <strong>no</strong>vo pequenas quantidades de<br />
colesterol a partir do acetato, aproximadamente 80% do colesterol usado na síntese de<br />
esteróides é fornecido pelas lipoproteínas de baixa densidade (Low density lipoproteins, LDL)<br />
plasmáticas. As LDL, que contém grandes quantidades de colesterol, difundem-se do plasma<br />
para o líquido intersticial e ligam-se a receptores específicos contidos em estruturas<br />
de<strong>no</strong>minadas coated pits existentes nas membranas das células do córtex adrenal. Os coated<br />
pits sofrem endocitose, formando um endossoma que eventualmente poderá fundir-se com<br />
lisossomas, libertando consequentemente o colesterol das LDL. O transporte do colesterol até<br />
às células adrenais é regulado por mecanismos de retroalimentação que podem alterar<br />
significativamente a quantidade disponível de colesterol. A hormona adre<strong>no</strong>corticotrópica<br />
(ACTH), por exemplo, a qual estimula a síntese de esteróides, aumenta o número de<br />
receptores celulares adre<strong>no</strong>corticais para as LDL, bem como a actividade dos enzimas que<br />
libertam o colesterol das LDL. Uma vez na célula, o colesterol segue para a mitocôndria onde,<br />
por um processo de clivagem, é formada a pregne<strong>no</strong>lona, por acção da enzima colesterol<br />
desmolase (figura 10). Esta é a etapa limitante da eventual formação dos esteróides adrenais.<br />
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