Hipoadrenocorticismo primário no cão - UTL Repository ...
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Figura 6. Corte histológico das zonas fasciculada (a) e reticular (b) da adrenal (Rijnberk,<br />
1996).<br />
Finalmente, na zona mais interna do córtex surge a zona reticular (figura 6b), cujas células se<br />
dispõem em cordões irregulares, assumindo um aspecto reticular. As suas células, de<br />
dimensões me<strong>no</strong>res do que aquelas presentes nas outras zonas, apresentam um citoplasma<br />
acidófilo com uma pequena quantidade de lípidos <strong>no</strong> seu interior, podendo também apresentar<br />
grânulos de pigmento castanho. É frequente observar-se nesta região células de contor<strong>no</strong>s<br />
irregulares, com núcleos picnótitos, sugerindo que estejam em degenerescência (Junqueira &<br />
Carneiro, 1999).<br />
As células da medula são poliédricas e dispõem-se em cordões em cujas malhas se envolvem<br />
capilares e vénulas. A disposição celular é de tal forma polarizada que quase sempre as<br />
células glandulares se posicionam entre um capilar e uma veia. As fibras nervosas (pré-<br />
ganglionares) que as inervam são encontradas <strong>no</strong> lado do capilar, enquanto que a secreção se<br />
acumula <strong>no</strong> pólo celular voltado para a veia, onde são lançados os produtos da síntese<br />
hormonal. Por métodos histoquímicos é possível distinguir dois tipos de células nesta zona<br />
com funções de síntese distintas, isto é umas sintetizam a adrenalina e as outras <strong>no</strong>radrenalina.<br />
A libertação destas duas hormonas faz-se isoladamente uma da outra pelo que sugere que<br />
ambas as células são inervadas por diferentes grupos de fibras nervosas. Observam-se ainda<br />
na medula células nervosas ganglionares isoladas ou em grupo (Junqueira & Carneiro, 1999).<br />
As células da medula adrenal, quando em contacto com agentes oxidantes, como sais de<br />
crómio, adquirem uma cor característica, castanho-pardacento. Esta reacção é de<strong>no</strong>minada de<br />
reacção cromafim (figura 7) a qual ocorre pela reacção dos sais com os produtos de secreção<br />
armazenados nessas células. Ao contrário do córtex, que liberta os seus produtos de forma<br />
continuada na circulação, a medula adrenal acumula adrenalina e <strong>no</strong>radrenalina, as quais são<br />
libertadas em grandes quantidades, quando a glândula é estimulada pela acção do sistema<br />
nervoso autó<strong>no</strong>mo (Junqueira & Carneiro, 1999).<br />
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