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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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- Fenômenos auto-imunes mediados por mecanismos humorais ou por mecanismos celulares parecem estar envolvidos nas lesões, podendo<br />

explicar as diversas manifestações cardíacas (miosite, cardiopatia dilatada e distúrbios de condução) e digestivas (acalásia do esôfago levando<br />

ao megaesôfago e acalasia do piloro levando ao retardo do esvaziamento gástrico) da doença de Chagas.<br />

QUADRO CLÍNICO<br />

- Constipação crônica e progressiva inicialmente responsiva a laxativos, mas que com o tempo se tornam completamente ineficazes.<br />

- Maior freqüência é notada ao redor dos 50 anos<br />

- Alguns pacientes chegam a recorrer às lavagens intestinais como único modo de evacuar,que se tornam também ineficazes.<br />

- Em alguns casos pode se palpar grande massa fecal (fecaloma) presente no exame abdominal. Além do desconforto abominal.<br />

- Nas formas mais avançadas podem surgir as complicações, sendo as mais freqüentes o fecaloma e o volvo de sigmóide.<br />

DIAGNÓSTICO<br />

- História de constipação crônica e progressiva.<br />

- Relato de complicações tais como o volvo e o fecaloma.<br />

- Positividade da epidemiologia.<br />

- Avaliação sorológica (ELISA, imunofluorescência indireta ou fixação do complemento).<br />

- O exame físico como pode revelar a presença de uma massa abdominal (fecaloma).<br />

- Rx simples do abdome: pode demonstrar o fecaloma.<br />

- Enema opaco: dilatação em grau variado do cólon e do reto.<br />

- Eletromanometria: Para os casos em que há dúvida diagnóstica: revela a acalásia do esfíncter interno do ânus (abolição do reflexo inibitório<br />

anorretal).<br />

COMPLICAÇÕES<br />

→ Fecaloma:<br />

- Acúmulo de fezes no sigmóide e reto repercutindo clinicamente em graus variáveis.<br />

- Seu diagnóstico é realizado pela correlação entre quadro clínico e a imagem radiológica, onde se nota imagem floculada na topografia do<br />

sigmóide (imagem de miolo de pão).<br />

- O toque retal geralmente demonstra “bolo” de fezes endurecidas.<br />

- Por vezes sua localização leva à irritação da mucosa intestinal, com secreção de muco que pode ser eliminado copiosamente, com sensação<br />

de evacuação incompleta. Este quadro recebe o nome de diarréia paradoxal.<br />

- Em muitos casos o fecaloma pode causar quadro obstrutivo agudo com distensão abdominal e dores em cólica, parada da eliminação de<br />

gases e fezes, vômitos, culminando com quadros graves que necessitam de abordagem cirúrgica de urgência.<br />

→ Volvo de sigmóide:<br />

- Torção desta alça em torno de seu meso.<br />

- Também se apresenta como um quadro agudo<br />

- Rx de abdome mostra uma imagem típica de U invertido (“grão de café”).<br />

- Esta torção pode acometer vasos do mesossigmóide, desencadendo sofrimento vascular que culmina em isquemia da alça, e, por vezes,<br />

perfuração da mesma.<br />

- Se não há suspeita de complicação, o tratamento do volvo do sigmóide é a distorção endoscópica que é executada com o auxilio do<br />

retossigmoidoscópio rígido ou flexível.<br />

TRATAMENTO<br />

→ Clínico:<br />

- Correção dietética (aumento da ingestão de fibras e ingestão de líquidos)<br />

- Uso de laxantes, supositórios e enemas evacuatórios<br />

- Aumento da atividade física.<br />

→ Cirúrgico:<br />

- Indicação: quando o uso de laxantes se torna ineficaz e/ou a realização de lavagens intestinais se torna necessária no tratamento da<br />

constipação.<br />

- Técnica: Retossigmidectomia com anastomose término-lateral posterior na reto (abaixamento reto-retal Habr-Gama)<br />

DOENÇAS ORIFICIAIS<br />

HEMORRÓIDAS E DOENÇA HEMORROIDÁRIA<br />

INTRODUÇÃO<br />

- Hemorróidas são as veias dos plexos hemorroidários encontradas em todas as faixas etárias, e portanto, estruturas normais da anatomia<br />

humana.<br />

- Plexo hemorroidário superior que é submucoso e o inferior que é subcutâneo, delimitados pela linha pectínea.<br />

- O plexo hemorroidário superior ou interno localiza-se no espaço submucoso do canal anal e drena cranialmente para o sistema porta.<br />

- O plexo hemorroidário externo ou inferior está localizado distalmente à linha pectínea e drena preferentemente para o sistema cava.<br />

- Os coxins vasculares submucosos podem dilatar e evoluir com prolapso, produzindo sintomas (hemorragia, ardência, prurido, dor, etc.),<br />

quando então se denomina doença hemorroidária.<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

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