Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela
Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela
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ÚLCERA PÉPTICA<br />
CAUSAS<br />
- AINH<br />
- Infecção por H. pylori<br />
- Estados hipersecretores como a Síndrome de Zollinger-Ellison<br />
ESTÔMAGO<br />
LOCALIZAÇÃO<br />
- Mais freqüentemente no duodeno (5x mais): 95% bulbo ou canal pilórico<br />
- Estômago: mais freqüentemente no antro e na junção antro corpo, na pequena curvatura (25%)<br />
QUADRO CLÍNICO<br />
- Dor epigástrica inespecífica com ritimicidade e periodicidade<br />
- Podem ocorrer complicações na ausência de sintomas prévios<br />
DIAGNÓSTICO<br />
- EDA com biópsia é o método diagnóstico de escolha<br />
- Biópsia após cicatrização completa é necessária para excluir câncer nos pacientes com biópsia inadequada de úlceras de estômago<br />
- Úlceras duodenais raramente são câncer e não precisam ser biopsiadas de rotina<br />
TRATAMENTO<br />
- Suspensão de AINHs<br />
- Omeprazol 40 mg/dia<br />
- Úlcera gástrica não complicada: 8 semanas<br />
- Úlcera duodenal não complicada: 4 semanas<br />
- Ranitidina 150 mg 12/12<br />
- Úlcera gástrica não complicada: 8 semanas<br />
- Úlcera duodenal não complicada: 6 semanas<br />
Úlcera péptica associada ao H. pylori:<br />
Tratamento do H. pylori: CAO: Claritromicina (500mg) + Amoxicilina (1000mg) + Omeprazol (20mg) 12h/12h por 7 dias<br />
Prevenção de úlcera péptica<br />
Úlcera induzida por AINHs:<br />
- Terapia profilática com inibidor de bomba nos pacientes de alto risco que farão uso de AINHs: úlcera péptica anterior, uso<br />
de corticoesteróides, anticoagulantes ou idade > 70 anos com comorbidade importante. Uso de inibidores seletivos<br />
COMPLICAÇÕES<br />
→ Sangramento:<br />
- 50% de todos os sangramentos digestivos altos são por úlcera péptica<br />
- Lavagem gástrica com borra de café ou sangramento ativo confirma a origem do trato superior. A negativa não exclui o<br />
diagnóstico e doente deverá ser submetido à EDA.<br />
- Tratamento farmacológico:<br />
- Omeprazol 40 mg 12/12 horas<br />
- Pode-se fazer tratamento endoscópico com infusão de epinefrina ao redor das úlceras com sangramento ativo.<br />
→ Úlcera perfurada:<br />
Pensar em: uso de AINH, craque, cocaína e doença de Zollinger-Ellison<br />
- Dor abdominal de início abrupto, mau estado geral, abdome rígido (em tábua), RHA↓ e DB(+).<br />
- Leucocitose quase sempre está presente<br />
- Aumento de amilase (< 2x o normal) é freqüente<br />
- RX: em pé ou decúbito revela pneumoperitônio em 75% dos casos e define o diagnóstico (se for negativo e houver<br />
suspeita, pode-se fazer um EED com contraste hidrossolúvel. Estudo com bário é contra-indicado).<br />
Tratamento clínico: < 12 horas do início dos sintomas, com EED sem vazamento de contraste, em pacientes com alto risco operatório.<br />
- Observação, sonda nasogástrica, omeprazol, ATB de largo espectro e hidratação.<br />
- Se piorar nas próximas 12 horas: aumento da dor, taquicardia, febre ou piora da peritonite cirurgia<br />
Tratamento cirúrgico: antibioticoterapia + rafia da úlcera com epiplonplastia (pode ser videolaparoscópica)<br />
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