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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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ANATOMIA<br />

Esôfago é dividido em cervical, torácico e abdominal.<br />

Cervical: inicia no cricofaríngeo (17cm da arcada dentária superior) e termina na fúrcula.<br />

Torácico: da fúrcula até o diafragma (É dividido em três partes, segmento torácico médio engloba Aorta e brônquios-fonte).<br />

<strong>Abdominal</strong>: termina entre 37-40cm da ADS.<br />

HISTOLOGIA<br />

- Carcinoma de células escamosas ou espinocelular (CEC): maioria absoluta em qualquer porção do esôfago (95%). É mais comum<br />

e ocorre principalmente em porções mais proximais. Associado a tabagismo, álcool, alimentos com nitratos (conservante),<br />

alimentos muito quentes, megaesôfago (chance passa a 2,7%), infecção por herpes vírus, acalásia, estenose cáustica, outros<br />

cânceres de cabeça e pescoço (mesmos fatores de risco).<br />

- Adenocarcinoma (5%): Mais comum em brancos. Incidência está aumentando. A maioria ocorre como complicação de Barrett<br />

(associado a DRGE) e ocorre no 1/3 distal do esôfago.<br />

- Melanomas, sarcomas são raros.<br />

ESÔFAGO DE BARRET<br />

Modificação de qualquer extensão do epitélio esofágico que possa ser reconhecida endoscópica ou histologicamente. Hoje tendência de<br />

se denominar Esôfago de Barret apenas a metaplasia intestinal, ou seja, epitélio colunar com células mucinosas (caliciformes), por estar<br />

mais associada à degeneração maligna.<br />

Quanto maior o período com sintomas de refluxo gastro-esofágico, maior a chance de existência de Esôfago de Barret.<br />

Quando associado a refluxo duodeno-gástrico, o que pode ser detectado por bilimetria (teste de absorvância), ou por pHmetria com<br />

ausência de refluxo ácido na presença de Esôfago de Barret, está indicada intervenção cirúrgica para realização de fundoplicatura.<br />

DIAGNÓSTICO<br />

- EDA + biópsia → faz o diagnóstico (maioria já terá doença avançada) + métodos com colorações especiais para identificar lesões<br />

não visualizadas a olho nu. (lugol – para CEC, faz biópsias nas áreas descoradas / Líndico Carmim – para Adenocarcinoma,<br />

também faz biópsias nas áreas descoradas)<br />

- Raio X tórax: pode mostrar alargamento de mediastino, adenopatia, metástases ósseas ou pulmonares, sinais de fístula<br />

taqueoesofágica, pneumonia.<br />

- EED: para avaliar morfologia esofágica (presença de acalasia, megaesôfago, estenoses, estases), extensão da doença e para<br />

diagnosticar hérnias de hiato, lesão polipóide, infiltrativa ou ulcerativa<br />

ESTADIAMENTO<br />

→ CEC:<br />

- TC cervical, tórax e abdome<br />

- Broncoscopia se em esôfago médio (ver invasão local) e para investigação de lesão sincrônica.<br />

- EED<br />

- Exame da cavidade oral<br />

→ Adenocarcinoma:<br />

- TC tórax e abdome<br />

- Broncoscopia se for de 1/3 médio<br />

- EED<br />

Fator mais importantes para sobrevida: acometimento linfonodal e mediastinal<br />

OBS: a Ultrassonografia Endoscópica (Eco-EDA) é solicitada quando na endoscopia digestiva alta cogita-se a possibilidade de resseção<br />

endoscópica (mucosectomia). É um tratamento curativo. Somente os tumores do esôfago localizados na mucosa são passíveis de<br />

mucosectomia!! A Eco-EDA NÃO faz parte do estadiamento.<br />

TRATAMENTO<br />

Curativo depende de: Tumor (estadiamento), Condições clínicas (se for efetuado toracotomia, necessário espirometria e gasometria<br />

arterial em ar ambiente), Condições do hospital.<br />

- Curativo (15 a 20% dos casos):<br />

Esofagectomia trans-torácica com esofagogastroanastomose e linfadenectomia.<br />

Margem ampla (10 cm para cada lado do tumor) devido à drenagem linfática local<br />

Reconstrução com estômago ou cólon<br />

Drenagens: obrigatórias em pescoço e pleural (se transtoracica), jejunostomia proximal (que sobe para estômago para<br />

descompressão), jejunostomia distal (para nutrição).<br />

Jejunostomia fica 45 dias. Introdução da dieta oral no 10°PO, desde que deglutograma normal ou teste de Azul de metileno normal.<br />

- Paliativo: tumor irressecável e/ou pacientes sem condições clínicas para cirurgia<br />

Visa melhorar a sintomatologia (dor e disfagia principalmente) e permitir a nutrição.<br />

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