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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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- USG de abdome: 8-10% há discinesia de vesícula biliar<br />

Não é necessário enema opaco nestes pacientes. Se coexistência de megaesôfago e megacólon, tratamento primeiro do megaesôfago<br />

e em segundo tempo do megacólon.<br />

CLASSIFICAÇÃO DE RESENDE<br />

Grau I - sem dilatação (esôfago até 4cm), ondas terciárias; afilamento do esôfago distal, retardo do tempo de esvaziamento<br />

Grau II- dilatação até 7cm, mais retenção de contraste.<br />

Grau III- dlatação até 10cm, esôfago ainda em pé.<br />

Grau IV - esôfago deita sobre o diafragma gerando muita dilatação.<br />

TRATAMENTO<br />

Grau I (ou incipiente): tratamento cirúrgico igual grau II/III. Em pacientes que não podem se submeter à cirurgia (gestante, doença grave<br />

descompensada), possível realização de dilatação esofágica ou injeção de botox.<br />

Grau II/III (não avançado): tratamento cirúrgico: Cardiomiomectomia (ressecção de uma fita muscular) 6cm acima e 2cm abaixo do<br />

esfíncter longitudinalmente, associado a fundoplicatura (sutura do fundo gástrico ao esôfago) parcial, cobrindo a área da miotomia. Pode<br />

ser feito por via videolaparoscópica. Se necessário, associar piloroplastia e colecistectomia.<br />

Grau IV (avançado): Esofagectomia com substituição com estômago vagotomizado (gera refluxo) ou com cólon (gera disfagia).<br />

Alternativas incluem a mucosectomia em que o estômago passa por dentro do esôfago sem mucosa e a esofagoplastia redutora (reduz<br />

o tamanho do esôfago e se faz miotomia do esôfago). Mais utilizado: Esofagectomia transmediastinal com gastroplastia cervical.<br />

Complicações: regurgitação, disfagia, fístula da anastomose cervical, pirose, dumping, diarréia<br />

Pacientes com impossibilidade temporária ou permanente de indicação cirúrgica (gestantes, cardiopatas graves, desnutridos em preparo<br />

pré-op) podem se beneficiar de dilatação forçada da cárdia.<br />

- Dilatação progressiva: sondas progressivas de calibre maior<br />

- Dilatação forçada: insuflação de balão<br />

Complicações tardias: RGE por redução da pressão do EIE<br />

Pós-operatório: dieta por boca em 10d, antes teste com azul de metileno (ver se sai no dreno) → Se normal, deve sair na urina, senão<br />

efetuar EED com contraste hidrossolúvel.<br />

TUMORES BENIGNOS DO ESÔFAGO<br />

Raros: maioria são leiomiomas submucosos.<br />

Geralmente assintomáticos. Massas grandes podem causar disfagia<br />

Diferenciação de doença maligna: USG endoscópico. Biópsia não é boa pois tumor é submucoso<br />

CÂNCER DE ESÔFAGO<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

- 50 – 70 anos; 3homens/1mulher<br />

O câncer de esôfago é muito agressivo, pois ele se infiltra localmente acometendo estruturas vizinhas (traquéia, vasos e linfonodos).<br />

Isso é favorecido porque não há serosa no esôfago causando metástases hematogênicas com grande freqüência. Os locais mais<br />

comuns de metástases são: linfonodos regionais, pulmões e fígado. Tumores do terço superior e médio se infiltram para o arco aórtico,<br />

traquéia e nervo laríngeo recorrente esquerdo, enquanto os do terço inferior podem infiltrar diafragma, pericárdio e estômago.<br />

QUADRO CLÍNICO<br />

- Disfagia rapidamente progressiva<br />

- Emagrecimento<br />

- Dor epigástrica ou torácica posterior<br />

- Hematêmese, rouquidão<br />

- Tosse<br />

- Sibilos<br />

- Dispnéia e pneumonias.<br />

- Derrame pleural neoplásico, metástases para LN cervicais ou supraclaviculares<br />

- Pode haver síndrome de Claude-Bernard-Horner e síndrome da veia cava superior<br />

A síndrome de Claude Bernard-Horner (SCBH) é conseqüente a um bloqueio da inervação simpática do olho e da face em qualquer ponto<br />

do seu trajeto. Cursa clinicamente com uma ptose palpebral discreta a moderada da pálpebra superior, devida a uma paresia do músculo tarsal<br />

superior ou de Müller. A pupila apresenta uma miose variável, que depende da localização, grau e cronicidade do déficit. A síndrome é considerada<br />

completa quando esses sintomas estão associados à anidrose da hemiface ipisilateral, a um aumento da temperatura e à hiperemia facial. Os fatores<br />

etiológicos da SCBH são múltiplos e podem ser iatrogênicos, traumáticos ou associados a doenças sistêmicas.<br />

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