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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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Tratamento:<br />

- Cândida albicans: Fluconazol ou anfotericina B<br />

- Herpes simplex: aciclovir<br />

- CMV: ganciclovir<br />

SÍNDROME DE MALLORY-WEISS<br />

- Laceração da mucosa da junção gastroesofágica por aumento abrupto da pressão intra-abdominal<br />

- Hematêmese autolimitada (em geral decorre de alterações prévias como varizes de esôfago) / História prévia de vômitos<br />

Fator de risco: alcoolismo<br />

Tratamento: volume e sangue se necessário. A maioria dos pacientes melhoram sem tratamento<br />

DIVERTÍCULO DE ZENKER<br />

Protrusão da mucosa faríngea na junção faringoesofágica, entre o constritor inferior da faringe e cricofaringe<br />

Quadro clínico: disfagia ou regurgitação de instalação insidiosa. Mais comum em idosos.<br />

Divertículos grandes: retenção de alimentos, halitose, ruídos à deglutição, protrusão no pescoço.<br />

Complicações: pneumonia aspirativa, bronquiectasias, abscessos pulmonares.<br />

Diagnóstico: EED<br />

Tratamento: miotomia do esôfago superior e diverticulectomia<br />

MEGAESÔFAGO<br />

ETIOPATOGENIA<br />

- Lesões irreversíveis do plexo mioentérico. Para que ocorra a dilatação do esôfago é necessária a destruição de pelo menos 90% do<br />

plexo.<br />

- Pode ter como causa o parasitismo na Doença de Chagas, Malformações Congênitas ou Idiopática.<br />

- A destruição do plexo torna o esôfago incapaz de transmitir adequadamente os movimentos de peristaltismo e altera o mecanismo de<br />

abertura do EIE (esfíncter inferior esofágico).<br />

- Macroscopicamente temos uma dilatação do esôfago com ou sem alongamento e hipertrofia muscular da parede.<br />

QUADRO CLÍNICO<br />

- Disfagia insidiosa, lentamente progressiva (sólidos > pastosos > líquidos).<br />

- Regurgitação: inicialmente se apresenta apenas constituída de líquidos. À medida que o órgão se dilata, a regurgitação se torna mais<br />

freqüente, contendo restos alimentares, muitas vezes em putrefação ou fermentação (por estase esofágica). Ocorre principalmente à<br />

noite, podendo evoluir com BCP aspirativa ou tosse noturna.<br />

- Odinofagia: devido à contração esofágica para tentar vencer a pressão do EIE.<br />

- Emagrecimento: devido a disfagia.<br />

- O doente pode apresentar hipertrofia das parótidas por hiperatividade funcional ou por exacerbação do reflexo esôfago salivar pela<br />

estase e irritação nervosa.<br />

- A estase provoca predisposição ao CEC de esôfago<br />

DIAGNÓSTICO<br />

- Começar investigação por Rx contrastado (EED – Esôfago-estômago duodenografia) cujas alterações típicas são:<br />

- Afilamento do esôfago distal (rabo de rato)<br />

- Presença de resíduos<br />

- Dilatação do esôfago<br />

- Ausência da bolha gástrica (não consegue deglutir o ar)<br />

- Ondas terciárias (irritação da mucosa gerando fibrilação, aparece como serrilhamento ao RX)<br />

- Manometria esofágica é obrigatória para avaliação funcional e diagnóstico de megaesôfago incipiente. Detecta ondas terciárias,<br />

amplitude diminuídas, acalasia (não relaxa o esfíncter, por isso doença não é hipertonia do esfíncter, mas sim não relaxamento),<br />

aperistalse (contrai de maneira não síncrona e não peristáltica). Permite avaliar também hérnia de hiato o que gera alteração da<br />

pressão com o movimento respiratório (esfincter intratorácico).<br />

- EDA Para avaliar mucosa e fazer diagnóstico diferencial com outras lesões estenosantes que provocam dilatação a montante como<br />

CA e estenose péptica. É importante a realização sistemática de endoscopia com cromoscopia (com lugol, iodo que reage com<br />

amido ficando marrom, se neoplasia não tem glicogênio e permanece branca), visando descartar presença de CEC.<br />

- Tempo de esvaziamento gástrico (TEG): cerca de 20% dos pacientes com megaesôfago possuem também acalasia de piloro,<br />

sendo obrigatório avaliação do tempo de esvaziamento gástrico (passar sonda nasogastrica, passar contraste no estômago e bater<br />

chapa após 2h; se continuar tudo no estômago o paciente tem também doença do piloro, demandando tratamento do piloro).<br />

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