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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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- Técnica: assepsia, antissepsia, anestesia local (xilocaína) → Incisão de 2 a 3 cm na borda superior do<br />

arco costal → Divulsiona-se a musculatura intercostal com pinça de Kelly perfurando-se a pleura →<br />

com o dedo indicador examina-se a cavidade pleural para identificar aderências pleurais ou eventuais<br />

vísceras abdominais na cavidade torácica → Coloca-se um dreno tubular multiperfurado nº 36 ou 38 em<br />

sentido póstero-superior e fixa-se o mesmo na pele com fio inabsorvível → Conecta-se o dreno a um<br />

selo d´água.<br />

- Após a drenagem reavalia-se a expansibilidade pulmonar. Caso não exista risco de morte, realiza-se<br />

radiografia de tórax na sala de trauma devendo-se avaliar a eficiência do tratamento, a posição do dreno<br />

e outras possíveis lesões torácicas decorrentes do trauma.<br />

- Tórax Instável:<br />

Definição: fraturas múltiplas em 2 ou mais arcos costais consecutivos.<br />

- O doente respira com dificuldade e os movimentos do tórax são assimétricos e descoordenados (pode<br />

haver movimento paradoxal durante a respiração).<br />

- Se o doente apresentar insuficiência respiratória deve ser intubado e receber ventilação mecânica.<br />

- Tratamento inicial: oxigenação e correção de possível hipovolemia (cuidado com hipervolemia e EAP).<br />

- Tratamento definitivo: re-expansão adequada do pulmão, reposição volêmica cautelosa e analgesia.<br />

- Contusão Pulmonar:<br />

- Lesão torácica potencialmente letal mais comum, é produzida pelo impacto do trauma ou por<br />

desaceleração súbita. A lesão produz ruptura do parênquima pulmonar, lesando alvéolos e vasos. A<br />

região lesada perde a capacidade de troca gasosa e perfusão sanguínea.<br />

- Se PaO2 ≤ 65 mmHg em ar ambiente ou Sat O2 ≤ 90% , está indicado suporte ventilatório em UTI.<br />

- Monitorização: oximetria de pulso, gasometrias arteriais, monitorização cardíaca.<br />

- Hemotórax volumoso:<br />

Definição: acúmulo rápido de mais de 1500 mL de sangue na cavidade torácica.<br />

- É mais freqüentemente produzido por ferimentos penetrantes que lesam vasos sistêmicos ou hilares.<br />

- Quadro clínico: choque hipovolêmico com ausência de MV em um hemitórax associada a macicez à<br />

percussão.<br />

- Tratamento: descompressão com drenagem (idem pneumotórax) + reposição volêmica (com soluções<br />

cristalóides aquecidas e sangue ou auto-transfusão).<br />

- Caso a drenagem inicial seja superior a 1500mL ou a drenagem subseqüente seja superior a<br />

200mL/hora por 2 horas há indicação de toracotomia de urgência.<br />

- Pneumotórax aberto:<br />

- Uma lesão na parede torácica comunica o espaço pleural com o meio ambiente e o pulmão colaba<br />

porque a pressão negativa da cavidade pleural desaparece.<br />

- Tratamento inicial provisório: curativo oclusivo de 3 lados (faz um mecanismo de válvula → o ar sai do<br />

espaço pleural na expiração mas não entra na inspiração) com drenagem.<br />

- Hérnia Diafragmática:<br />

- Pode resultar do aumento súbito da pressão intra-abdominal (mais comum) ou de ferimentos<br />

penetrantes (mais raro).<br />

- Quadro clínico: trauma importante na transição toracoabdominal, insuficiência respiratória, diminuição da<br />

expansibilidade torácica, diminuição dos murmúrios vesiculares, macicez à percussão.<br />

- O diagnóstico também pode ser feito durante a drenagem torácica (exame digital) ou pela radiografia de<br />

tórax (pode-se passar uma sonda gástrica e injetar contraste).<br />

- Tratamento definitivo: redução cirúrgica da hérnia e sutura do diafragma (em geral por meio de<br />

laparotomia exploradora visando corrigir outras eventuais lesões).<br />

C (circulation) – Circulação com controle de hemorragias<br />

A hemorragia é a principal causa de morte evitável no doente traumatizado.<br />

No trauma o choque, até que se prove o contrário, é hipovolêmico.<br />

Esta etapa do atendimento deve seguir os seguintes passos:<br />

1. Reconhecer o choque<br />

2. Identificar a causa<br />

3. Iniciar o tratamento<br />

4. Observar a resposta<br />

3

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