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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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- Músculo Transverso do Abdome:<br />

Sua porção carnosa, na região inguinal, é menos intensa que a do M.O.I. e logo origina a aponeurose de inserção, a<br />

qual medialmente contribui para formar a bainha do músculo reto do abdome e caudalmente se continua com a fáscia<br />

transversal fibrosa. Compreende-se assim, por que a antiga designação de “tendão conjunto”, deve ser abandonada, uma vez<br />

que não há um verdadeiro tendão de inserção (arco transverso).<br />

- Fáscia Transversal:<br />

Distinguem-se duas fáscia transversais na região inguinal. Uma, a mais profunda, de natureza célulo-fibrosa, reveste<br />

posteriormente o músculo reto do abdome (fáscia transversal celulosa). Adiante desta, há uma lâmina conjuntiva larga, fina,<br />

disposta paralelamente à anterior e que constituiria a verdadeira parede posterior no trajeto inguinal (fáscia transversal<br />

fibrosa). É derivada da lâmina perimísio-aponeurótica do músculo transverso e tem importância para a reconstrução do trajeto<br />

inguinal na correção cirúrgica das hérnias.<br />

A fáscia transversal exibe espessamentos fibrosos que correspondem a algumas das citadas saliências ou pregas<br />

peritoneais.<br />

O ligamento interfoveolar é um deles, possivelmente acrescido pelo tecido extraperitoneal que circunda os vasos<br />

epigástricos inferiores, e se estende da borda interna do anel inguinal profundo para cima, até a linha arqueada. O ligamento<br />

de Henle está situado ao nível da borda lateral do músculo reto do abdome, da qual é uma expansão, formando o limite medial<br />

do anel femoral.<br />

O ligamento pectíneo, situado sobre a linha pectínea, recebe contingentes fibrosos de várias origens: fáscia<br />

transversal, ligamento lacunar (Gimbernat), ligamento inguinal reflexo (Colles) e periósteo do osso púbis. Essa estrutura é<br />

bastante robusta e resistente, sendo usada para ancoragem de pontos na reconstrução da parede tanto nas herniorrafias<br />

inguinais como crurais.<br />

- Peritônio:<br />

A superfície peritoneal vista pela face posterior da parede abdominal anterior, apresenta na região inguinal e<br />

hipogástrica, algumas pregas e depressões. As pregas resultam da existência de três estruturas dispostas, de fora para<br />

dentro, da seguinte maneira: art. Epigástrica inferior- oblíqua cranial e medialmente, em direção ao músculo reto do abdome;<br />

Ligamento umbilical lateral (art. umbilical obliterada), dirige-se da parede lateral da bexiga até a cicatriz umbilical; Ligamento<br />

umbilical médio (resquício do úraco obliterado), cordão mediano e único, que se dirige do vértice da bexiga à cicatriz umbilical.<br />

Estas saliências delimitam depressões que são a fosseta inguinal lateral, situada lateralmente à art. epigástrica<br />

inferior, a fosseta inguinal média, situada entre o ligamento umbilical lateral e a art. epigástrica inferior e a fosseta<br />

vésicopubica, situada entre os ligamentos umbilicais médio e lateral.<br />

Ao nível da fosseta inguinal lateral encontra-se o orifício interno do trajeto inguinal (anel inguinal profundo). Neste<br />

local, somente o peritônio separa a cavidade abdominal dos elementos do funículo espermático. É por isso, um ponto débil por<br />

onde se formam as hérnias inguinais oblíquas externas (indiretas), cujo saco herniário progride por dentro do funículo,<br />

podendo atingir a bolsa escrotal.<br />

A fosseta inguinal média corresponde à parede posterior do trajeto inguinal – triângulo de Hesselbach - constituindose,<br />

assim, em outro ponto franco, por onde se formam as hérnias chamadas diretas. Desse modo, ao contrário das hérnias<br />

indiretas, em que o saco herniário é constituído apenas pela lâmina peritoneal, nas diretas ele, além de peritônio, apresenta-se<br />

revestido pelas duas fáscias transversais.<br />

A formação de hérnia pela fosseta vesicopubiana (hérnia oblíqua interna) não existe na prática e tem, por isso,<br />

interesse apenas didático.<br />

Outras estruturas:<br />

- Canal inguinal: passagem oblíqua paralela ao ligamento inguinal (o qual consiste no desdobramento da aponeurose do M.<br />

oblíquo externo entre a espinha ilíaca antero-superior e o tubérculo púbico), se estendendo do anel inguinal interno ao anel<br />

inguinal externo.<br />

Parede anterior: aponeurose do M. oblíquo externo<br />

Parede posterior: fáscia transversal, reforçada medialmente pelo tendão conjunto (tendão comum dos Mm. oblíquo interno e<br />

transverso do abdome)<br />

Assoalho: ligamento inguinal e ligamento lacunar<br />

Teto: fibras do oblíquo interno e do transverso do abdome<br />

A A. epigástrica inferior localiza-se no limite medial do anel inguinal profundo.<br />

O conteúdo do canal inguinal no homem é o cordão espermático (ducto deferente, A.testicular, A.do ducto deferente,<br />

A.cremastérica, plexo pampiniforme, rame genital do N. gênito-femoral, linfáticos) e na mulher é o ligamento redondo do útero.<br />

- Trato íleo-púbico: profundamente e paralelo ao ligamento inguinal, é uma banda de tecido conjuntivo que se estende da fáscia<br />

do íleopsoas, passa sob o anel inguinal interno e se insere no ramo superior da pube.<br />

- Triângulo de Hesselbach: delimitado pelo ligamento inguinal, vasos epigátricos inferiores e borda lateral do M. reto do<br />

abdome.<br />

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