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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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- Arteriografia: em geral é realizada após cintilografia positiva e tem como principal vantagem determinar com maior precisão o sítio<br />

do sangramento, possibilitando a realização de embolização ou orientação para melhor abordagem cirúrgica.<br />

É capaz de determinar sangramentos com fluxo maior que 0,5 mL/min<br />

É realizada através da colocação de catéter arterial via transfemoral.<br />

Em geral é reservada para pacientes em que a colonoscopia não foi efetiva para diagnosticar e/ou tratar a hemorragia.<br />

Exemplos de terapêutica por arteriografia: cateterização seletiva com infusão de vasopressina; cateterização superseletiva para<br />

embolização.<br />

Principais complicações (2 a 9% dos casos): trombose arterial, embolozação do catéter, insuficiência renal decorrente do contraste.<br />

EXAME FÍSICO<br />

- Inspeção: pode fazer o diagnóstico de lacerações, fissuras e hemorróidas.<br />

- Toque retal: a presença de sangue vivo indica maior probabilidade de HDB oriunda de retossigmóide ou cólon esquerdo. Sangue<br />

coagulado/digerido indica origem em intestino delgado ou TGI mais alto. O TR palpa aproximadamente 40% dos carcinomas de<br />

reto e 25% dos carcinomas de intestino grosso.<br />

TRATAMENTO CIRÚRGICO<br />

Indicações de cirurgia na HDB: - Perda de 300ml em 24h<br />

- Sangramento por mais de 72h<br />

- Ressangramento volumoso em menos de 1 semana<br />

- Uso de mais de 6 concentrados de hemáceas<br />

- A localização precisa do ponto de sangramento é essencial para ressecções cirúrgicas segmentares.<br />

- Pode-se tentar identificar o ponto de sangramento via colonoscopia, arteriografia, EDA, enteroscopia ou mesmo no intra-operatório.<br />

- Caso não se identifique o local do sangramento ou encontre-se fontes colônicas bilaterais e difusas, está indicada a colectomia total<br />

com ileorretoanastomose ou ileostomia (para estabilização hemodinâmica).<br />

- A ressecção segmentar às cegas ou baseadas apenas em cintilografia estão associadas a altas taxas de ressangramento e<br />

mortalidade.<br />

TÓPICOS IMPORTANTES<br />

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA<br />

- A HDA é relativamente comum e associada com mortalidade ainda alta<br />

- A doença ulcerosa péptica é a maior causa de HDA<br />

- A EDA deve ser realizada nas primeiras 24h após o evento inicial<br />

- Pacientes com alto risco de sangramento em úlceras devem, além da terapia endoscópica, fazer uso de IBP.<br />

- Pacientes que apresentam condições clínicas adequadas, sem choque e sem comorbidades, podem ser tratados<br />

conservadoramente com IBP e erradicação de H. pylori.<br />

- Após controle da HDA, com utilização de EDA, sugere-se alta hospitalar somente após 48h de internação, pois é nesse período<br />

que mais comumente ocorre o ressangramento.<br />

- A profilaxia primária de sangramento de varizes esofágicas é indicada em varizes de grosso calibre, médio calibre com “red spots”<br />

e pacientes com varizes e classificação Child C<br />

- O β bloqueador é o tratamento de escolha para profilaxia primária.<br />

- O tratamento farmacológico da hemorragia varicosa aguda é preferencialmente realizado com terlepressina ou somatostatina.<br />

- A eficácia da ligadura é maior que a escleroterapia para pacientes com hemorragia varicosa aguda.<br />

- O tratamento de escolha para profilaxia secundária de varizes de esôfago é a ligadura. Pode-se fazer associação de ligadura e β<br />

bloqueador ou de β bloqueador e nitrato, com resultados semelhantes.<br />

- Após sangramento por varizes de esôfago, sugere-se alta hospitalar após 72h de observação.<br />

- Pacientes com HDA podem se apresentar com sangramento retal vivo. Isso explica 10% de todas as causas de enterorragia.<br />

HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA<br />

- As principais causas de HDB variam de acordo com a idade, gravidade do sangramento e sítio anatômico. Em adultos, as causas<br />

mais freqüentes de HDB volumosas são doença diverticular, angiodisplasias e neoplasias.<br />

- A história e o exame físico podem sugerir a etiologia da HDB, mas com baixa acurácia.<br />

- A prioridade inicial no PS é a estabilização clínica: dois acessos de grosso calibre, reposição volêmica, coleta de exames gerais e<br />

tipagem sanguínea.<br />

- Caso seja possível, o melhor método inicial tanto para diagnóstico quanto para tratamento é a colonoscopia.<br />

- A cintilografia pode evitar angiografias desnecessárias.<br />

- A angiografia é uma opção à colonoscopia, mas é invasiva e disponível em poucos centros.<br />

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