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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO (ATLS)<br />

Prevenção<br />

Muito importante, na medida em que em aproximadamente 50% das ocorrências fatais o traumatizado morre no local do<br />

trauma.<br />

Medidas: programas educacionais de trânsito, programas de segurança, legislação, etc.<br />

Atendimento pré-hospitalar<br />

Deve ser dada ênfase para a manutenção das vias aéreas, o controle de sangramentos externos e do choque, a imobilização<br />

do doente e para o transporte imediato ao hospital apropriado mais próximo.<br />

É importante que o hospital que vai receber o paciente seja notificado antes que o paciente chegue, de forma que possa<br />

ocorrer a mobilização adequada da equipe de trauma e dos recursos humanos e materiais necessários ao atendimento.<br />

Também deve ser feita na fase pré-hospitalar a obtenção da documentação e das informações necessárias a repeito do<br />

trauma (mecanismo, intensidade, hora, dados clínicos iniciais, presença de vítimas no local).<br />

Atendimento hospitalar<br />

Chegando ao hospital a equipe de trauma deve estar devidamente paramentada (óculos, luvas, toca, avental e máscara), o<br />

material deve estar preparado e testado (laringoscópios, tubos, etc), as soluções cristalóides devem estar aquecidas e os<br />

equipamentos necessários para monitorização devem estar disponíveis.<br />

O atendimento do traumatizado deve ser feito de maneira sistematizada e rápida para que não haja perda de tempo nem<br />

falhas de tratamento.<br />

EXAME PRIMÁRIO (ABCDE)<br />

→ Colocar o colar cervical caso o paciente não esteja portando.<br />

A (airway)– Manutenção das vias aéreas com proteção da coluna cervical<br />

A obstrução das vias aéreas é muito grave o pode matar rapidamente o doente.<br />

As causas mais freqüentes de obstrução das vias aéreas no traumatizado são a alteração da consciência que leva à<br />

queda da língua, o trauma direto das vias aéreas, a presença de corpo estranho nas vias aéreas e o edema de glote<br />

provocado por queimadura ou por trauma secundário associado a tentativas repetidas e infrutíferas de intubação. O corpo<br />

estranho mais comum é o vômito ou o sangue.<br />

O diagnóstico de obstrução de vias aéreas é clínico e não requer exames complementares.<br />

O paciente que fala sem dificuldade e sem disfonia não apresenta problemas das vias aéreas.<br />

A presença de estridor, rouquidão, ruído respiratório anormal ou qualquer outra dificuldade respiratória pode<br />

significar obstrução das vias aéreas. Outros sinais de obstrução de vias aéreas são agitação ou torpor, tiragens e<br />

cornagem.<br />

Além da avaliação clínica, pode-se avaliar muito bem a oxigenação do doente através de um oxímetro de pulso.<br />

Considera-se adequada uma medida de SatO2 ≥ 95%.<br />

Portanto, podemos utilizar como parâmetros para avaliação da permeabilidade das vias aéreas o nível de<br />

consciência e a saturação de oxigênio.<br />

Manobras para desobstrução, permeabilização e proteção das vias aéreas:<br />

- Aspiração (ex. sangue ou vômito)<br />

- Elevação da base da língua<br />

- Elevação do mento (chin lift)<br />

- Tração da mandíbula (jaw thrust)<br />

- Cânula de Guedel (em geral é uma ponte para IOT, enquanto se prepara o material)<br />

- Cânula nasofaríngea (não deve ser utilizada em pacientes com suspeita de fratura de base do crânio)<br />

→ Quando suspeitar de fratura de base do crânio: equimose bipalpebral, hematomas em região de mastóide,<br />

saída de líquor ou sangue pelo nariz ou ouvido, hemotímpano na otoscopia.<br />

Atenção: Nunca efetuar hiperextenção cervical! (pode agravar lesão cervical e provocar lesão medular)<br />

Caso seja necessária a retirada do colar, um membro da equipe deve imobilizar manualmente a cabeça e<br />

o pescoço do paciente, mantendo-os alinhados.<br />

O colar cervical deve ser mantido até que se exclua lesão de coluna cervical (paciente Glasgow 15, sem<br />

dor e após a avaliação secundária).<br />

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