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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO<br />

▫ A atenção primária de um indivíduo com suspeita de TCE grave (10% dos TCEs) deve prevenir a lesão cerebral secundária, principalmente<br />

através da oxigenação adequada e da manutenção da PA suficiente para manter a PPE.<br />

▫ Após ABCDE, é crucial a identificação de lesões que necessitem de intervenção neurocirúrgica através de TC, mas a TC não deve retardar o<br />

acesso do paciente a um centro onde a intervenção neurocirúrgica seja disponível.<br />

▫ Informações que devem estar disponíveis ao se consultar um neurocirurgião:<br />

– Idade do doente, mecanismo de trauma e tempo decorrido do trauma<br />

– Condições respiratória e cardiovascular (PA)<br />

– Resultados de exame neurológico (Glasgow, principalmente resposta motora; tamanho das pupilas e reflexo fotomotor)<br />

– Presença e natureza de lesões associadas<br />

– Resultados de estudos diagnósticos (TC se disponível)<br />

– Tratamento da hipotensão ou hipóxia<br />

▫ A transferência do doente não deve ser retardada para realização de TC ou outros exames diagnósticos.<br />

▫ Cuidados com HIC:<br />

– Deve ser feito todo esforço para aumentar a perfusão e o fluxo sangüíneo cerebrais pela redução da PIC elevada, mantendo o volume<br />

intravascular normal, mantendo a PAM normal e restaurando a oxigenação normal e a normocapnia.<br />

– Uma vez que os mecanismos de compensação se encontram exauridos e existe um aumento exponencial da PIC, a perfusão cerebral<br />

fica comprometida, principalmente no doente hipotenso. Portanto, os hematomas devem ser evacuados precocemente e deve-se manter<br />

uma PA sistêmica adequada.<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA CRANIENCEFÁLICO<br />

Fechado<br />

Alta velocidade (colisão de veículos automotores)<br />

Mecanismo<br />

Penetrante<br />

Baixa velocidade (queda, agressão)<br />

Ferimentos por arma de fogo<br />

Outras lesões penetrantes<br />

Leve GCS 14 – 15<br />

Gravidade Moderada GCS 9 – 13<br />

Grave GCS 3 – 8<br />

Fraturas de crânio<br />

De calota Linear x estrelada<br />

Com ou sem afundamento<br />

Exposta ou fechada<br />

Basilares Com ou sem perda de LCR<br />

Com ou sem paralisia do VII nervo<br />

Morfologia Lesões intracranianas Focais<br />

Epidural<br />

Subdural<br />

Intracerebral<br />

Difusas Concussão leve<br />

Contusões múltiplas<br />

Lesão hipóxica/isquêmica<br />

▫ Fraturas de crânio:<br />

– A importância da fratura de crânio não deve ser subestimada, pois para que ela ocorra é necessária a aplicação de força considerável<br />

(aumenta muito a possibilidade de hematoma intracraniano).<br />

– Fraturas de base de crânio: para sua identificação habitualmente é necessária TC de crânio com janela para osso. Sinais clínicos:<br />

equimose periorbital (olhos de guaxinim), equimose retroauricular (sinal de Battle), fístula liquórica através do nariz (rinoréia) ou do ouvido<br />

(otorréia) e disfunção dos VII e VIII nervos cranianos (paralisia facial e perda de audição), que pode ocorrer imediatamente ou poucos<br />

dias após a lesão inicial. Deve-se considerar arteriografia cerebral pelo risco de acometimento dos canais carotídeos (dissecção, pseudoaneurisma<br />

ou trombose).<br />

▫ Lesões intracranianas:<br />

1. Lesões cerebrais difusas: Variam de concussões leves a lesões hipóxicas isquêmicas graves<br />

a) Concussões:<br />

– Breve perda de consciência (

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