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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA E MALFORMAÇÕES VASCULARES<br />

1. HSA<br />

▫ Ocorrência potencialmente muito grave que com freqüência resulta em complicações que deixam seqüelas neurológicas ou óbito<br />

▫ O conteúdo sangüíneo extravasa para o espaço subaracnóide, espalhando-se por sulcos e cisternas e até mesmo dissecando estruturas<br />

cerebrais, podendo formar hematoma intraparenquimatoso ou subdural.<br />

▫ Pode resultar de sangramento por traumatismo craniano ou por causas não-traumáticas, nesse último caso por ruptura de um aneurisma<br />

intracraniano.<br />

▫ A prevalência estimada de aneurismas em adultos é entre 2 a 5%, e o risco de sangramento de um aneurisma sacular intracraniano aproximase<br />

de 1% ao ano.<br />

▫ Distribuição: 80% por ruptura aneurismática, 10% por fatores heterogêneos e 10% por hemorragia perimesencefálica, de causa desconhecida.<br />

▫ Os aneurismas podem incidir por predisposição familiar por herança autossômica dominante ou em associação com outras doenças<br />

predisponentes (sd. de Marfan, sd. de Ehlers-Danlos, pseudoxantoma elástico, doença do rim policístico e coarctação de aorta).<br />

PREVENÇÃO<br />

▫ Fatores relacionados à formação de aneurisma: HAS, ateromatose cerebral, assimetria vascular do polígono de Willis, cefaléia persistente, uso<br />

crônico e prolongado de analgésicos e história familiar de “derrame”. (tabagismo e DM não)<br />

▫ Fatores relacionados à ruptura de aneurisma: HAS grave, aumento do tamanho do aneurisma, uso crônico de analgésicos, alcoolismo e<br />

adiposidade visceral, altos IMCs e doença vascular em geral.<br />

▫ A prevenção da ruptura por clipagem cirúrgica ou por eliminação da anomalia por via endovascular é o tratamento mais adequado. O objetivo é<br />

detectar por imagem a presença de aneurisma íntegro, seguindo-se a isso o procedimento de correção, se a condição clínica, a posição e a<br />

estrutura aneurismática assim o permitirem.<br />

ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA<br />

▫ A causa mais freqüente de HSA é a ruptura de aneurisma sacular intracraniano (75-80% dos casos). Existem diversas teorias para sua<br />

gênese, como fraqueza congênita da camada muscular, alterações degenerativas provocadas pela HAS, combinação de fatores congênitos e<br />

pós-natais e fatores genéticos.<br />

▫ Sabe-se que cerca de 5% das HSAs devem-se a ruptura de MAV. 15-20% destes podem cursar com angiografia que não evidencia a fonte de<br />

sangramento (pior prognóstico; melhor prognóstico se hemorragia perimesencefálica, restrita às cisternas mesencefálicas)<br />

▫ Sendo irritativo, o sangramento subaracnóideo produz também sinais inflamatórios meníngeos e incremento do volume do cérebro, podendo<br />

apresentar sinais e sintomas de HIC.<br />

▫ Imediatamente após HSA, ocorre uma diminuição progressiva do FSE, com diminuição da PPE. Dependendo da magnitude e da duração,<br />

ocorrem graus variados de ↓NC ou até óbito.<br />

▫ Hidrocefalia pode ocorrer agudamente (por bloqueio da passagem de LCR através do aqueduto de Sylvius ou por sangramento<br />

intraventricular), e crises epilépticas ocorrem em 10 a 25% dos pacientes com HSA (irritação direta do córtex).<br />

▫ Complicações não-neurológicas: edema pulmonar neurogênico e arritmias cardíacas (descarga simpática maciça pela irritação hipotalâmica<br />

pelo súbito aumento da PIC) e hiponatremia (por disfunção hipotalâmica)<br />

ACHADOS CLÍNICOS<br />

▫ Cefaléia: sintoma mais freqüente, presente em 85 a 95% dos pacientes. É tipicamente descrita como “a pior cefaléia da vida” (súbita e<br />

explosiva em seu desencadear, muitas vezes associada a náuseas e/ou vômitos). Costuma se irradiar para a região occipital ou cervical e<br />

acompanha-se de meningismo. Cefaléia sentinela: ocorre entre 2 a 20 dias antes de uma HSA, durando 1 a 2 dias, e pode ser erradamente<br />

interpretada como enxaqueca, meningite ou HAS. Ocorre em 20-60% dos pacientes, e em 2/3 pode estar associada a náuseas, vômitos, dor<br />

occipital e letargia.<br />

▫ Convulsões: ocorrem em 10-25% dos casos e podem sinalizar MAV ou tumor subjacente. Apoplexia aneurismática: fenômeno tônico<br />

semelhante a uma convulsão no momento da hemorragia que parece ocorrer pela súbita elevação da PIC.<br />

▫ Alteração do nível de consciência: pode ocorrer no momento ictal da hemorragia (súbita elevação da PIC, diminuição transitória da PPE). Após<br />

a HSA, os pacientes podem recuperar a consciência em graus variados. NC persistentemente ↓ pode se dever a hemorragia<br />

intraparenquimatosa, hidrocefalia, HIC ou vasoespasmo.<br />

▫ Sintomas neurológicos: muitas vezes se acompanham de hipertermia, hipertensão arterial e alguns achados oftalmológicos<br />

− Hemorragias sub-hialoídea ou pré-retiniana, também hemorragia intra-vítrea<br />

− Paralisias de nervos cranianos e déficits neurológicos focais (na HSA aneurismática por compressão)<br />

▫ Alterações cardíacas (pela descarga simpática maciça): precordialgia, arritmias, alterações ECG ou PCR.<br />

▫ Ruptura do aneurisma: 1/3 durante o sono, 1/3 na rotina do dia e 1/3 em atividades de esforço (ao dobrar-se, levantar-se, durante evacuação<br />

ou ato sexual).<br />

Grau GRADUAÇÃ Glasgow O DE HSA DA FEDERAÇÃO MUNDIAL Déficit DE focal<br />

NEUROCIRURGIA<br />

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