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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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- Alterações da personalidade e do nível de consciência: fatigabilidade, apatia, irritabilidade, desatenção, indiferença,<br />

diminuição da espontaneidade, instabilidade emocional, sendo mais freqüentes nas neoplasias cerebrais. Com a progressão<br />

da HIC, surgem períodos de sonolência, rebaixamento progressivo do nível de consciência e coma.<br />

- Crises convulsivas: mais freqüentes em HIC crônicas<br />

- Tonturas: mais freqüentes em lesões expansivas no compartimento infratentorial; sem caráter giratório.<br />

- Macrocefalia: disjunção progressiva das suturas em crianças com suturas ainda não soldadas (< 1,5a). Acompanha-se de<br />

aumento de pressão nas fontanelas, e, em fases mais avançadas, de ingurgitamento venoso no couro cabeludo e desvio do<br />

olhar conjugado para baixo (sinal do sol poente).<br />

- Alterações da PA, respiração e FC: elevação da PA quando há elevação da PIC para aumentar o FSE, aumentando o<br />

volume sangüíneo encefálico e piorando a HIC.<br />

- Nervos motores oculares: seu envolvimento é freqüente na HIC, e nem sempre tem valor de localização. Pode-se notar um<br />

estrabismo convergente decorrente da compressão do VI.<br />

- Diminuição da acuidade visual e diplopia<br />

- Nistagmo e ataxia cerebelar: podem refletir a repercussão da HIC sobre as vias cerebelares e vestibulares, não tendo<br />

nenhum valor de localização ou gravidade.<br />

− Sintomas e sinais focais da HIC: resultam da disfunção da região onde está localizada a lesão responsável pela HIC. Principais<br />

sinais e sintomas focais dos processos expansivos intracranianos: paresias ou paralisias, convulsões focai, ataxia, distúrbios<br />

cognitivos, alterações endócrinas, comprometimento dos nervos cranianos.<br />

▫ AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DA HIC:<br />

− Exame neurológico: nível de consciência, pupilas/herniações, déficits focais, fundoscopia<br />

− Imagem: - TC de crânio: com contraste se suspeita de tumor, causa inflamatória ou infecciosa; contraste não indicado se trauma/AVC<br />

- RNM: se suspeita de tumor<br />

- Há apagamento dos sulcos cerebrais, colabamento das veias e ventrículos e, por fim, pode haver colapso arterial.<br />

− Monitorização da PIC: serve para diagnóstico e para monitorização do tratamento medicamentoso.<br />

- Complicações: infecções cutâneas,meningite, lesões de gânglios da base durante a punção, ventriculites, aumento do<br />

hematoma do leito cirúrgico.<br />

- Indicações: - pacientes aperceptivos com postura motora patológica (Glasgow ≤7)<br />

- pacientes com TC de crânio com lesão expansiva e com resposta motora de descerebração e/ou<br />

decorticação<br />

- pacientes com TC com lesões difusas, para seguimento e tratamento da HIC e para avaliação da<br />

resposta à terapêutica<br />

- politraumatizados, com alteração do NC, quando a terapêutica pode ↑ a PIC<br />

- Pacientes submetidos à retirada de lesões expansivas intracranianas, para seguimento.<br />

- Contra-indicações: pacientes conscientes, com coagulopatias (incluindo CIVD)<br />

− Dopller transcraniano: pode identifiacr o índice de pulsatilidade e diagnosticar o colapso circulatório<br />

▫ TRATAMENTO DA HIC: além de focalizar especificamente a causa, consiste numa série de medidas que visam corrigir a diminuição do FSE,<br />

bem como a redução das hérnias encefálicas.<br />

− Cuidados gerais:<br />

- elevação do dorso e da cabeça a 30º (facilita a drenagem venosa intracraniana)<br />

- correção da hipotensão arterial (p/ aumentar a PPE – mantê-la >70mmHg)<br />

- correção da hipertermia (p/ evitar o aumento do metabolismo encefálico) ou indução de hipotermia (até ~34ºC)<br />

- correção de DHE<br />

- profilaxia de convulsões<br />

- sedação<br />

- bloqueadores neuromusculares<br />

− Medidas específicas:<br />

- Redução do volume de LCR: remoção através de punção lombar; contra-indicado em HICs secundárias a processos<br />

expansivos unilaterais; pode ser indicado nas HSAs, nas meningites e nas hidrocefalias comunicantes. Para as hidrocefalias:<br />

derivações intracranianas (LCR desviado dos ventrículos para o espaço subaracnóideo) ou extracranianas (válvula<br />

unidirecional desvia o LCR dor ventrículos para o átrio ou para a cavidade peritoneal) ou derivações para o exterior (quando<br />

desejadas por curto período de tempo).<br />

- Redução do volume de sangue encefálico: Hiperventilação para reduzir a pCO2 cerebral, causando vasoconstrição,<br />

diminuindo o FSE e assim também o volume de sangue encefálico. Deixa de ser eficaz quando existe paralisia vasomotora<br />

(falência da auto-regulação cerebral). Útil quando piora aguda, não devendo ser usada por mais de 15 min (isquemia). Manter<br />

apenas hiperventlação moderada (pCO2 ≥28 – 35mmHg)<br />

- Redução do edema cerebral: Com soluções hipertônicas ou corticosteróides.<br />

- Soluções hipertônicas: aumentam a pressão osmótica intravascular, retirando água do parênquima nervoso para a<br />

corrente sangüínea. Usa-se manitol em solução alcoólica a 20% EV 1,5-2g/Kg. Efeito em 15 minutos com duração de 4h.<br />

Usado para qualquer tipo de edema cerebral, principalmente quando se deseja diminuir rapidamente a PIC. Cuidado com<br />

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