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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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Esses pacientes normalmente são idosos, apresentam dor ciática em um ou ambos os MMII somente durante a marcha o que os impede de<br />

continuar caminhando. Quando o indivíduo para e flete anteriormente o tronco, a dor melhora após alguns minutos. Na claudicação vascular a<br />

melhora é após alguns segundos.<br />

Normalmente a claudicação neurogênica dos MMII tem trajeto descendente, iniciando na região glútea e indo para coxa e perna. A claudicação<br />

vascular tem trajeto ascendente pois os músculos mais distais entram em isquemia mais cedo, subindo depois para as coxas e região glútea. A<br />

palpação cuidadosa dos pulsos é o grande diferencial diagnóstico.<br />

CONCLUSÃO<br />

Apesar da grande maioria das lombalgias ser de causa ortopédicas, uma pequena parcela pode estar ligada a patologias graves e<br />

potencialmente fatais que requerem tratamento imediato, portanto, o diagnóstico não pode ser postergado.<br />

Para amenizar o risco de errar o diagnóstico e evitar complicações graves, devemos sempre ter em mente alguns Sinais de Alerta, quando<br />

avaliamos um paciente com dor lombar. Uma vez identificados estes sinais, devemos ser mais incisivos na obtenção do diagnóstico correto,<br />

principalmente usando-se da propedêutica armada. Os sinais de alerta que sempre devemos ter em mente, são:<br />

1. Dor noturna que consequentemente não melhora com o repouso, normalmente ocorre nas patologias infecciosas e tumorais (metástases<br />

ósseas).<br />

2. O diabetes pode ser o responsável pela neuropatia periférica muitas vezes confundida com a dor ciática. Uma vez identificada, muitas<br />

laminectomias descompressivas feitas inutilmente no passado seriam evitadas. O diabetes também predispõe o indivíduo a infecções<br />

(espondilodiscites).<br />

3. Dor em pacientes muito jovens (crianças) ou em idosos. Como já vimos o idoso, normalmente, não apresenta dor lombar discogênica muito<br />

menos as crianças, dessa forma, nesta situação, suspeitar de tumores metastáticos (próstata e mama), infecções ou fraturas por osteoporose.<br />

Devemos lembrar que as deformidades vertebrais das crianças e adolescentes (escoliose congênita e idiopática) são sempre indolores nesta<br />

faixa etária, portanto, qualquer criança portadora de deformidade vertebral dolorosa deve ser rigorosamente investigada a procura de tumores<br />

ósseos (ex. osteoma osteóide), tumores medulares (ex. astrocitoma) ou infecções.<br />

4. História de trauma. Sempre suspeitar de possíveis fraturas. Lembrar que idosos portadores de osteoporose podem fraturar a coluna com<br />

movimentos banais de flexão do tronco.<br />

5. A síndrome da cauda eqüina aguda, caracterizada por paresia de MMII, anestesia em “sela” e perda de controle esfincteriano, constitui-se<br />

em uma urgência médica, devendo o canal vertebral ser descomprimido o mais rápido possível. Pode ser causada por hérnias discais maciças,<br />

tumores ou abscessos.<br />

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