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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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OSTEOARTROSE<br />

DEFINIÇÃO<br />

Osteoartrose é um processo degenerativo que atinge as articulações diartrodiais, principalmente as que suportam carga.<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

Sua prevalência é no sexo feminino, entre a quarta e quinta décadas de vida, normalmente após a menopausa. Acredita-se que as alterações<br />

comecem a partir dos 30, 35 anos em metade da população, e que a partir dos 50 anos toda ela mostrará algum sinal de osteoartrose, sendo a<br />

maioria assintomática.<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

→ Pode ser dividida em dois tipos:<br />

- Primária<br />

- Secundária: relacionada a artrite reumatóide, traumas, necrose asséptica ou doenças neurológicas.<br />

→ De acordo com a localização:<br />

Central: coluna<br />

Periférica: mmbros<br />

FISIOPATOLOGIA<br />

- Histologicamente se caracteriza por uma perda da viscoelasticidade natural da cartilagem, que se mostra “amolecida” e com áreas de<br />

discontinuidade. Estas áreas descontínuas são conhecidas como zona de fibrilação e tem como reação a elas a esclerose do osso subcondral,<br />

que se condensa nas áreas que sofrem pressão e se prolifera nas bordas articulares. Nos estágios finais da osteoartrose, a cartilagem é<br />

totalmente destruída e o osso subcondral fica em contato direto com a superfície articular adjacente, levando a dor e a limitação dos<br />

movimentos.<br />

- Existem alguns fatores que podem levar a uma Osteoartrose sintomática ou a um avanço mais rápido da degeneração, como excesso de<br />

peso, defeitos posturais, sobrecarga mecânica, prática inadequada de esportes, lesões traumáticas, infecções articulares, influencia hormonal,<br />

stress ou hipersensibilidade.<br />

QUADRO CLINICO<br />

Cinco principais características: dor articular, rigidez, limitação dos movimentos, deformidade e parestesia nos membros.<br />

→ A dor no princípio aparece apenas aos movimentos, porém com o tempo a dor ao repouso e a dor noturna aparecem. Como a cartilagem<br />

não tem inervação, ao contrário do osso subcondral , podemos dizer que quando o paciente começa a apresentar dor, é sinal que boa parte da<br />

cartilagem já sofreu erosão.<br />

→ A rigidez normalmente aparece de manhã, mas após alguns minutos ela tende a sumir, provavelmente porque os movimentos articulares<br />

levam a uma maior lubrificação articular por uma maior produção de liquido sinovial.<br />

→ A limitação dos movimentos ocorre pela dor e pelos espamos musculares que vem associados a esta dor, piorando o sofrimento do<br />

paciente.<br />

→ A deformidade ocorre por destruição maior de uma região articular (o que nos mostra a tendência do joelho em ficar em varo) e pela<br />

formação de osteófitos que são proeminências ósseas que vão se formando para que limitar a posição da articulação em algumas direções.<br />

→ A parestesia pode ser considerada um desconforto articular, com sintomas com formigamento e sensação de peso.<br />

EXAME FÍSICO<br />

- Depende da articulação afetada (quadril, joelho, ombro, mãos, coluna).<br />

- Por não ser uma doença sistêmica, e sim restrita ao plano articular, o paciente costuma apresentar bom estado geral.<br />

- Os sinais normalmente encontrados são: crepitação articular, dor a movimentação, edema local, aumento do volume intrarticular, proliferação<br />

de osteófito e sinovite reacional, além da diminuição da amplitude de movimento.<br />

- Nas mãos o comprometimento é mais freqüente nas articulações interfalangeanas proximais e distais. Nelas podemos encontrar<br />

protuberâncias nas superfícies dorso-laterais que recebem o nome de nódulos de Bouchard e nódulos de Heberden respectivamente.<br />

- Na coluna, as regiões mais atingidas são a coluna cervical baixa e a lombar baixa. É conhecida como espondiloartrose → Dor, espasmo<br />

muscular e degeneração dos discos intervertebrais são achados freqüentes, assim como dor radicular devido aos osteófito ou prolapsos<br />

laterais dos discos intervertebrais.<br />

RADIOLOGIA<br />

Raio X: Presença de osteófitos, diminuição do espaço articular, esclerose e cistos subcondrais e deformidades no eixo da articulação.<br />

TRATAMENTO<br />

Orientar o paciente sobre a patologia: mostrar que ela é progressiva e que a tendência é de piora dos sintomas com o tempo. Fazer com que o<br />

paciente perca peso, pare de sobrecarregar muito a articulação acometida e mude seus hábitos diários.<br />

Fisioterapia tem importância na fase aguda e crônica.<br />

Drogas: antiinflamatórios não hormonais quando houver muita inflamação e analgésicos como ácido acetilsalicilico.<br />

Tratamento cirúrgico: quando há falência do tratamento conservador, com cada articulação tendo uma abordagem específica com cirurgias<br />

como osteotomias, artrodeses e artroplastias.<br />

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