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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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DEFINIÇÃO<br />

É a infecção piogênica do osso.<br />

OSTEOMIELITE AGUDA<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

- Ocorre mais freqüentemente em lactentes e crianças, embora possa ser observada em qualquer idade.<br />

- É três a quatro vezes mais comum no sexo masculino.<br />

ETIOLOGIA<br />

- Na grande maioria das vezes é uma infecção hematogênica, daí sendo normalmente denominada osteomielite hematogênica aguda (OHA).<br />

- Ocasionalmente pode ser causada por extensão direta de um processo infeccioso adjacente ou por inoculação direta como nas fraturas<br />

expostas.<br />

- O microrganismo mais freqüentemente encontrado como agente causador de osteomielite aguda em qualquer faixa etária é o Stafilococcus<br />

aureus embora possam ocorrer: estreptococos, H. influenzae, enterobactérias dentre as quais Salmonella. A ocorrência de OHA por<br />

Salmonella é mais freqüente em indivíduos portadores de anemia falciforme.<br />

- Não é infrequente o achado de focos bacterianos primários à distância nas vias aéreas superiores, dentes e pele.<br />

LOCAIS DE ENVOLVIMENTO<br />

- Extremidade distal do fêmur<br />

- Proximal da tíbia<br />

- Metáfise proximal do fêmur<br />

- Metáfise distal do rádio<br />

- Metáfise distal do úmero<br />

QUADRO CLÍNICO<br />

- Varia com a intensidade, localização e extensão da infecção, duração do processo, idade e resistência do paciente.<br />

- Antibioticoterapia inadequada para febre de origem indeterminada pode mascarar a infecção aguda, tornando o diagnóstico difícil.<br />

- Sintomas gerais de septicemia aguda como febre alta, vômitos e desidratação podem estar presentes. Nos recém nascidos e lactentes,<br />

geralmente não existe esta resposta sistêmica. O recém nascido pode estar afebril, irritadiço, recusa alimentar e sem ganho de peso.<br />

- Dor óssea, importante e constante, podendo piorar com a movimentação.<br />

- Pseudoparalisia, recusa em sustentar o peso no membro afetado, marcha antálgica.<br />

- Na palpação: ponto ósseo doloroso.<br />

- Edema e calor local. Eritema não é típico nos estágios iniciais, exceto quando osso subcutâneo.<br />

- A musculatura da articulação adjacente: espasmo e a articulação é mantida na posição mais confortável, geralmente em flexão, porém em<br />

grau muito menor que na artrite séptica. Ocasionalmente: derrame simpático na articulação, sendo um problema no diagnóstico diferencial.<br />

MÉTODOS DE IMAGEM<br />

→ Radiografia simples:<br />

- Primeiros dias da doença: as alterações na radiografia são limitadas aos tecidos moles, na forma de edema na região metafisária.<br />

- Cinco a dez dias: A estrutura óssea aparece normal no Rx. Logo os músculos edemaciam e os planos radioluscentes entre os músculos<br />

desaparecem. Inicialmente ocorre envolvimento da musculatura profunda, depois da superficial e por último ocorre edema do tecido<br />

subcutâneo.<br />

- Dentro de cinco dias: o exsudato inflamatório local dá um aspecto enevoado na medular da metáfise.<br />

- Em sete a doze dias: áreas irregulares de rarefação representando a absorção do trabeculado como resultado da hiperemia local e<br />

necrose.<br />

- Logo: neoformação óssea subperiostal, indicando infecção na cortical.<br />

- Com a extensão do abscesso no canal medular da diáfise: áreas de radioluscência que gradualmente aumentam de tamanho.<br />

- O seqüestro aparece denso (radiopacidade aumentada) porque não tem suprimento sanguíneo e retém seu conteúdo mineral original, além<br />

disso, o osso adjacente está descalcificado pela hiperemia.<br />

→ TC:<br />

Dá Informações mais precoces que a radiografia simples, sendo útil principalmente em áreas com anatomia complexa, como coluna, e<br />

monitoramento da aspiração percutânea (coluna, tecidos retroperitoneais e articulações sacroilíacas).<br />

→ RNM:<br />

Ocorre modificação na intensidade de sinal da medular óssea e permite avaliação da invasão dos tecidos adjacentes (particularmente tecidos<br />

moles).<br />

→ Cintilografia óssea:<br />

- Cintilografia com tecnécio torna-se anormal dentro de horas a dias do início da infecção óssea e dias a semanas antes que esteja<br />

manifestada nas radiografias convencionais.<br />

- O aumento da captação pode persistir por até seis meses devido ao longo período de osteogênese e reparação que ocorre na área afetada.<br />

- Sua acurácia é de 90% na detecção precoce.<br />

- Os achados cintilográficos devem ser cuidadosamente interpretados juntamente com a história, achados no exame físico, exames<br />

laboratoriais e achados radiográficos.<br />

- Normalmente utiliza-se o tecnécio-99m, que é o de primeira escolha. Quando os resultados são inconclusivos utiliza-se o gálio-67, que se<br />

liga ao tecido “inflamado”.<br />

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