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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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FRATURAS EXPOSTAS<br />

DEFINIÇÃO:<br />

É toda fratura que possui uma solução de continuidade de seu foco e hematoma com o meio externo.<br />

Implica necessariamente em lesão da pele e partes moles adjacentes à fratura.<br />

CARACTERÍSTICAS:<br />

Trauma de alta energia: deverá ser suficiente para lesar partes moles, pele e osso.<br />

Infecção: o hematoma que se forma no foco de fratura é avascular isso, aliado à lesão de partes moles com áreas de isquemia e necrose e a<br />

presença de corpo estranho faz com que o foco seja um local favorável para a proliferação bacteriana.<br />

HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO:<br />

→ Procurar dados que indiquem mau prognóstico quanto à infecção:<br />

→ HPMA:<br />

- Tempo de lesão;<br />

- Local da lesão;<br />

- Natureza do agente agressor;<br />

- Doenças de base:<br />

Sistêmicas – DM;<br />

Locais – varizes MMII.<br />

→ EF:<br />

- Descrição minuciosa da lesão de partes moles:<br />

Tamanho<br />

Natureza do material contaminante<br />

Presença de tecido desvitalizado<br />

Presença de corpo estranho<br />

- Avaliação neuro-vascular:<br />

Pulsos;<br />

Perfusão periférica;<br />

Sensibilidade;<br />

Motricidade.<br />

- Na evolução:<br />

Sinais de infecção local<br />

Sepse<br />

→ Exames radiográficos são realizados de rotina e seguem o mesmo padrão para fraturas fechadas.<br />

CLASSIFICAÇÃO:<br />

Gustillo e Anderson: O grau de lesão das partes moles tem relação direta com o desenvolvimento de infecção.<br />

GRAU DE LESÃO DE PARTES<br />

RISCO DE<br />

TAXA DE<br />

TIPO FERIDA<br />

LESÃO ÓSSEA<br />

CONTAMINAÇÃO<br />

MOLES<br />

INFECÇÃO AMPUTAÇÃO<br />

Simples<br />

I < 1cm Limpo Mínima<br />

Cominuição mínima<br />

Moderada: algum Cominuição<br />

II > 1cm Moderado<br />

dano muscular<br />

moderada<br />

Grave<br />

Geralmente<br />

IIIa Geralmente > 10cm Alto<br />

4% 0%<br />

Esmagamento<br />

cominutiva<br />

Necessita cirurgia<br />

Impossibilidade de<br />

IIIb Geralmente > 10cm Alto<br />

reconstrutiva para<br />

52% 16%<br />

cobertura cutânea<br />

cobertura óssea<br />

Lesão vascular que<br />

IIIc Geralmente > 10cm Alto<br />

42% 42%<br />

necessite reparo<br />

- Tipo I: ferimentos de 1cm ou menos causados por trauma de baixa energia, como uma espícula óssea que protruiu e lesou a pele.<br />

- Tipo II: ferimentos mais extensos (1-10cm de comprimento), com moderado tecido desvitalizado e moderada quantidade de corpo estranho.<br />

- Tipo III: ferimentos de grande extensão (maiores que 10cm), com muito tecido desvitalizado, perda de partes moles, muito corpo estranho, ou<br />

amputação traumática. É dividido em três subtipos:<br />

IIIa: ferimentos com perda de partes moles que permitam no entanto cobrir o osso faturado durante a cirurgia sem que seja<br />

necessária a realização de enxertos ou retalhos.<br />

IIIb: ferimentos com perda de partes moles de maneira que seja necessária a colocação de retalhos ou enxertos para a cobertura do<br />

osso.<br />

IIIc: ferimentos com lesão vascular onde o seu reparo seja necessário para salvar o membro.<br />

→ Segundo o tempo de exposição óssea, as fraturas podem ser classificadas em:<br />

- Potencialmente contaminada: menos de 6 horas de exposição<br />

- Contaminada: entre 6 e 12 horas de exposição<br />

- Infectada: mais de 12 horas de exposição<br />

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