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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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“Avaliação primária”<br />

Imagens básicas<br />

+<br />

“Avaliação Secundária”<br />

Avaliação:<br />

Funções vitais?<br />

Resposta?<br />

?<br />

Ressuscitação<br />

Oxigenação, perfusão<br />

-<br />

“Controle de Danos”<br />

Classificação<br />

<strong>Cirurgia</strong> de<br />

Emergência<br />

<strong>Cirurgia</strong> primária<br />

Postergada<br />

A fixação definitiva pode precisar aguardar, e a melhor opção pode ser a estabilização temporária por meio de um fixador externo. A<br />

fixação definitiva será realizada posteriormente. Aqui, introduziremos um novo conceito, o da janela de oportunidade.<br />

Imediatamente após o trauma, o organismo começa a passar por uma série de alterações metabólicas, endócrinas e imunológicas,<br />

caracterizando um estado de hiperinflamação até o terceiro dia pós-trauma. Segue-se um intervalo entre o 5° e o 10° dias pós-trauma (janela<br />

de oportunidade) de “relativa calmaria”, a partir do qual tem-se um novo período de imunossupressão que durará por volta de duas semanas.<br />

Durante essa janela de oportunidade, a cirurgia agendada definitiva das fraturas de ossos longos –diafisárias ou articulares- pode ser feita com<br />

relativa segurança. Esse período de imunossupressão dura, conforme já comentado, por volta de duas semanas, de forma que procedimentos<br />

secundários de reconstrução podem ser planejados para a terceira semana após o trauma.<br />

ATENÇÃO: existem evidências substanciais e convincentes, a partir da experiência clínica e da literatura, de que a fixação precoce da fratura<br />

no politraumatizado é benéfica em termos de morbidade e mortalidade.<br />

OBJETIVOS GERAIS DO MANEJO DE FRATURAS NO POLITRAUMATISMO<br />

As fraturas podem ter um impacto importante na gravidade das reações traumáticas sistêmicas por:<br />

Hemorragia: Estados prolongados de choque costumam estar associados com lesões pélvicas expostas ou altamente instáveis ou com<br />

fraturas da diáfise femoral.<br />

Contaminação: Fraturas expostas devem ser consideradas contaminadas. Se um ferimento puder ser desbridado somente após alguma<br />

demora ou se o desbridamento não for radical o suficiente, nutrientes bacterianos irão desenvolver-se no ferimento.<br />

Estresse e dor: Fraturas instáveis causam dor e estresse, estimulando um arco reflexo neuroendócrino, neuroimunológico e metabólico que<br />

acaba por prolongar as alterações sistêmicas decorrentes do traumatismo.<br />

Interferência com cuidados intensivos: Fraturas instáveis comprometem um bom trabalho por parte da equipe de enfermagem,<br />

particularmente no que diz respeito à transferência de pacientes ou mudança de decúbito.<br />

Com isso, temos como objetivos gerais do manejo de fraturas:<br />

- controle da hemorragia;<br />

- controle das fontes de contaminação, remoção de tecido morto;<br />

- alívio da dor<br />

- facilitação de cuidados intensivos<br />

Esses conceitos podem ser atingidos por hemostasia, desbridamento, fasciotomia, fixação da fratura e cobertura do ferimento sem tensão.<br />

SALVAÇÃO OU AMPUTAÇÃO DO MEMBRO?<br />

O desenvolvimento de técnicas microcirúrgicas para transferência livre de tecido vascularizado/ reimplantes aumentou as chances de salvação<br />

de extremidades esmagadas e amputadas ou quase amputadas. No politraumatismo, contudo, tais procedimentos de salvação não são<br />

indicados na maioria das vezes, porque, em função de sua natureza, eles aumentam a carga inflamatória sistêmica. Há raras indicações para<br />

tentativas heróicas de salvação. Quando a decisão for de amputar, ela deve ser feita em um nível “seguro” com uma técnica de guilhotina,<br />

combinada com o manejo primário da ferida exposta.<br />

UTI<br />

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