Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela
Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela
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História:<br />
- Circunstâncias em que ocorreu o acidente: lesões associadas<br />
- História clínica: doenças preexistentes, alergia, imunização contra tétano.<br />
Área de superfície corpórea:<br />
- Regra dos nove:<br />
Criança Adulto<br />
Cabeça 18% 9%<br />
Costas 13% 18%<br />
Tórax + Barriga 18% 18%<br />
MMSS 9% 9%<br />
MMII 14% 18%<br />
Nádega 2,5% -<br />
Genitália - 1%<br />
- Lembrar que a mão do paciente representa aproximadamente 1% da superfície corpórea.<br />
Profundidade da queimadura:<br />
→ Primeiro grau: destruição da epiderme + inflamação da derme<br />
- Caracterizada como eritema, dor e ausência de bolhas.<br />
- Exemplo: queimadura solar.<br />
→ Segundo grau: destruição de parte da derme<br />
- Caracterizada pela aparência vermelha, e pela presença de bolhas e edema. Cursa com dor intensa.<br />
- Exemplo: contato com líquidos quentes ou exposição a chamas decorrentes de explosões.<br />
→ Terceiro grau: destruição de toda derme<br />
- Costuma ser escuras e ter aparência de couro. A pele também pode apresentar-se translúcida ou esbranquiçada, com aspecto de cera. A<br />
superfície pode ser vermelha e não mudar de cor a compressão local. A superfície é indolor e geralmente seca.<br />
- Exemplo: exposição prolongada a líquidos quentes, contato com objetos quentes, eletricidade.<br />
EXAME PRIMÁRIO E REANIMAÇÃO DO DOENTE QUEIMADO<br />
Via aérea:<br />
- História de confinamento em ambiente fechado durante o incêndio e sinais sugestivos de lesão precoce da VA tornam obrigatórios a<br />
avaliação da VA e o atendimento definitivo.<br />
- Lesões térmicas da faringe podem produzir um edema acentuado da VA superior e é importante que a permeabilidade da VA seja garantida<br />
precocemente.<br />
- As manifestações clínicas da lesão por inalação podem ser sutis e frequentemente não aparecem nas primeiras 24 horas.<br />
- Pode ser necessária uma via aérea cirúrgica.<br />
Respiração:<br />
- Tratamento segundo os possíveis mecanismos:<br />
- Lesão térmica direta, produzindo edema e/ou obstrução da VA superior;<br />
- Inalação de produtos de combustão incompleta (partículas de carbono) e fumaça tóxica, levando a traqueobronquites químicas,<br />
edema e pneumonia,<br />
- Intoxicação por monóxido de carbono → sempre pensar quando há história de combustão em locais fechados.<br />
- Intoxicação por monóxido de carbono → diagnóstico feito primeiramentepela história de exposição. Pacientes com nível de CO menor que<br />
20% não costumam apresentar sinais e sintomas. Sinais e sintomas: cefaléia e náusea, confusão, coma e morte. A coloração vermelho-cereja<br />
é rara. Os doentes devem receber desde o início, oxigênio em alto fluxo, através de máscara unidimensional.<br />
- Tratamento inicial da lesão por inalação: administração contínua de oxigênio umidecido → IOT precoce: uma cânula de grosso calibre deve<br />
ser escolhida pois existe uma alta probabilidade de necessidade de broncoscopia. Deve ser feita gasometria imediatamente para avaliação<br />
evolutiva do padrão pulmonar. A PO2 arterial não é uma forma fidedigna de avaliar a intoxicação por CO, é obrigatório medir os valores iniciais<br />
de carboxihemoglobina e administrar oxigênio a 100%.<br />
- Caso seja possível, elevar a cabeça e tórax a 20 – 30 graus.<br />
- Pode ser necessária escarotomia das paredes anterior e lateral do tórax → se as lesões produzirem restrição importante da sua<br />
movimentação, mesmo na ausência de queimadura circunferencial.<br />
Volume sangüíneo circulante<br />
- Choque deve ser tratado segundo os princípios de reanimação.<br />
- A reanimação com fluídos para tratamento da queimadura também deve ser realizada.<br />
- A medida da pressão sangüínea costuma ser difícil e pode não ser confiável.<br />
- A monitoração do débito urinário é uma forma mais confiável de avaliação do volume sangüíneo circulante, na ausência de diurese osmótica.<br />
- Infundir volume suficiente para produzir diurese horária de 1,0 mL/Kg para crianças com menos de 30Kg e 0,5 – 1,0 mL/Kg em adultos.<br />
- O doente queimado necessita de 2 – 4 mL de RL por Kg por % de superfície corpórea com queimaduras de segundo e terceiro graus, nas<br />
primeiras 24 horas, para manter um volume circulante adequado e produzir um débito urinário satisfatório.<br />
- O volume estimado deve ser oferecido da seguinte maneira: metade nas primeiras 8 horas após a queimadura e o restante em 16 horas.<br />
- É melhor administrar a maior dose de volume (4mL/Kg) e avaliar freqüentemente a resposta do doente.<br />
- Em crianças é necessário acrescentar, a este volume, soluções de manutenção contendo glicose e devidamente calculadas de acordo com o<br />
peso.<br />
- Correções de distúrbios hidro-eletrolíticos devem ser realizadas individualmente. O ECG deve ser monitorado.<br />
EXAME SECUNDÁRIO E MEDIDAS AUXILIARES<br />
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