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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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TRATAMENTO<br />

→ Tratamento clínico:<br />

- Prevenção e tratamento das infecções: Higiene com os pés, cuidados com a pele, hidratação e evitar traumas. Antibioticoterapia profilática<br />

(penicilina benzatina a cada 15 ou 21 dias, períodos de 6 meses a 1 ano). No caso de infecções agudas, tratar com os mesmos antibióticos,<br />

em doses terapêuticas, por período mínimo de 15 dias.<br />

- Redução e manutenção do volume da região afetada pelo edema: repouso com os membros elevados, evitar ortostatismo prolongado.<br />

Terapia física complexa descompressiva. Drenagem linfática manual, enfaixamento, exercícios miolinfocinéticos. Compressão pneumática<br />

intermitente seqüencial. Contenção elástica com luvas ou meias com compressão e medidas adaptadas ao paciente.<br />

- Medicamentos: diurético (somente fases iniciais em certos pacientes). Antimicóticos tópicos e/ou sistêmicos orientados por exame<br />

micológico.<br />

- Medidas gerais: dieta de emagrecimento, dieta com restrição de triglicérides de cadeia longa para lesão linfática das cavidades (quilotórax,<br />

ascite quilosa, quilúria).<br />

- Psicoterapia de apoio.<br />

→ Tratamento cirúrgico:<br />

- É de exceção na maioria dos casos, a não ser no linfedema peno-escrotal, para o qual é a indicação de escolha.<br />

- As cirurgias de ressecção estão indicadas após tratamento clínico adequado, como medida complementar para correção do excesso de pele<br />

e tecido celular subcutâneo, visando otimizar a anatomia do membro.<br />

- Lipoaspiração localizada, não esquecendo que a terapia física complexa deve ser continuada após a cirurgia.<br />

- Dermolipectomias totais: no caso de fibroedema, forma elefantiásica, com resultados variáveis.<br />

- Nos casos de ressecção linfonodal proximal com linfedema secundário pós-cirúrgico, pode ser cogitada a anastomose linfovenosa por<br />

técnica de microcirurgia, quando houver coletores linfáticos distais preservados.<br />

ISQUEMIA DE MEMBROS INFERIORES<br />

CONCEITO<br />

Diminuição do aporte sanguíneo aos MMII decorrente de doenças arteriais oclusivas<br />

→ aorta, ilíaca, femoral, poplítea, tibial anterior e posterior, fibular, podálica.<br />

EPIDEMIOLOGIA<br />

- A idade média do aparecimento da sintomatologia é por volta dos 65 anos. Nessa faixa etária, cerca de 12% dos indivíduos possui teste<br />

positivo para a doença arterial oclusiva, mas a grande maioria é assintomático. Em paciente diabéticos, a prevalência é 3 vezes maior e<br />

acomete cerca de 10 anos mais cedo. O hábito de fumar aumenta em 9 vezes a chance de desenvolver aterosclerose em MMII e está<br />

relacionado com maior evolução de claudicação intermitente para dor em repouso.<br />

- A mortalidade no grupo de pacientes com claudicação intermitente é maior que na população geral e o principal mecanismo de morte é a<br />

isquemia por doença coronariana (60%), seguida pela doença cerebral vascular (12%) e causas não vasculares representam 18% das causas<br />

de morte nesse grupo.<br />

FISIOPATOLOGIA<br />

→ Oclusões agudas: artéria relativamente saudável é subitamente ocluída por êmbolos (à cavaleiro: obstrução na bifurcação da aorta), ou<br />

tromboses: placa de ateroma, aneurismas → formação de trombos. Os êmbolos são provenientes do coração.<br />

→ Oclusões crônicas: principalmente por placas de ateroma.<br />

ATEROSCLEROSE<br />

A aterosclerose é a principal doença degenerativa das artérias humanas.<br />

Os ateromas ocorrem mais comumente adjacentes a bifurcações arteriais, nas origens dos principais ramos arteriais e em locais onde<br />

uma artéria passa sob uma alça de fáscia ou através dela. Por exemplo, a artéria femoral superficial é frequentemente afetada de forma<br />

mais grave onde o vaso passa através do hiato adutor.<br />

A hipertensão, hipercolesterolemia, tabagismo, diabete melito, idade, obesidade, sedentarismo e hereditariedade são os principais fatores<br />

de risco para a aterosclerose.<br />

A insuficiência arterial periférica é uma das síndromes que podem fazer parte do quadro clínico da aterosclerose.<br />

A insuficiência arterial periférica é predominantemente uma doença dos membros inferiores (MMII). Nos braços, as lesões arteriais são<br />

restritas principalmente às artérias subclávia e axilar. Além disso, as vias colaterais em MMSS são muito abundantes, logo a aterosclerose<br />

não causa sintomatologia nesses segmentos. Nos MMII o comprometimento do sistema femoropoplíteo é mais comum que a doença<br />

aortoilíaca<br />

QUADRO CLÍNICO<br />

→ Aguda: membro pálido, frio, doloroso, ausência de pulsos e impotência funcional.<br />

→ Cônicas:<br />

- Claudicação intermitente: é o sintoma mais precoce da insuficiência arterial periférica. É caracterizada por uma dor ou fadiga nos músculos<br />

dos MMII, causada pela deambulação e aliviada pelo repouso. A dor é profunda, com evolução gradual até um ponto que força o indivíduo a<br />

interromper o exercício. Melhora após 2 a 5 minutos de inatividade. A distância que um paciente percorre depende de: velocidade de<br />

deambulação; nível de inclinação; grau de obstrução arterial; desenvolvimento de circulação colateral e porcentagem da carboxihemoglobina<br />

no sangue. A claudicação ocorre com maior freqüência nos músculos da panturrilha, independentemente do segmento arterial comprometido.<br />

Diagnóstico diferencial: osteoartrite do quadril ou joelho e compressão neuroespinhal.<br />

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