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Cirurgia Abdominal - Dra. Eloiza Quintela

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CIRURGIA VASCULAR<br />

TIPOS DE CIRURGIAS<br />

→ Arteriorrafia: com a aproximação das paredes o vaso se estreita.<br />

→ Arterioplastia: coloca-se remendo. Mantêm calibre do vaso.<br />

→ Trombectomia ou embolectomia: cateter atravessa o êmbolo, abre-se um balão na ponta que, ao se retirar o cateter, puxa o êmbolo junto.<br />

→ Endarterectomia: quando há uma placa de ateroma a parede fica mais espessa e a luz do vaso mais estreita, o cateter então, é passado<br />

pela camada média, ficando somente a camada muscular. Essa camada muscular que fica, sem endotélio, não forma coágulos pois o fluxo<br />

laminar impede a progressão da coagulação → uma camada de fibrina acaba por cobrir a camada muscular.<br />

→ Pontes: Quando a placa de ateroma é muito extensa. Realiza-se uma ponte no vaso excluindo-se a parte acometida do fluxo sanguíneo.<br />

Podem ser veias ou de materiais sintéticos: poliéster ou politetrafluorietileno.<br />

→ Angioplastia: balão espreme a placa contra a parede vascular e fratura limitante elástica externa da artéria, com isso a artéria se remodela e<br />

aumenta seu calibre. Pode acontecer de a placa voltar um pouco ou soltar um pedaço por isso coloca-se o stent. É necessário auxílio de RX<br />

contrastado durante o procedimento.<br />

LINFEDEMA<br />

CONCEITO<br />

Tumefação de algum órgão do corpo, decorrente da pertubação ou obstrução na circulação linfática.<br />

QUADRO CLÍNICO<br />

→ Anamnese:<br />

- Tempo de evolução dos sintomas: a idade do paciente quando do aparecimento dos sintomas define a classificação do linfedema primário.<br />

- Linfedemas recentes, sobretudo quando predominam em regiões proximais no membro, em pessoas de mais idade, devem sempre alertar<br />

para a possibilidade de neoplasias obstrutivas.<br />

- A história familiar é importante nas doenças de Milroy e Meige.<br />

- Embora possa ter aparecimento espontâneo, pode haver algum fator desencadeante: celulites, entorse de tornozelo, picada de inseto,<br />

gravidez e viagem de avião são frequentemente referidos em pacientes com linfedemas primários.<br />

- Perda de peso e diarréia podem também estar associados a linfedemas primários, podendo sugerir linfangiectasia intestinal e perda entérica<br />

crônica de proteínas.<br />

- A etiologia dos linfedemas secundários pode ser evidente após tratamentos cirúrgicos e radioterápicos.<br />

- Pacientes provenientes de áreas endémicas para filariose devem ser submetidos a pesquisa adicional para comprovação diagnostica.<br />

- A freqüência de ataques inflamatórios/infecciosos deve ser anotada, pois trata-se de importante fator prognóstico e permite, indiretamente,<br />

supor o grau de lesão tecidual do membro acometido.<br />

→ Exame físico:<br />

- O exame físico geral permite o diagnóstico do linfedema primário.<br />

- Devem-se pesquisar todos os segmentos corpóreos quanto à presença de edema (face, tronco, nádegas, genitália).<br />

- A palpação dos centros linfonodais é parte fundamental na avaliação clínica dos linfedemas secundários, especialmente quando se suspeita<br />

da ocorrência de neoplasias.<br />

- A presença de linfonodos regionais palpáveis em pacientes com linfedemas primários dos membros inferiores pode sugerir hipoplasia dos<br />

vasos coletores distais e é de valor no prognóstico destes doentes.<br />

- A inspeção deve abranger o membro na sua totalidade, à procura de lesões cutâneas.<br />

- Pacientes com linfedemas de longa duração e com surtos infecciosos múltiplos eventualmente apresentam lesões verrucosas.<br />

- A presença de fistulização em qualquer região do membro é importante. Observação de saída de fluido leitoso→ refluxo quiloso.<br />

- Os espaços interdigitais, sede frequente de dermatofitoses, são rigorosamente inspecionados.<br />

- A consistência e textura da pele: pode variar desde normal até a consistência lenhosa, revelando extensa fibrose tecidual. Neste aspecto, a<br />

pesquisa do sinal de Godet tem importância prognostica: correlaciona-se com a quantidade de líquido deslocado.<br />

- Sinal de Stemmer: consiste no espessamento cutâneo da base do segundo artelho e é obtido pelo examinador quando se tenta realizar a<br />

preensão da pele desta região.<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

→ Primário: congênito (antes de 2 anos), precoce ( 2 – 30 anos), tardio (depois dos 30 anos).<br />

→ Secundário: infeccioso (parasitas → filariose, erisipela), neoplásicos (invasão linfática), traumático (cirurgia, radioterapia), químico (sílica)<br />

→ zero: assintomático<br />

→ I: edema reversível<br />

→ II: edema irreversível espontaneamente<br />

→ III: elefantíase<br />

DIAGNÓSTICO<br />

Diagnóstico clínico é suficiente na grande maioria dos pacientes.<br />

- Linfografia: com contraste oleoso → muito pouco utilizada por piorar o linfedema<br />

- Linfocintilografia: com tecnésio → principalmente para avaliar prognóstico.<br />

- USG doppler, TC, RNM: para descartar diagnósticos diferenciais e avaliar massas.<br />

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