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3.3.2 – Etiologia<br />
As riquétsias são pequenos microrganismos bacterianos gram-negativos<br />
cocobacilares pleomáficos, da ordem Rickettsiae. Esta ordem está formada por<br />
três famílias: Rickettsiaceae, Bartonellaceae e Anaplasmataceae. A família<br />
Rickettsiaceae se compõe de três tribos: Wolbachieae são patógenos dos<br />
artrópodos ou simbiotas, e não sabemos se são patogênos para os vertebrados;<br />
a tribo Rickettsiae consiste em três gêneros: Rickettsia, Rochalimaea e Coxiella;<br />
a tribo Ehrlichieae também consiste em três gêneros: Ehrlichia, Cowdria e<br />
Neorickettsia (BREITSCHWERDT, 1997).<br />
Ehrlichia canis é um pequeno microrganismo riquetsial pleomórfico que<br />
infecta as células mononucleares circulantes. As mórulas são visualizadas<br />
ocasionalmente em esfregaços sanguíneos durante o estágio inicial da infecção,<br />
e raramente estão associados à infecção crônica (BREITSCHWERDT, 1997).<br />
Figura 2 – Mórula intracelular (seta)<br />
de E. canis em monócito<br />
Fonte: Varela, 2003<br />
3.3.3 – Transmissão<br />
O organismo é transmitido através da picada do carrapato. A infecção do<br />
hospedeiro vertebrado pode ocorrer em qualquer estágio de desenvolvimento do<br />
carrapato (larva, ninfa e adulto), enquanto que este para se infectar deve se<br />
alimentar de um cão riquetsêmico na fase aguda, e assim infectado, perpetuar a<br />
doença (LAPPIN, 2001).<br />
O vetor e o reservatório da E. canis é o carrapato vermelho do cão<br />
(Rhipicephalus sanguineus), que pode transmitir os organismos por pelo menos<br />
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