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Artigo Científico - UPIS

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Os linfomas também podem ser classificados por meio do imunofenótipo,<br />

que distingue se o linfoma tem origem nos linfócitos B ou T. Nos cães, a maior<br />

parte dos linfomas (70% a 80%) é composta de linfócitos B, e os linfomas de<br />

origem em linfócitos T se associam mais comumente com hipercalcemia e<br />

envolvimento mediastinal cranial (VAIL; OGILVIE, 2003).<br />

3.1.4 – Sinais clínicos<br />

Os sinais clínicos são variáveis e as manifestações destes se dão<br />

conforme a apresentação da doença. Por ser uma neoplasia, é muito comum o<br />

animal doente apresentar uma síndrome paraneoplásica, que nada mais é do que<br />

um conjunto de sinais clínicos. Os tumores hematopoéticos são os que<br />

apresentam a maior incidência desta síndrome (CROW, 1992).<br />

Segundo Crow (1992), de uma forma geral os animais enfermos<br />

apresentam uma severa caquexia, provavelmente decorrente de uma anorexia,<br />

que se acredita que ocorre devido à alteração no paladar e olfato, efeito direto do<br />

tumor no centro do apetite.<br />

A forma multicêntrica apresenta-se com sinais vagos e inespecíficos como<br />

perda de peso, febre, letargia e anorexia. A linfoadenomegalia pode levar a<br />

obstrução mecânica dos vasos linfáticos e sanguíneos, causando edema na face<br />

e dos membros, ou provocar compressão das vias respiratórias ocorrendo tosse<br />

no paciente (FIGHERA et al., 2002). O exame físico revela uma linfoadenopatia<br />

generalizada (os linfonodos acometidos estão aumentados de 2 a 15 vezes o<br />

tamanho normal, indolores e com mobilidade livre), com ou sem hepatomegalia,<br />

esplenomegalia e as lesões extranodais (VAIL; OGILVIE, 2003).<br />

A forma mediastínica se caracteriza pela presença de tosse, dispnéia ou<br />

regurgitação (esta última mais comumente nos gatos). Poliúria, polidipsia e<br />

hipercalcemia são queixa comuns em cães com linfoma mediatinal. Estes sinais<br />

são provocados por compressão dos linfonodos mediastinais anteriores<br />

aumentados de volume e por uma efusão pleural maligna. A síndrome de Horner<br />

uni ou bilateral pode ocorrer em gatos, e ocasionalmente em cães com linfoma<br />

mediatinal (COUTO, 2001). Dependendo da severidade dessa hipercalcemia,<br />

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