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Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia ...

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<strong>Diretrizes</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pneumologia</strong> e <strong>Tisiologia</strong> para o Manejo <strong>da</strong> Asma - 2012<br />

4. Componentes do cui<strong>da</strong>do <strong>da</strong> asma<br />

A asma tem um impacto importante na<br />

vi<strong>da</strong> dos pacientes, seus familiares e no sistema<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Embora não exista cura, o manejo<br />

a<strong>de</strong>quado baseado na parceria médico-paciente<br />

po<strong>de</strong> resultar em controle <strong>da</strong> doença. Os<br />

objetivos do tratamento são (1) :<br />

• Atingir e manter o controle dos sintomas<br />

• Manter as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> diária normais,<br />

incluindo exercícios<br />

• Manter a função pulmonar normal ou o<br />

mais próximo possível do normal<br />

• Prevenir as exacerbações<br />

• Minimizar os efeitos colaterais <strong>da</strong>s<br />

medicações<br />

• Prevenir a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

O manejo <strong>da</strong> asma po<strong>de</strong> ser conduzido <strong>de</strong><br />

diferentes formas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> aspectos<br />

culturais, socioeconômicos e regionais. Contudo,<br />

respeita<strong>da</strong>s essas diferenças, o acompanhamento<br />

<strong>de</strong>ve estar fun<strong>da</strong>mentado em cinco componentes<br />

inter-relacionados:<br />

1) Parceria médico-paciente<br />

2) I<strong>de</strong>ntificação e controle dos fatores <strong>de</strong><br />

risco<br />

3) Avaliação, monitoramento e manutenção<br />

do controle <strong>da</strong> asma<br />

4) Prevenção e controle <strong>de</strong> riscos futuros<br />

5) Consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> situações especiais no<br />

manejo <strong>da</strong> asma<br />

Componente 1: parceria médico-paciente<br />

O manejo efetivo <strong>da</strong> asma necessita do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma parceria entre o paciente<br />

asmático e seu médico (e pais/cui<strong>da</strong>dores, no<br />

caso <strong>da</strong> criança com asma). O objetivo é permitir<br />

que o paciente adquira conhecimento, confiança<br />

e habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para assumir o papel principal no<br />

manejo <strong>de</strong> sua doença.<br />

A parceria é forma<strong>da</strong> e estreita<strong>da</strong> quando o<br />

paciente e seu médico discutem e concor<strong>da</strong>m<br />

com os objetivos do tratamento, <strong>de</strong>senvolvem<br />

um plano <strong>de</strong> ação escrito e personalizado e,<br />

periodicamente, revisam o tratamento e o<br />

nível <strong>de</strong> controle <strong>da</strong> asma (Quadro 3). (2) Essa<br />

abor<strong>da</strong>gem, chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> automanejo guiado<br />

<strong>da</strong> asma, reduz a morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> tanto em adultos (3)<br />

quanto em crianças. (4)<br />

Educação<br />

Quadro 3 - Conteúdo educacional programático (O “ABCD” <strong>da</strong> asma).<br />

1) Abor<strong>da</strong>r os fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes e agravantes e orientar como evitá-los<br />

2) Buscar medicamentos apropriados e com técnica a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

A educação associa<strong>da</strong> ao tratamento<br />

farmacológico é fun<strong>da</strong>mental no manejo <strong>da</strong><br />

asma, (2) <strong>de</strong>vendo ser parte integral do cui<strong>da</strong>do<br />

com pacientes <strong>de</strong> qualquer i<strong>da</strong><strong>de</strong>. O objetivo<br />

principal é auxiliar o paciente e seus familiares<br />

na aquisição <strong>de</strong> motivações, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />

confiança. A intervenção educacional, associa<strong>da</strong><br />

a um plano escrito <strong>de</strong> automanejo, permite<br />

melhor controle <strong>da</strong> asma e reduz hospitalizações,<br />

visitas aos serviços <strong>de</strong> emergência e visitas não<br />

agen<strong>da</strong><strong>da</strong>s, além <strong>de</strong> reduzir o absenteísmo ao<br />

trabalho e à escola. No Brasil, as pesquisas<br />

também <strong>de</strong>monstraram os benefícios <strong>de</strong>sses<br />

programas no controle clínico <strong>da</strong> doença, nos<br />

custos diretos e na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> em adultos<br />

e crianças. (2,4,5)<br />

A educação em asma <strong>de</strong>ve ser direciona<strong>da</strong> a<br />

diferentes públicos, conforme listado abaixo (6) :<br />

1) À população em geral, informando que<br />

a asma é uma doença pulmonar crônica<br />

que, se a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente trata<strong>da</strong>, po<strong>de</strong> ser<br />

controla<strong>da</strong>, permitindo uma vi<strong>da</strong> normal<br />

2) A instituições, como escolas, colônias <strong>de</strong><br />

férias, seguradoras <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e empresas<br />

públicas e priva<strong>da</strong>s, alertando como<br />

i<strong>de</strong>ntificar a asma e encaminhar o paciente<br />

ao tratamento<br />

3) Aos profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, para garantir<br />

o diagnóstico e a abor<strong>da</strong>gem terapêutica<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><br />

4) Aos familiares e cui<strong>da</strong>dores, no sentido <strong>de</strong><br />

se sentirem confortáveis com as condutas<br />

adota<strong>da</strong>s<br />

5) Aos pacientes asmáticos, para facilitar<br />

o reconhecimento dos sintomas, o<br />

conhecimento dos fatores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes<br />

e <strong>de</strong> como evitá-los e a sua participação<br />

ativa no tratamento<br />

3) Colocar em prática a execução <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> ação, apren<strong>de</strong>ndo a monitorar o controle <strong>da</strong> asma<br />

• Descrever a diferença entre medicação controladora e <strong>de</strong> resgate, conhecer os efeitos colaterais dos<br />

medicamentos usados e saber como minimizá-los<br />

A<strong>da</strong>ptado <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Pneumologia</strong> e <strong>Tisiologia</strong> et al. (2)<br />

S9<br />

J Bras Pneumol. 2012;38(supl.1):S1-S46

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