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Traqueostomia em crianças - Paulo Roberto Margotto

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pelas mesmas razões: servir de by pass para uma obstrução alta ou promover um<br />

suporte respiratório/ higiene pulmonar adequada.<br />

O que mudou foi o rol de condições subjacentes que requer<strong>em</strong> uma<br />

traqueostomia. Na verdade o que ocorreu foi uma queda na freqüência de<br />

traqueostomias por obstrução alta de vias aéreas e um aumento nas condições que<br />

necessitam de ventilação mecânica prolongada.<br />

Anormalidades congênitas das vias aéreas altas resultam <strong>em</strong> dificuldades<br />

respiratórias que não pod<strong>em</strong> ser asseguradas por outros meios e frequent<strong>em</strong>ente<br />

necessitam de uma traqueostomia transitória ou permanente, especialmente <strong>em</strong> lactentes<br />

e pré-escolares que têm comprometimento da porção nasal.A doença pulmonar crônica<br />

e cardiopatias congênitas complexas são outras importantes entidades associadas com<br />

ocasional necessidade de traqueostomia e neste caso a maioria das <strong>crianças</strong> t<strong>em</strong><br />

possibilidade de decanulação posterior.<br />

A maioria das coortes de <strong>crianças</strong> traqueostomizadas contém um número<br />

significante de lactentes. Já os adolescentes representam um segundo importante<br />

subgrupo contribuindo com um terço do total. Embora doenças pulmonares e anomalias<br />

congênitas sejam os principais diagnósticos na infância mais de três quartos das<br />

traqueostomias <strong>em</strong> adolescentes são por acidentes, sendo um terço por trauma crânio<br />

encefálico grave. Há uma predominância no sexo masculino (64%), e provavelmente as<br />

doenças ligadas ao X e o ambiente de maior risco contribui para essa diferença de<br />

distribuição.<br />

2) – TRAQUEOSTOMIA COMO UM BY PASS PARA OBSTRUÇÃO ALTA DE<br />

VIAS AÉREAS<br />

Há 150 anos, o tratamento dado a uma obstrução alta de vias aéreas <strong>em</strong> <strong>crianças</strong><br />

era a traqueostomia de urgência. Como as epiglotites e as laringotraqueítes eram as<br />

causas mais importantes de obstrução alta, a impl<strong>em</strong>entação de programas de vacinação<br />

contra difteria e Ha<strong>em</strong>ophilus influenzae B, b<strong>em</strong> como o refinamento das técnicas<br />

anestésicas reduziram dramaticamente o número de traqueostomias de urgência.<br />

Há 40 anos, <strong>crianças</strong> com infecções agudas de vias aéreas com obstrução eram<br />

frequent<strong>em</strong>ente traqueostomizadas.<br />

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