Traqueostomia em crianças - Paulo Roberto Margotto
Traqueostomia em crianças - Paulo Roberto Margotto
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trabalhos e, a grande diferença está no acompanhamento e revisão desses pacientes. Sua<br />
troca ou reposicionamento só pode ser feita <strong>em</strong> centro cirúrgico e na maioria das vezes<br />
associado a realização de broncoscopia.<br />
Exist<strong>em</strong> no mercado as cânulas metálicas, de silicone, de PVC e as<br />
manufaturadas.<br />
As cânulas de metal são rígidas, mais duradouras com vida média prolongada<br />
,mais fáceis de executar a limpeza com menos risco de obstrução, porém não são usadas<br />
<strong>em</strong> pacientes que estão <strong>em</strong> ventilação mecânica e t<strong>em</strong> mais riscos de ocasionar a<br />
formação de granuloma ou reações de corpo estranho.<br />
As cânulas de silicone e PVC são mais flexíveis e ditas descartáveis<br />
necessitando de trocas freqüentes para manter uma boa higiene e segurança; Mais difícil<br />
de promover a higiene, no entanto se b<strong>em</strong> treinados os cuidadores para realizar o<br />
procedimento de aspiração suas chances de causar infecção são iguais as de metal.<br />
Causam menos reação de corpo estranho e se adequam melhor a anatomia traqueal. São<br />
as mais utilizadas atualmente.<br />
As manufaturadas são feitas sob medida para cada paciente, sendo as ideais<br />
porém de custo mais elevado.<br />
O tubo de Montgomery (tubo t) é um tipo de cânula especial que v<strong>em</strong> sendo<br />
utilizado <strong>em</strong> pacientes com estenose traqueal/ subglótica, que permite passag<strong>em</strong> de ar<br />
livre de permeio, pois possui abertura superior e inferior, <strong>em</strong> casos selecionados,<br />
proporciona menor t<strong>em</strong>po de permanência da traqueostomia. São utilizados para manter<br />
patência e anatomia de vias aéreas após dilatação traqueal.<br />
A escolha da cânula adequada é muito importante, pois repercute no tipo de<br />
acompanhamento, nos cuidados específicos e na melhora e próprio conforto do paciente<br />
e deve ser feita pesando os riscos e benefícios de cada uma delas individualmente.<br />
A primeira troca de tubo é de extr<strong>em</strong>a importância pois verifica a formação do<br />
estoma e permite higiene e recuperação mais rápidas, devendo ser realizada<br />
precoc<strong>em</strong>ente. A maioria dos trabalhos descreve a primeira troca por volta de sete dias<br />
após o procedimento.<br />
Deutsche <strong>em</strong> 1998, descreveu a primeira troca de troca da cÂnula a beira do<br />
leito com 3 dias após o procedimento com bastante e segurança <strong>em</strong> 20 pacientes. Refere<br />
como vantagens da troca mais precoce a diminuição da estadia hospitalar, educação<br />
precoce dos cuidadores e melhor higiene. Também pondera que durante as primeiras 48<br />
horas a troca do tubo não deve ser realizada s<strong>em</strong> equipamento de <strong>em</strong>ergência e<br />
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