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IV Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />
TINTAS<br />
As estragégias das maiores<br />
ACIN tem aproveitado para avaliar todos os custos<br />
na cadeia de valor.<br />
CIN vende para mais mercados<br />
e para a indústria<br />
Os resultados da maior empresa nacional de tintas, a<br />
CIN, em Portugal, estão a descer, mas “tanto em Espanha<br />
como em Portugal atingimos as nossas expectativas<br />
no primeiro semestre do ano, apesar de um abrandamento<br />
dos resultados em Abril e em Maio, diz Reinaldo<br />
Campos, Director de Marketing, Strategy & Business<br />
Development da empresa. No último ano, a descida no<br />
nosso País foi de 7,8%, com todos os sectores a cairem,<br />
excepto a indústria, que registou uma ligeira subida<br />
(+2%). Aqui ao lado, em Espanha, a actividade continuou<br />
negativa (-8,3%), “evidenciando a profunda crise<br />
imobiliária e o forte corte no investimento público”,<br />
justifica o mesmo responsável. No mercado africano, os<br />
resultados do primeiro se-<br />
DESCIDA<br />
A quebra da Cin<br />
em Portugal foi de 7,8%<br />
em 2011.<br />
-7,8%<br />
mestre “excederam as nossas<br />
expectativas” e em<br />
França “corresponderam<br />
exactamente ao esperado”.<br />
O volume de negócios do<br />
Grupo em 2011 cifrou-se<br />
em 210,5M€, reflectindo<br />
umaquebrade3,9%.<br />
Com mais de 90 anos de<br />
existência, a CIN é líder ibérica desde 1995, ocupando o<br />
42º lugar no ranking mundial de produtores de tintas e<br />
vernizes, no ano de 2011.<br />
Perante a forte recessão da economia, “com níveis de<br />
volatilidade e incerteza pouco comuns”, a CIN tem feito<br />
um “exaustivo levantamento e avaliação de todos os<br />
custos da cadeia de valor” e apostado na diversificação<br />
geográfica dos seus mercados, tendo aumentado “significativamente<br />
a componente exportadora e criado novas<br />
plataformas que sustentem o seu crescimento. Exemplo<br />
dissoéorecenteinvestimentoem12milhõesdeeuros<br />
no aumento da capacidade industrial da fábrica de tintas<br />
em pó para o sector Industrial, na Maia. ■ I.M.<br />
Fotografia cedida pela CIN<br />
O mercado interno está em queda devido à austeridade,<br />
diz Rui Caldas. director geral da Robbialac.<br />
Aposta da Robbialac poderá passar<br />
pela internacionalização<br />
O mercado interno está em queda para a Robbialac, e a<br />
aposta poderá vir a passar perla internacionalização da<br />
empresa. Rui Caldas, director geral da empresa, disse ao<br />
Diário <strong>Económico</strong> que na área das exportações, “estamos<br />
neste momento a estudar várias possibilidades na<br />
Europa e em África”. Na internacionalização, por seu<br />
turno, “temos dois projectos em África sobre os quais<br />
ainda é cedo para nos pronunciarmos”.<br />
A nível nacional, as medidas de austeridade impostas<br />
pelo Governo já provocaram uma queda das suas vendas.<br />
Em valor, a quebra no<br />
2011<br />
As vendas cairam 6% em<br />
2011. No último trimestre<br />
de 2012 cairam 14,4%.<br />
-6%<br />
anopassadofoide6%,sendo<br />
que em 2011 a quebra do<br />
último trimestre já apresentava<br />
14,4%. Até Agosto<br />
2012 a Robbialac “caíu o<br />
mesmoqueomercado,ou<br />
seja, 20%”. A queda acumulada<br />
terá reflectido uma<br />
“baixa abrupta do consumo<br />
privado”. “As comunicações do governo desencadearam<br />
um processo acelerado da quebra do consumo visível<br />
nas nossas 59 lojas. Os nossos clientes continuam a<br />
sofrer pela falta de pagamento do estado das obras efectuadas<br />
em 2010 pelo anterior governo. Este facto é provavelmente<br />
o mais determinante para a sobrevivência<br />
da nossa indústria e para atenuar a elevada taxa de desemprego”,<br />
afirma Rui Caldas. E sublinha: “somos uma<br />
vergonha europeia no que aos pagamentos do Estado diz<br />
respeitoeahistórianãoacaba aqui. O Estado continua a<br />
gastar aquilo que não pode pagar levando milhares de<br />
pequenas e médias empresas à falência. Será que isto<br />
não é crime premeditado?”. As perspectivas para 2013<br />
são de quedas que se situam entre os 10 e 15%. O caminho<br />
para ultrapassar a crise passará pela redução dos<br />
custos operacionais. ■ I.M.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Produção principal mantém-se em Gaia, mas Barbot já tem<br />
fábricas em Espanha e Angola.<br />
Barbot optimista sobre<br />
as vendas deste ano<br />
»<br />
A Barbot está optimista quanto às suas vendas este ano.<br />
Pelo menos quando se compara com os resultados obtidos<br />
no ano passado. Carlos Barbot, administrador da<br />
empresa, disse ao Diário <strong>Económico</strong> que “a crise económica<br />
tornou os clientes mais exigentes, mas também<br />
mais fiéis, ou seja, arriscam menos nas suas decisões de<br />
compra, preferindo manter-se com as marcas que conhecem<br />
e nas quais confiam”. A situação “desafiante”<br />
do mercado português levou a empresa a procurar outras<br />
soluções. Internamente, a empresa tem apostado no<br />
desenvolvimento de soluções orientadas para o mercado<br />
da reabilitação e no segmento de produtos multi-superfícies.<br />
Ainda anível nacional, “estamos também a reforçar<br />
a marca junto do consu-<br />
ANO<br />
A Barbot foi fundada<br />
em 1920 por Diogo Barbot.<br />
Carlos Barbot é seu neto.<br />
1920<br />
midor final, apostando em<br />
novos canais de contacto,<br />
como a loja online e as redes<br />
sociais, que nos têm<br />
permitido um importante<br />
veículo de comunicação<br />
junto do público”.<br />
No que ao mercado internacional<br />
concerne, a Bar-<br />
bot já está presente em vários, e continua a crescer de<br />
forma “bastante sustentável”. “Conseguimos conquistar<br />
uma posição muito positiva nos mercados internacionais<br />
em que apostámos, nomeadamente Espanha,<br />
França, Bélgica, Angola e Cabo Verde. Em Angola contamos<br />
já com uma fábrica, seis lojas Barbot e uma rede<br />
de revendedores, que nos permitem uma boa cobertura<br />
do território”, disse Carlos Barbot.<br />
Sobre as uniades de produção, a empresa mantém a<br />
principal fábrica em Vila Nova de Gaia, mas conta hoje<br />
com uma unidade de produção em Espanha, na sequência<br />
da aquisição da empresa Jallut, e também em<br />
Angola. ■ I.M.<br />
Fotografia cedida pela Barbot