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II Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />

TINTAS<br />

“MAIOR APROXIMAÇÃO ao mercado com o apoio<br />

à prescrição e assistência técnica”. A estratégia da Diera,<br />

uma das maiores empresas nacionais da área das tintas,<br />

passa por aqui, disse José Manuel Santos, administrador, ao DE.<br />

As vendas no ano passado registaram uma ligeira subida face<br />

ao ano anterior e para este ano prevê-se uma estabilização.<br />

As exportações da Diera têm ido para os PALOP.<br />

Produção interna está em queda e<br />

As vendas do mercado em geral estão a cair, mas muitas das líderes de mercado têm conseguido passar<br />

entre os “pingos da chuva” através da aposta em promoções, no consumidor final e em novos mercados.<br />

IRINA MARCELINO<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

Omercado das tintas está a<br />

cair e é para continuar. As<br />

previsões da Associação<br />

Portuguesa de Tintas (APT)<br />

apontam para uma quebra<br />

na ordem dos 40% no fim<br />

de 2013 em relação a 2010.<br />

Uma quebra que se deve à retracção do mercado<br />

da construção civil e do consumo, afectado<br />

pelas medidas de austeridade que incluem<br />

cortes nos salários e mais impostos. Mas não<br />

só. Os atrasos nos pagamentos feitos pelo Estado<br />

são apontados pelas empresas como um<br />

dos grandes motivos para a derrocada das<br />

PME que trabalham no sector.<br />

“A maioria das empresas tem a tesouraria estrangulada<br />

porque tem que pagar as matérias<br />

primas a 60 dias e o recebimento dos seus<br />

clientes é de mais de 100 dias, havendo inúmerassituaçõesdemaisde150e200dias.<br />

Nesta área, lamenta-se que o Estado seja um<br />

dos piores pagadores, arrastando para a insolvência<br />

muitas PME”, acusa Morgado Fernan-<br />

2010 A 2013<br />

Entre 2010 e 2013<br />

o mercado das tintas<br />

em Portugal terá caído 40%,<br />

diz a Associação Portuguesa<br />

de Tintas.<br />

-40%<br />

SEGUNDO TRIMESTRE<br />

O mercado interno caiu<br />

20,6% no segundo trimestre<br />

deste ano. Em volume,<br />

as quebras foram de 23,8%<br />

no mesmo período.<br />

-20,6%<br />

des, presidente da APT, associação que representa<br />

87% das vendas do mercado através de<br />

empresas fabricantes e importadoras de tintas,<br />

assim como fornecedoras de matériasprimas<br />

e equipamentos para a indústria.<br />

No mercado interno, o segmento maioritário<br />

aindaéodaconstruçãocivil(71%), distribuindo-se<br />

a restante fatia pelos segmentos da<br />

indústria metalomecânica, indústria do mobiliário,<br />

reparação automóvel e outros.<br />

De acordo com a análise feita pela associação,<br />

o segundo trimestre de 2012, comparado com<br />

igual período do ano anterior, revelou uma<br />

“fortíssima queda em todos os segmentos”.<br />

Em valor, o mercado interno caiu 20,6%, as<br />

exportações 18,4%. Em volume as quebras<br />

foram, respectivamente, 23,8% e 18,1%.<br />

As medidas de austeridade já tomadas têm<br />

contribuído para a retracção do consumo interno.<br />

E a expectativa para a influência das<br />

novas medidas, que serão apresentadas oficialmente<br />

hoje, não são optimistas.<br />

“As comunicações do governo desencadearam<br />

um processo acelerado da quebra do consumo<br />

visível nas nossas 59 lojas. Os nossos clientes<br />

continuam a sofrer pela falta de pagamento do<br />

estado das obras efectuadas em 2010 pelo governo<br />

anterior. Este facto é provavelmente o<br />

mais determinante para a sobrevivência da<br />

nossa indústria”, afirmou Rui Caldas, da<br />

Robbialac. “O aumento de impostos naturalmente<br />

que trará implicações negativas na<br />

economia e na nossa actividade, contamos<br />

que irá agravar a contracção no consumo que<br />

se tem sentido já ao longo deste ano”, dizem<br />

Ana e António Ambrósio, administradores da<br />

Tintas 2000. “As medidas anunciadas terão<br />

um impacto marcante no consumo interno,<br />

nomeadamente no orçamento familiar e no<br />

consumidor final. Isto irá trazer consequências<br />

arrasadoras na economia nacional, incluindo<br />

a expectável recessão para a área da<br />

distribuição”, considera Cláudia Gomes, responsável<br />

pelo departamento técnico e de<br />

marketing da Sika Portugal.<br />

José Manuel Santos, administrador da Diera,

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