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Paulo Figueiredo PUB TINTAS ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5530 DE 15 DE OUTUBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Conheça as estragégias das maiores empresas ◗ Vendas de tintas e exportações estão em queda ◗ Hempel, a fornecedora a marinha de guerra, domina nas exportações ◗ As inovações que as empresas portuguesas desenvolveram Amostras de corantes, antigos para fazer tintas. Estes frascos já não são usados e estão expostos na sala de afinadores da Robbialac.
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- Page 12: PUB
Paulo Figueiredo<br />
PUB<br />
TINTAS<br />
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5530 DE 15 DE OUTUBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE<br />
Conheça as estragégias<br />
das maiores empresas<br />
◗ Vendas de tintas e exportações estão em queda<br />
◗ Hempel, a fornecedora a marinha de guerra, domina nas exportações<br />
◗ As inovações que as empresas portuguesas desenvolveram<br />
Amostras de corantes, antigos para fazer tintas.<br />
Estes frascos já não são usados e estão expostos<br />
na sala de afinadores da Robbialac.
II Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />
TINTAS<br />
“MAIOR APROXIMAÇÃO ao mercado com o apoio<br />
à prescrição e assistência técnica”. A estratégia da Diera,<br />
uma das maiores empresas nacionais da área das tintas,<br />
passa por aqui, disse José Manuel Santos, administrador, ao DE.<br />
As vendas no ano passado registaram uma ligeira subida face<br />
ao ano anterior e para este ano prevê-se uma estabilização.<br />
As exportações da Diera têm ido para os PALOP.<br />
Produção interna está em queda e<br />
As vendas do mercado em geral estão a cair, mas muitas das líderes de mercado têm conseguido passar<br />
entre os “pingos da chuva” através da aposta em promoções, no consumidor final e em novos mercados.<br />
IRINA MARCELINO<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
Omercado das tintas está a<br />
cair e é para continuar. As<br />
previsões da Associação<br />
Portuguesa de Tintas (APT)<br />
apontam para uma quebra<br />
na ordem dos 40% no fim<br />
de 2013 em relação a 2010.<br />
Uma quebra que se deve à retracção do mercado<br />
da construção civil e do consumo, afectado<br />
pelas medidas de austeridade que incluem<br />
cortes nos salários e mais impostos. Mas não<br />
só. Os atrasos nos pagamentos feitos pelo Estado<br />
são apontados pelas empresas como um<br />
dos grandes motivos para a derrocada das<br />
PME que trabalham no sector.<br />
“A maioria das empresas tem a tesouraria estrangulada<br />
porque tem que pagar as matérias<br />
primas a 60 dias e o recebimento dos seus<br />
clientes é de mais de 100 dias, havendo inúmerassituaçõesdemaisde150e200dias.<br />
Nesta área, lamenta-se que o Estado seja um<br />
dos piores pagadores, arrastando para a insolvência<br />
muitas PME”, acusa Morgado Fernan-<br />
2010 A 2013<br />
Entre 2010 e 2013<br />
o mercado das tintas<br />
em Portugal terá caído 40%,<br />
diz a Associação Portuguesa<br />
de Tintas.<br />
-40%<br />
SEGUNDO TRIMESTRE<br />
O mercado interno caiu<br />
20,6% no segundo trimestre<br />
deste ano. Em volume,<br />
as quebras foram de 23,8%<br />
no mesmo período.<br />
-20,6%<br />
des, presidente da APT, associação que representa<br />
87% das vendas do mercado através de<br />
empresas fabricantes e importadoras de tintas,<br />
assim como fornecedoras de matériasprimas<br />
e equipamentos para a indústria.<br />
No mercado interno, o segmento maioritário<br />
aindaéodaconstruçãocivil(71%), distribuindo-se<br />
a restante fatia pelos segmentos da<br />
indústria metalomecânica, indústria do mobiliário,<br />
reparação automóvel e outros.<br />
De acordo com a análise feita pela associação,<br />
o segundo trimestre de 2012, comparado com<br />
igual período do ano anterior, revelou uma<br />
“fortíssima queda em todos os segmentos”.<br />
Em valor, o mercado interno caiu 20,6%, as<br />
exportações 18,4%. Em volume as quebras<br />
foram, respectivamente, 23,8% e 18,1%.<br />
As medidas de austeridade já tomadas têm<br />
contribuído para a retracção do consumo interno.<br />
E a expectativa para a influência das<br />
novas medidas, que serão apresentadas oficialmente<br />
hoje, não são optimistas.<br />
“As comunicações do governo desencadearam<br />
um processo acelerado da quebra do consumo<br />
visível nas nossas 59 lojas. Os nossos clientes<br />
continuam a sofrer pela falta de pagamento do<br />
estado das obras efectuadas em 2010 pelo governo<br />
anterior. Este facto é provavelmente o<br />
mais determinante para a sobrevivência da<br />
nossa indústria”, afirmou Rui Caldas, da<br />
Robbialac. “O aumento de impostos naturalmente<br />
que trará implicações negativas na<br />
economia e na nossa actividade, contamos<br />
que irá agravar a contracção no consumo que<br />
se tem sentido já ao longo deste ano”, dizem<br />
Ana e António Ambrósio, administradores da<br />
Tintas 2000. “As medidas anunciadas terão<br />
um impacto marcante no consumo interno,<br />
nomeadamente no orçamento familiar e no<br />
consumidor final. Isto irá trazer consequências<br />
arrasadoras na economia nacional, incluindo<br />
a expectável recessão para a área da<br />
distribuição”, considera Cláudia Gomes, responsável<br />
pelo departamento técnico e de<br />
marketing da Sika Portugal.<br />
José Manuel Santos, administrador da Diera,
A DYRUP TEM EM MÃOS vários projectos de reconversão<br />
urbana, inseridos no seu lema “Happy Colors - Happy Life.<br />
Em Guimarães, ofereceu as tintas e fez o projecto, `<br />
com Agatha Ruiz de la Prada, para pintar um prédio no bairro<br />
Nossa Senhora da Conceição. Em Lisboa puintou, seguindo<br />
a filosofia ‘feng shui’, o mobiliário urbano da Avenida<br />
da Liberdade.<br />
exportações também<br />
também não tem dúvidas quanto à influência<br />
das medidas de austaeridade e aumentos de<br />
impostos: “Muito negativo. O sector da construção<br />
está moribundo e a saque. Investir no<br />
sector em Portugal só um louco. Pouco falta<br />
para se criminalizar quem tem investimentos<br />
imobiliários. Triste e lamentável”, afirma.<br />
Os caminhos da internacionalização<br />
“Dado que o mercado nacional ficará contraído,<br />
muitas empresas estão a trilhar, com certo<br />
sucesso, os caminhos da internacionalização<br />
e da exportação. Outras, mercê da excelência<br />
dos seus gestores e das suas equipas,<br />
estão a atrair para as fábricas portuguesas importantes<br />
quotas de produção dos grupos<br />
multinacionais a que pertencem, o que ajuda a<br />
limitar os danos provenientes da nossa grave<br />
recessão”, afirma Morgado Fernandes ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>.<br />
Num sector liderado pela CIN, a maioria do<br />
que é produzido é destinado ao mercado interno<br />
- cerca de 70%. Os restantes 30% que<br />
Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />
são para exportar, essencialmente para os<br />
mercados europeu e africano.<br />
As exportações têm sido a solução para algumas<br />
empresas, mas não para todas. Olhando<br />
para os dados do INE sobre exportação de tintas<br />
- que incluem “extractos tanantes e tintoriais;<br />
taninos e seus derivados; pigmentos e outras<br />
matérias corantes; tintas e vernizes; mástiques;<br />
tintas de escrever”, os valores exportados entre<br />
Janeiro e Julho são 10 milhões de euros mais<br />
baixos que em período similar do ano anterior.<br />
Enquanto este ano o valor ficou nos 98,7 milhões<br />
de euros, no ano passado pela mesma altura<br />
chegava aos 108,9 milhões. O valor exportado<br />
no ano passado total foi de 175,9 milhões.<br />
A aposta da internacionalização tem sido, contudo,<br />
solução para muitas empresas, como é o<br />
caso da Cin, com fábrica em Espanha. Angola,<br />
no entanto, é o destino favorito para as marcas<br />
portuguesas. Barbot tem uma fábrica, a Sika<br />
tem uma representação. Dyrup e Diera estão a<br />
planear abrir fábricas. A Robbialac, por seu<br />
turno, tem “dois projectos em África”. ■<br />
Segunda-feira 15 Outubro 2012 Diário <strong>Económico</strong> III<br />
O PRODUTO DA CIN mais vendido é o Vynil. Este ano fez<br />
25 anos e fez um restyling da sua imagem. O Dioplaste,<br />
criado nos anos 60, é o líder de vendas da Barbot e venceu<br />
muito recentemente um estudo de Escolha do Consumidor,<br />
na categoria de tintas de interior. O produto mais vendido<br />
da Robbialac em Portugal continua a ser o Stucomat,<br />
imortalizado no jingle “Stucomat é uma grande tinta”.<br />
OPINIÃO: ???????????????????<br />
?????????????????????????????<br />
ANÁLISE MORGADO FERNANDES,<br />
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TINTAS<br />
Os quatro temas<br />
chave do mercado<br />
A maioria das empresas tem a tesouraria<br />
estrangulada, afirma Morgado Fernandes, da APT.<br />
1 Situação do mercado e preocupação<br />
dos empresários<br />
O mercado português de tintas enfrenta a<br />
maior crise de que há memória. O primeiro<br />
trimestre registou uma queda de 12% e o segundo<br />
trimestre de quase 20%. Estima-se que<br />
a queda dos terceiro e quarto trimestres seja<br />
ainda mais pronunciada, entre os 25% e os<br />
30%. A maioria das empresas tem a tesouraria<br />
estrangulada porque tem que pagar as matérias<br />
primas a 60 dias e o recebimento dos seus<br />
clientes é de mais de 100 dias, havendo situações<br />
de mais de 150 e 200 dias. Lamenta-se<br />
que o Estado seja um dos piores pagadores,<br />
arrastando para a insolvência muitas PME. Se<br />
a isto somarmos as enormes restrições do crédito<br />
bancário, temos uma tempestade perfeita<br />
que conduz muitos empresários a situações de<br />
grande aflição e desespero.<br />
2 A lei do arrendamento<br />
e a reabilitação urbana<br />
Espera-se que o Governo implemente rapidamente<br />
a nova lei do arrendamento e que este<br />
mercado seja dinamizado e que contribua pra<br />
movimentar investimentos na reabilitação<br />
urbana, já que a construção nova está totalmente<br />
parada e assim irá manter-se por largos<br />
anos, dado o enorme excedente existente no<br />
mercado habitacional. É esta a esperança e a<br />
expectativa dos empresários. Que o Estado<br />
seja um facilitador da dinamização deste segmento,<br />
seja pela via regulamentar, de abertura<br />
de linhas de crédito, da disponibilização de<br />
fundos comunitários e de outras organizações<br />
financeiras internacionais, etc..<br />
3 Expectativas para 2013<br />
Com a carga fiscal em perspectiva, o consumo<br />
dos portugueses vai contrair ainda mais. Não<br />
sendo a tinta um bem de primeira necessidade,<br />
estimamos que o mercado registe uma<br />
nova queda, no próximo ano, a rondar os 10%,<br />
o que obrigará os empresários a investir na<br />
adaptação da sua estrutura de custos. Muitas<br />
empresas já registam explorações negativas e<br />
com tendência de agravamento.<br />
4 OnovoCódigodoTrabalho<br />
O novo enquadramento jurídico das relações<br />
de trabalho obtido em concertação social e<br />
formalizado no Código do Trabalho será um<br />
contributo positivo para as empresas: a redução<br />
significativa dos custos do trabalho extraordinário,<br />
cujas taxas abusivas vinham de<br />
1975. A extinção de quatro feriados e três dias<br />
de férias, a facilitação do acesso ao banco de<br />
horas e a redução significatica do custo inerente<br />
à extinção de postos de trabalho tornaramamãodeobrabastantemaisflexívele<br />
competitiva, o que é bastante positivo. ■<br />
“Lamenta-se que<br />
o Estado seja um dos<br />
piores pagadores,<br />
arrastando para a<br />
insolvência muitas PME.<br />
Se a isto somarmos as<br />
enormes restrições do<br />
crédito bancário, temos<br />
uma tempestade perfeita<br />
que conduz muitos<br />
empresários a situações<br />
de grande aflição e<br />
mesmo de desespero”.<br />
TOP 10<br />
As dez maiores empresas<br />
de tintas em Portugal<br />
1. Cin<br />
2. Hempel<br />
3. Robbialac<br />
4. Barbot<br />
5. Dyrup<br />
6. Sika<br />
7. Titan<br />
8. Tintas 2000<br />
9. Neuce<br />
10. Diera<br />
Fonte: INE
IV Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />
TINTAS<br />
As estragégias das maiores<br />
ACIN tem aproveitado para avaliar todos os custos<br />
na cadeia de valor.<br />
CIN vende para mais mercados<br />
e para a indústria<br />
Os resultados da maior empresa nacional de tintas, a<br />
CIN, em Portugal, estão a descer, mas “tanto em Espanha<br />
como em Portugal atingimos as nossas expectativas<br />
no primeiro semestre do ano, apesar de um abrandamento<br />
dos resultados em Abril e em Maio, diz Reinaldo<br />
Campos, Director de Marketing, Strategy & Business<br />
Development da empresa. No último ano, a descida no<br />
nosso País foi de 7,8%, com todos os sectores a cairem,<br />
excepto a indústria, que registou uma ligeira subida<br />
(+2%). Aqui ao lado, em Espanha, a actividade continuou<br />
negativa (-8,3%), “evidenciando a profunda crise<br />
imobiliária e o forte corte no investimento público”,<br />
justifica o mesmo responsável. No mercado africano, os<br />
resultados do primeiro se-<br />
DESCIDA<br />
A quebra da Cin<br />
em Portugal foi de 7,8%<br />
em 2011.<br />
-7,8%<br />
mestre “excederam as nossas<br />
expectativas” e em<br />
França “corresponderam<br />
exactamente ao esperado”.<br />
O volume de negócios do<br />
Grupo em 2011 cifrou-se<br />
em 210,5M€, reflectindo<br />
umaquebrade3,9%.<br />
Com mais de 90 anos de<br />
existência, a CIN é líder ibérica desde 1995, ocupando o<br />
42º lugar no ranking mundial de produtores de tintas e<br />
vernizes, no ano de 2011.<br />
Perante a forte recessão da economia, “com níveis de<br />
volatilidade e incerteza pouco comuns”, a CIN tem feito<br />
um “exaustivo levantamento e avaliação de todos os<br />
custos da cadeia de valor” e apostado na diversificação<br />
geográfica dos seus mercados, tendo aumentado “significativamente<br />
a componente exportadora e criado novas<br />
plataformas que sustentem o seu crescimento. Exemplo<br />
dissoéorecenteinvestimentoem12milhõesdeeuros<br />
no aumento da capacidade industrial da fábrica de tintas<br />
em pó para o sector Industrial, na Maia. ■ I.M.<br />
Fotografia cedida pela CIN<br />
O mercado interno está em queda devido à austeridade,<br />
diz Rui Caldas. director geral da Robbialac.<br />
Aposta da Robbialac poderá passar<br />
pela internacionalização<br />
O mercado interno está em queda para a Robbialac, e a<br />
aposta poderá vir a passar perla internacionalização da<br />
empresa. Rui Caldas, director geral da empresa, disse ao<br />
Diário <strong>Económico</strong> que na área das exportações, “estamos<br />
neste momento a estudar várias possibilidades na<br />
Europa e em África”. Na internacionalização, por seu<br />
turno, “temos dois projectos em África sobre os quais<br />
ainda é cedo para nos pronunciarmos”.<br />
A nível nacional, as medidas de austeridade impostas<br />
pelo Governo já provocaram uma queda das suas vendas.<br />
Em valor, a quebra no<br />
2011<br />
As vendas cairam 6% em<br />
2011. No último trimestre<br />
de 2012 cairam 14,4%.<br />
-6%<br />
anopassadofoide6%,sendo<br />
que em 2011 a quebra do<br />
último trimestre já apresentava<br />
14,4%. Até Agosto<br />
2012 a Robbialac “caíu o<br />
mesmoqueomercado,ou<br />
seja, 20%”. A queda acumulada<br />
terá reflectido uma<br />
“baixa abrupta do consumo<br />
privado”. “As comunicações do governo desencadearam<br />
um processo acelerado da quebra do consumo visível<br />
nas nossas 59 lojas. Os nossos clientes continuam a<br />
sofrer pela falta de pagamento do estado das obras efectuadas<br />
em 2010 pelo anterior governo. Este facto é provavelmente<br />
o mais determinante para a sobrevivência<br />
da nossa indústria e para atenuar a elevada taxa de desemprego”,<br />
afirma Rui Caldas. E sublinha: “somos uma<br />
vergonha europeia no que aos pagamentos do Estado diz<br />
respeitoeahistórianãoacaba aqui. O Estado continua a<br />
gastar aquilo que não pode pagar levando milhares de<br />
pequenas e médias empresas à falência. Será que isto<br />
não é crime premeditado?”. As perspectivas para 2013<br />
são de quedas que se situam entre os 10 e 15%. O caminho<br />
para ultrapassar a crise passará pela redução dos<br />
custos operacionais. ■ I.M.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Produção principal mantém-se em Gaia, mas Barbot já tem<br />
fábricas em Espanha e Angola.<br />
Barbot optimista sobre<br />
as vendas deste ano<br />
»<br />
A Barbot está optimista quanto às suas vendas este ano.<br />
Pelo menos quando se compara com os resultados obtidos<br />
no ano passado. Carlos Barbot, administrador da<br />
empresa, disse ao Diário <strong>Económico</strong> que “a crise económica<br />
tornou os clientes mais exigentes, mas também<br />
mais fiéis, ou seja, arriscam menos nas suas decisões de<br />
compra, preferindo manter-se com as marcas que conhecem<br />
e nas quais confiam”. A situação “desafiante”<br />
do mercado português levou a empresa a procurar outras<br />
soluções. Internamente, a empresa tem apostado no<br />
desenvolvimento de soluções orientadas para o mercado<br />
da reabilitação e no segmento de produtos multi-superfícies.<br />
Ainda anível nacional, “estamos também a reforçar<br />
a marca junto do consu-<br />
ANO<br />
A Barbot foi fundada<br />
em 1920 por Diogo Barbot.<br />
Carlos Barbot é seu neto.<br />
1920<br />
midor final, apostando em<br />
novos canais de contacto,<br />
como a loja online e as redes<br />
sociais, que nos têm<br />
permitido um importante<br />
veículo de comunicação<br />
junto do público”.<br />
No que ao mercado internacional<br />
concerne, a Bar-<br />
bot já está presente em vários, e continua a crescer de<br />
forma “bastante sustentável”. “Conseguimos conquistar<br />
uma posição muito positiva nos mercados internacionais<br />
em que apostámos, nomeadamente Espanha,<br />
França, Bélgica, Angola e Cabo Verde. Em Angola contamos<br />
já com uma fábrica, seis lojas Barbot e uma rede<br />
de revendedores, que nos permitem uma boa cobertura<br />
do território”, disse Carlos Barbot.<br />
Sobre as uniades de produção, a empresa mantém a<br />
principal fábrica em Vila Nova de Gaia, mas conta hoje<br />
com uma unidade de produção em Espanha, na sequência<br />
da aquisição da empresa Jallut, e também em<br />
Angola. ■ I.M.<br />
Fotografia cedida pela Barbot
PUB
VI Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />
TINTAS<br />
»<br />
As estratégias das maiores<br />
Eduardo Cavasco afirma que a exportação<br />
é o foco da Dyrup neste momento.<br />
Exportações têm peso<br />
de 10% na Dyrup<br />
A operação da Dyrup Portugal já conta com 10% da facturação<br />
nos mercados internacionais. O presidenteexecutivo<br />
para a Península Ibérica da Dyrup, Eduardo<br />
Cavasco, explica ao Diário <strong>Económico</strong> que a “operação<br />
de Portugal exporta regularmente para França, Emirados<br />
Árabes Unidos e para quase todos os PALOP, o que<br />
traduz um peso de cerca de 10%, ou seja cerca de quatro<br />
milhões de euros”.<br />
O presidente-executivo da empresa de tintas salienta<br />
que a tendência será de manter o crescimento da exportação,<br />
até porque em anos de crise “devemos focar em<br />
produzir mais, exportar mais e importar o menos possível”.<br />
“A nossa área de exportação é neste momento um<br />
dos nossos focos”, garante.<br />
ANGOLA<br />
A Dyrup vai abrir uma<br />
fábrica em Luanda<br />
que irá produzir 15 milhões<br />
de litros.<br />
15 milhões de litros<br />
A direcção ibérica da Dyrup<br />
prepara-se para arrancar<br />
com a produção em Angola,<br />
através da unidade fabril<br />
em Luanda, com uma capacidade<br />
de 15 milhões de<br />
litros.<br />
A Dyrup Ibéria inaugurou,<br />
na semana passada, a pri-<br />
meira loja própria no mercado angolano, um projecto<br />
que se inclui no plano de investimentos de cinco milhões<br />
de dólares (3,7 milhões de euros) que a marca definiu<br />
para aquele mercado.<br />
Num ano marcado pelo abrandamento económico e redução<br />
de consumo, a Dyrup garante que está a conseguir<br />
contornar a conjuntura de crise. Através da campanha<br />
promocional em que oferece até 50% de descontosprevê<br />
fechar 2011 com resultados acima do mercado,<br />
que está a decrescer no canal de lojas próprias 3% no semestre<br />
e 7% no último trimestre. Só no mês de Agosto,<br />
nas 14 lojas próprias em Portugal, as vendas representaram20%nototaldefacturaçãodosoitomeses.■<br />
D.L.<br />
Fotografia cedida pela Dyrup<br />
Pai e filha estão à frente dos destinos de uma das maiores<br />
empresas nacionais do sector das tintas.<br />
Tintas 2000 aposta na venda<br />
directa ao consumidor<br />
“A nossa estratégia é esquecer a crise, perceber que os<br />
hábitos de consumo e aplicação de tinta mudaram e agir<br />
de imediato respondendo assim às actuais necessidades<br />
dos consumidores”. Ana e António Ambrósio, administradores<br />
da Tintas2000, têm apenas uma certeza: “não<br />
podemos ficar conformados”. Daí que tenham investido<br />
no segmento de venda ao<br />
CRESCIMENTO<br />
A evolução das vendas<br />
da Tinta 2000 cresceu 5%<br />
no último ano.<br />
5%<br />
consumidor através da dinamizaçãoedoalargamento<br />
da nossa rede de lojas<br />
próprias. “Actualmente temos<br />
24 lojas abertas ao público<br />
de norte a sul do<br />
país”.<br />
A evolução das vendas no<br />
último ano foi positiva<br />
para a empresa, com o o volume de facturação a<br />
crescer cerca de 5%. As previsões para este ano são de<br />
um volume de resultados líquidos dênticos ao ano<br />
passado.<br />
Sobre exportações, a Tintas 2000 reconhece que houve<br />
uma quebra em 2011 mas que por isso mesmo têm apostado<br />
em novos mercados e novos clientes. “Os mercados<br />
preferenciais são os países de língua oficial portuguesa,<br />
mas também temos apostado na exportação dos nossos<br />
produtos para alguns países europeus”, disseram os administradores<br />
ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />
O grupo fundado em 1980 por António Ambrósio e três<br />
sócios que já deixaram a empresa, é hoje administrado<br />
pelo seu fundador e pela sua filha, Ana Ambrósio. Em<br />
1986 a empresa decidiu investir em produtos para a indústria<br />
do mobiliário de madeira, segmento em que ainda<br />
é hoje líder.<br />
A fábrica de Tintas 2000 na Maia tem hoje uma equipa<br />
de 130 colaboradores e uma capacidade produtiva de 15<br />
mil toneladas por ano. ■ I.M.<br />
Fotografias cedidas pelas Tintas 2000<br />
Cláudia Gomes, responsável pelo departamento de marketing<br />
da Sika, espera o melhor, mas está preparada para o pior.<br />
Sika com bons resultados tendo<br />
em conta “as condições de mercado”<br />
Descer 1,7% entre 2010 e 2011 não foi um resultado mau<br />
para a Sika. “Consideramos um bom resultado nas condições<br />
de mercado que enfrentámos”, diz Cláudia Gomes,<br />
responsável pelo departamento técnico e de<br />
marketing da Sika Portugal. O ano de 2011 foi marcado<br />
pelas “alterações na envolvente económica sobejamente<br />
debatidas, e que condicionaram quer a nossa actividade<br />
interna quer a exportação”, mas também por “alterações<br />
na nossa organização interna que motivaram variações<br />
no volume de negócios”.<br />
Até ao momento, e apesar da instabilidade que caracteriza<br />
a actualidade, assumimos uma perspectiva promissora<br />
sobre o futuro, “todavia, as práticas de gestão levamnos<br />
a encarar a finalização<br />
PAÍSES<br />
A Sika está em Portugal<br />
mas é uma multinacional<br />
presente em 76 países.<br />
76<br />
destinos<br />
deste ano com algumas reservas,<br />
podendo as mesmas<br />
traduzir-se no chavão “à<br />
espera do melhor mas preparados<br />
para o pior””. O<br />
seu maior receio, confessa,<br />
será que a queda de empresas<br />
por falta de liquidez tenha<br />
“um efeito dominó so-<br />
bre outras, que poderá tomar proporções avassaladoras<br />
no sector. Este será talvez o nosso maior receio”.<br />
Para o futuro, a Sika espera que alguns “pequenos motores”<br />
da economia como algumas indústrias ou o sector<br />
da reabilitação comecem a crescer, compensando a estagnação<br />
das obras novas.<br />
A estratégia, por agora, é manter o nível de excelência, a<br />
qualidade e inovação. O reposicionamento da gama de<br />
tintas da marca para o consumidor final também faz parte<br />
dos seus planos. Assim como as exportações para Angola,<br />
onde, aliás, têm uma sucursal. Espanha e França são os<br />
outros dois países para onde a Sika mais exporta. A multinacional<br />
está presente em mais de 76 destinos. ■ I.M.<br />
Fotografia cedida pela Sika
PUB
VIII Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />
TINTAS<br />
A marinha de guerra portuguesa, em que se inclui<br />
o navio-escola Sagres, é cliente da Hempel.<br />
Hempel<br />
domina nas<br />
exportações<br />
No que respeita aos líderes nas exportações, os<br />
dados do INE revelam que até Julho os líderes<br />
nas vendas na área das tintas - ranking que<br />
inclui empresas especializadas em corantes<br />
têxteis e produtos plásticos, por exemplo -<br />
para fora eram a Hempel, a Cin (em primeiro e<br />
quarto lugar, respectivamente), a Dystar (corantes<br />
têxteis), as Tintas Titan, a Isolago (plásticos),<br />
a Nemoto, a Dyrup, a Barbot e, finalmente,<br />
a Sika.<br />
A maior exportadora nacional dedica-se a<br />
tintas de construção, mas também a tintas industriais<br />
e marítimas. A Hempel, que em Portugal<br />
está localizada em Palmela, é o fornecedor<br />
da Marinha de Guerra portuguesa.<br />
“Este é um sector de actividade onde a Hempel<br />
tem incontestavelmente tido uma posição<br />
de marcada liderança”, diz a empresa no seu<br />
site oficial.<br />
Contactada durante vários dias, a Hempel não<br />
respondeu aos apelos do Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Quem também fornecia uma marinha de<br />
guerra, mas a norte-americana, era a Euronavy.<br />
De origem portuguesa, a empresa que<br />
no ano passado estava em sexto lugar no<br />
Top10 das maiores exportadoras de tintas, foi<br />
comprada pelo grupo norte-americano<br />
Sherwin-Williams. A fábrica que tinham em<br />
Setúbal, entretanto, fechou. ■ I.M.<br />
AS MAIORES EXPORTADORAS<br />
O top 10 em 2011<br />
1. HEMPEL<br />
2. CIN - Indústria<br />
3. CIN<br />
4. TINTAS TITAN<br />
5. DYSTAR - ANILINAS TÊXTEIS<br />
6. EURONAVY<br />
7. NICTRADING (ZONA FRANCA DA MADEIRA)<br />
8. TINTAS DYRUP<br />
9. NEMOTO PORTUGAL<br />
10. SIKA PORTUGAL<br />
O top 10 de Janeiro a Julho de 2012<br />
1. HEMPEL<br />
2. CIN - Indústria<br />
3. DYSTAR<br />
4. TINTAS TITAN<br />
5. CIN<br />
6. ISOLAGO<br />
7. NICTRADING (ZONA FRANCA DA MADEIRA)<br />
8. NEMOTO PORTUGAL<br />
9. TINTAS DYRUP<br />
10. BARBOT<br />
Fonte: INE<br />
João Paulo Dias/Arquivo <strong>Económico</strong><br />
Fotos: Paulo Figueiredo<br />
REPORTAGEM<br />
Laboratórios<br />
>> QUALIDADE<br />
A qualidade dos produtos produzidos é analisada<br />
e reanalisada pelos técnicos da Robbialac no seu<br />
laboratório. A expessura e a resistência ao calor<br />
são testadas em todas as tintas fabricadas. Mas nem<br />
sempre se consegue controlar os imprevistos.<br />
Opção<br />
>> PANTONES<br />
Se já pintou a sua casa, com<br />
certeza deve ter dado voltas<br />
à cabeça para escolher a cor<br />
certa num dos catálogos<br />
como o que lhe mostramos<br />
à direita. E pensar que há 20<br />
anos era tudo tão mais fácil:<br />
no início da década de 90<br />
as opções de cor eram<br />
como as que lhe mostramos<br />
no lado esquerdo.<br />
COMO É UMA FÁBRICA DE TINTAS<br />
Cor<br />
>> CORANTES<br />
Já não são usados,<br />
mas os frasquinhos<br />
com os corantes continuam<br />
expostos, para quem queira<br />
ver, na sala das afinadoras<br />
de cor da Robbialac.<br />
Hoje, as tonalidades são<br />
definidas pelo computador<br />
e confirmadas pelas<br />
téncicas de afinação.<br />
Fabrico de tintas<br />
>> AUTOMAÇÃO<br />
É com máquinas informatizadas como esta que os técnicos<br />
da Robbialac coordenam a fabricação de tintas. A autromação<br />
da fábrica decorreu na década de 90, com o apoio de programas<br />
como o PEDIPP.
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X Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />
TINTAS<br />
Conheça algumas<br />
das inovações<br />
desenvolvidas nas<br />
tintas nacionais<br />
De tintas com cheiro a isolantes térmicos com cortiça,<br />
as marcas portuguesas têm muita variedade de inovação.<br />
IRINA MARCELINO<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
Parte da facturação das empresas<br />
de tintas são direccionadas<br />
para a área de<br />
I&D. As parcerias com<br />
universidades são também<br />
cada vez mais comuns. A<br />
Dyrup, por exemplo, fez<br />
uma parceria com a Faculdade de Arquitectura<br />
da Universidade Técnica de Lisboa.<br />
A parceria prevê a construção do laboratório<br />
SUSTENTA, que pretende desenvolver<br />
tintas sustentáveis para o planeta.<br />
A CIN, no entanto, bate os recordes<br />
no que a protocolos com instituições<br />
académicas diz respeito. Departamento<br />
de Engenharia Química da Faculdade de<br />
Engenharia da Universidade do Porto;<br />
Departamento de Química da Universidade<br />
de Aveiro; e Departamento de Engenharia<br />
Química da Faculdade de Ciências<br />
e Tecnologia da Universidade de<br />
Coimbra são apenas alguns dos seus<br />
acordos.<br />
Ainda na área de I&D, mas no âmbito dos<br />
mestrados integrados de engenharia química<br />
da FEUP, a CIN atribui anualmente<br />
o “Prémio Eng. António Serrenho”, no<br />
valor pecuniário de dois mil euros ao<br />
melhor projecto de investigação em ambiente<br />
empresarial.<br />
Tintas 2000 e Sika também têm parcerias<br />
com universidades, mas não só. Escolas<br />
técnicas e laboratórios são também<br />
seus parceiros. O facto é que a<br />
aposta em inovação tem de ser constante<br />
entre as empresas portuguesas de tintas.<br />
Conheça aqui algumas das inovações<br />
desenvolvidas.<br />
Tinta com cheiro a maçã<br />
A Tinta com Cheiro a Maçã foi uma das<br />
inovações implementadas pela Barbot. A<br />
empresa, que investe 5% do seu orçamento<br />
em I&D (inovação e desenvolvimento),<br />
desenvolveu também a tinta Infinity,<br />
que se adapta a qualquer superfície,<br />
sem utilização de primário.<br />
Cortiça<br />
Sãováriasasempresasaapostarnacortiça<br />
como isolante térmico. A Barbot tem<br />
o Barbotherm Cork, que resultou de uma<br />
parceria com a Amorim Isolamentos, em<br />
que passamos a incorporar cortiça no revestimento<br />
A Tintas 2000 espera, ainda até ao fim do<br />
ano, obter a homologação do THERMMI-<br />
NOV e do THERMINNOV CORK – o sistema<br />
de isolamento térmico pelo exterior<br />
com EPS e com ICB, respectivamente.<br />
Micróbios,bactérias<br />
e fungos<br />
A Barbot está a participar no projecto<br />
Hycore, liderado pela CIDEMCO Technologie<br />
Research Center, cujo principal<br />
objectivo é desenvolver tintas que<br />
através de biocidas actuam na eliminação<br />
de micróbios, fungos e bactérias nas superfícies.<br />
Nanotecnologia<br />
É um tema destacado por António Morgado<br />
Fernandes, presidente da Associação<br />
Portuguesa de Tintas, mas também<br />
pelas associações mundiais do sector. Em<br />
Portugal, algumas investigações decorrem<br />
uma investigação mais complexa<br />
cujos resultados mais visíveis virão dos<br />
fabricantes mundiais de matérias primas.<br />
“Sabe-se que algumas universidades<br />
em Portugal têm projectos nesta<br />
área”, afirma o preseidente da APT. Nas<br />
marcas, a Barbot desenvolveu ainda uma<br />
tinta anti-envelhecimento que recorre à<br />
nanotecnologia para retardar a deterioração<br />
das parede.<br />
Reflector de energia solar<br />
OThermocin,daCin,éumatintapara<br />
telhados e coberturas que reflete a radiação<br />
solar e ajuda a aumentar o conforto<br />
térmico no interior dos edifícios. Foi desenvolvido<br />
num dos centros de investigação<br />
da empresa, que tem laboratórios em<br />
Portugal (o centro, na Maia, rem 3300<br />
m2), Espanha, Angola, França, Moçambique<br />
e ainda na China. No total, trabalham<br />
na investigação da CIN 140 pessoas.<br />
O mais recente e inovador centro I&D da<br />
CIN, com uma área global de cerca de<br />
3300 m2, está localizado na Maia, tendo<br />
iniciado a sua actividade em Janeiro de<br />
2010. O investimento inicial deste laboratório<br />
foi de 7,5 milhões de euros.<br />
Água<br />
O CIN Clean, tinta aquosa mate para interiores<br />
super lavável e o Nováqua HD<br />
(High Durability) são exemplos de inovação<br />
desenvolvida pela CIN e que têm<br />
uma relação directa com a água. Uma por<br />
serlaváveloutraporresistiràspioresintempéries<br />
e desenvolvimento de fungos.<br />
A Robbialac também desenvolveu um<br />
produto inovador na área da resistência à<br />
água que se chama Aqua Reppel. O tempo<br />
de secagem do produto é muito rápida<br />
(cerca de uma hora). E mesmo se chover,<br />
nãoficamanchado.<br />
Anticorrosivo<br />
A Tintas 2000, que investe em I&D cerca<br />
de 500 mil euros por ano, está a desenvolver<br />
em colaboração com o LaboratórioNacionaldeEnergiaeGeologia,um<br />
projecto que visa a avaliação de cinco<br />
esquemas de pintura para protecção anticorrosiva.
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Segunda-feira 15 Outubro 2012 Diário <strong>Económico</strong> XI<br />
>> ARTE NUM MURAL<br />
É um projecto de pintura urbana que<br />
a CIN desenvolve há já vários anos.<br />
A primeira edição foi em 2008.<br />
A edição deste ano foi inspirada na<br />
curta metragem “Cidade Colorida”,<br />
da Nebula Studios. Os alunos das<br />
Faculdades de Arquitectura<br />
e de Belas-Artes desenvolveram<br />
as pinturas. Também o fizeram nos<br />
outros anos, inspirando-se, em 2011,<br />
numa música de Tiago Bettencourt<br />
e, em 2010, num texto sobre Lisboa<br />
da autoria de José Luís Peixoto.<br />
Os murais localizam-se na Avenida<br />
de Ceuta, em Lisboa.<br />
Paulo Figueiredo
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