Técnicas de terapia manual: definições, conceitos e ... - Bio Cursos
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no nervo esteja anormal e, portanto, um alongamento mínimo po<strong>de</strong>rá comprometer o fluxo<br />
circulatório e reduzir a função nervosa. Por estas razões é impru<strong>de</strong>nte tratar o tronco nervoso<br />
danificado ou comprimido com técnicas <strong>de</strong> alongamento (MONNERAT, 2010).<br />
Segundo Veloso (2009), o tratamento através da mobilização neural é baseado em dois<br />
tipos <strong>de</strong> manobras, as tensionantes e as <strong>de</strong>slizantes. As manobras tensionantes são utilizadas<br />
<strong>de</strong> forma passiva para restaurar a mobilida<strong>de</strong> fisiológica e melhorar a proprieda<strong>de</strong><br />
viscoelastica do tecido neural. A tensão aplicada não ultrapassa o limite elástico da estrutura<br />
neural, por isso não é lesiva. O <strong>de</strong>slizamento neural é obtido na técnica tensionante por meio<br />
do movimento <strong>de</strong> uma ou duas articulações <strong>de</strong> maneira que o leito e o tecido conjuntivo do<br />
nervo sejam alongados (tracionados). As manobras <strong>de</strong>slizantes são manobras utilizadas <strong>de</strong><br />
forma passiva para restaurar a mobilida<strong>de</strong> fisiológica do tecido neural, sem que com isso seja<br />
utilizada tensão exagerada no nervo. A tensão gerada só é necessária para permitir o<br />
<strong>de</strong>slizamento do nervo em relação às estruturas adjacentes. Tal manobra propicia diminuição<br />
do quadro álgico <strong>de</strong>vido à melhora do suporte nutricional e retorno venoso intraneural.<br />
3.3 Osteopatia<br />
Nos Estados Unidos, no final do século IXX, encontra-se os primórdios da osteopatia.<br />
Quando AndrewTaylor Still, infeliz com a prática médica ortodoxa, fundava a osteopatia em<br />
1874, com ênfase no cuidado holístico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, incluindo a medicina preventiva e o papel<br />
vital do sistema músculo-esquelético na saú<strong>de</strong>. Ainda propôs a inter-relação entre a estrutura<br />
do corpo com a sua função, capacida<strong>de</strong> inata <strong>de</strong> se curar. Contudo, esta inter-relação po<strong>de</strong> ser<br />
melhorada através da técnica <strong>manual</strong>, especificamente, tratamento osteopático manipulativo<br />
(SMITH JR, 2007)<br />
O conceito básico da osteopatia é <strong>de</strong> que “O homem é um ser indivisível” e como<br />
princípio a auto-regulação, on<strong>de</strong> o corpo tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autocura, ou seja, o “Princípio<br />
da Imunida<strong>de</strong>”. Outro principio é que a estrutura comanda a função, sendo assim, po<strong>de</strong>-se<br />
diagnosticar e tratar as disfunções. A osteopatia analisa o corpo como uma unida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> tudo<br />
se interliga e tem a função <strong>de</strong> adquirir a homeostásia. Deste modo, o corpo tem a capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> reencontrar o equilíbrio (RAUBER, 2007; REZENDE, 2008).<br />
A lesão osteopática é geralmente uma tensão na fascia que em uma articulação puxa<br />
um segmento ósseo móvel para si e o impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> mover-se no sentido oposto, tudo isso<br />
ocorrendo <strong>de</strong>ntro das possibilida<strong>de</strong>s fisiológicas <strong>de</strong>sta articulação. Esta <strong>de</strong>finição tem como