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Técnicas de terapia manual: definições, conceitos e ... - Bio Cursos

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alterando sua neurodinâmica, que, por sua vez, sustentam ou agravam a lesão. A lesão<br />

implicará alteração nas funções do nervo, por conseguinte a alteração da condução elétrica<br />

acarreta distúrbios sensoriais (dor e parestesias), distúrbios motores (distonias) e fraqueza<br />

autonômica (vasomotores e pilomotores), ou seja, as lesões po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>rivar para disfunções<br />

nas estruturas que recebem sua inervação. Como consequência, estruturas músculo-<br />

esqueléticas po<strong>de</strong>m estar comprometidas em uma disfunção <strong>de</strong> origem neural (MACHADO,<br />

2010).<br />

A mobilização neural tem como princípio que comprometimentos do funcionamento e<br />

da mecânica do sistema nervoso (elasticida<strong>de</strong>, movimento, condução, fluxo axoplasmático)<br />

po<strong>de</strong>m gerar disfunções próprias do sistema nervoso ou nas estruturas musculoesqueléticas<br />

por ele inervadas, e que a recuperação da biomecânica e fisiologia a<strong>de</strong>quada, permite restaurar<br />

a extensibilida<strong>de</strong> e a função normal <strong>de</strong>sse sistema, bem como melhora a condutibilida<strong>de</strong> do<br />

impulso nervoso. A técnica consiste em impor ao sistema nervoso maior tensão e ou<br />

movimento, mediante <strong>de</strong>terminadas posturas para que, em seguida, sejam aplicados<br />

movimentos lentos e rítmicos direcionados aos nervos periféricos e à medula espinhal<br />

(VASCONCELOS, 2011; MACHADO, 2010; VÉRAS, 2011).<br />

A mobilização do sistema tem sido abordada nos últimos vinte anos com objetivo<br />

terapêutico, especialmente para manutenção, aumento da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento e alivio da<br />

dor. Recentemente, a técnica vem sendo utilizada também com o objetivo <strong>de</strong> diagnóstico,<br />

avaliando as mais diversas patologias que acometem as raízes nervosas. A técnica <strong>de</strong><br />

mobilização neural promove facilida<strong>de</strong> na realização do movimento e a elasticida<strong>de</strong> do<br />

sistema nervoso, gerando e aperfeiçoando suas funções normais, com consequente aumento<br />

da amplitu<strong>de</strong>. Essa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção parte do pressuposto <strong>de</strong> que se houver uma<br />

alteração da mecânica ou fisiologia do sistema neural, po<strong>de</strong> ocorrer disfunção no próprio<br />

sistema nervoso ou em estruturas (LOPES, 2010).<br />

Quando ocorre um alongamento neural, os vasos sanguíneos são estrangulados<br />

comprometendo assim o fluxo intraneural e <strong>de</strong>teriorando a função nervosa. Se este<br />

alongamento for discreto, além dos limites <strong>de</strong> proteção por breve período, a função nervosa<br />

ten<strong>de</strong> a voltar rapidamente ao normal. Entretanto, se a tensão sobre o nervo for severa ou<br />

sustentada por longo período <strong>de</strong> tempo, as alterações na função nervosa serão permanentes. O<br />

termo “alongamento neural” não <strong>de</strong>ve ser utilizado, pois o alongamento do nervo po<strong>de</strong>rá<br />

irritar e ocasionar dor. Em uma disfunção do tecido neural, é comum que a microcirculação

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