TCC Andrécorreto - Fisio-tb.unisul.br - Unisul
TCC Andrécorreto - Fisio-tb.unisul.br - Unisul
TCC Andrécorreto - Fisio-tb.unisul.br - Unisul
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ANDRÉ GUIMARÃES PEREIRA<<strong>br</strong> />
OS EFEITOS CLÍNICOS DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL NA<<strong>br</strong> />
CERVICOBRAQUIALGIA (CBO) – UM ESTUDO DE CASO<<strong>br</strong> />
Tubarão, 2005<<strong>br</strong> />
0
ANDRÉ GUIMARÃES PEREIRA<<strong>br</strong> />
OS EFEITOS CLÍNICOS DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL NA<<strong>br</strong> />
CERVICOBRAQUIALGIA (CBO) – UM ESTUDO DE CASO<<strong>br</strong> />
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao<<strong>br</strong> />
curso de <strong>Fisio</strong>terapia como requisito à obtenção<<strong>br</strong> />
do Título de Bacharel em <strong>Fisio</strong>terapia.<<strong>br</strong> />
Universidade do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />
Orientador Prof.º Esp. Aderbal Silva Aguiar Junior<<strong>br</strong> />
Tubarão, 2005<<strong>br</strong> />
1
ANDRÉ GUIMARÃES PEREIRA<<strong>br</strong> />
OS EFEITOS CLÍNICOS DE TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL NA<<strong>br</strong> />
CERVICOBRAQUIALGIA (CBO) – UM ESTUDO DE CASO<<strong>br</strong> />
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao<<strong>br</strong> />
curso de <strong>Fisio</strong>terapia como requisito à obtenção<<strong>br</strong> />
do Título de Bacharel em <strong>Fisio</strong>terapia.<<strong>br</strong> />
Universidade do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />
Tubarão, 27 de junho de 2005.<<strong>br</strong> />
_____________________________________<<strong>br</strong> />
Prof.º Esp. Aderbal Silva Aguiar Júnior<<strong>br</strong> />
Universidade do Sul de Santa Catarina<<strong>br</strong> />
_______________________________________<<strong>br</strong> />
<strong>Fisio</strong>terapeuta Esp. Leidiane Mazzardo<<strong>br</strong> />
Clínica de <strong>Fisio</strong>terapia André Bacha<<strong>br</strong> />
______________________________________<<strong>br</strong> />
Prof. o Esp. Fa<strong>br</strong>ício de Souza<<strong>br</strong> />
Centro Integrado de Estudos e Pesquisa do Homem -CIEPH<<strong>br</strong> />
2
DEDICATÓRIA<<strong>br</strong> />
“Dedico esse trabalho a minha família, por fazer<<strong>br</strong> />
parte da minha vida durante toda esta minha<<strong>br</strong> />
trajetória”.<<strong>br</strong> />
3
AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />
Em primeiro lugar agradeço a Deus por estar sempre ao meu lado, por ter me dado<<strong>br</strong> />
força e coragem, fazendo com que eu conseguisse vencer cada obstáculo encontrado por todo<<strong>br</strong> />
o meu caminho.<<strong>br</strong> />
Aos meus pais, que me proporcionaram a realização deste curso na faculdade e<<strong>br</strong> />
pela preocupação com a minha educação e bem-estar.<<strong>br</strong> />
A minha namorada Cristine Ribeiro Buerger pelos momentos que me apoiou<<strong>br</strong> />
durante minha vida acadêmica, muitas vezes abdicando de finais de semanas e noites para que<<strong>br</strong> />
eu pudesse estudar.<<strong>br</strong> />
coleta de dados.<<strong>br</strong> />
A minha irmã Patrícia e irmão Daniel por fazerem parte da minha vida.<<strong>br</strong> />
Ao meu amigo Helton Nandi por estar sempre disposto a me auxiliar durante a<<strong>br</strong> />
Ao meu orientador e amigo, professor especialista, Aderbal Silva Aguiar Junior,<<strong>br</strong> />
por aceitar orientar meu trabalho e ser indispensável para que esse caminho pudesse ser<<strong>br</strong> />
concluído.<<strong>br</strong> />
trabalho fornecido.<<strong>br</strong> />
Ao professores especialistas por aceitarem fazer parte da banca examinadora.<<strong>br</strong> />
Aos participantes da pesquisa pela disponibilidade e paciência para com este<<strong>br</strong> />
4
RESUMO<<strong>br</strong> />
A fisioterapia é uma especialidade da ortopedia, a qual vem crescendo muito e está passando<<strong>br</strong> />
por uma grande revolução. Esta é uma parte da ciência da saúde que estuda, previne e trata os<<strong>br</strong> />
distúrbios cinéticos funcionais. A terapia manual é uma área da fisioterapia que vem ganhado<<strong>br</strong> />
espaço devido ao seu sucesso. A cervico<strong>br</strong>aquialgia é uma doença que acomete a região<<strong>br</strong> />
cervical e é acompanhada por uma irradiação por todo o mem<strong>br</strong>o superior, podendo acarretar<<strong>br</strong> />
perda de força, formigamento e outros. O presente estudo relata a utilização de técnicas de<<strong>br</strong> />
terapia manual na cervico<strong>br</strong>aquialgia, devido ao seu baixo custo e a um grande interesse<<strong>br</strong> />
clínico. A pesquisa realizada foi um estudo de caso, caracterizada com um estudo “quase<<strong>br</strong> />
experimental”. O estudo tem objetivo de observar o quadro álgico, amplitude de movimento,<<strong>br</strong> />
capacidade funcional e satisfação do paciente após o tratamento proposto. A pesquisa foi<<strong>br</strong> />
realizada na Clínica Escola de <strong>Fisio</strong>terapia da UNISUL, Tubarão, Santa Catarina, onde foi<<strong>br</strong> />
aplicada uma ficha de avaliação elaborada pelo autor, questionário de satisfação, escala<<strong>br</strong> />
análoga de dor, índice de incapacidade do pescoço e questionário de McGuill. Alguns<<strong>br</strong> />
resultados foram obtidos como mostra os dados neste trabalho, como por exemplo diminuição<<strong>br</strong> />
da dor, aumento da amplitude de movimento, diminuição do escore do índice de incapacidade<<strong>br</strong> />
do pescoço, onde mostra a satisfação da paciente quanto ao tratamento.<<strong>br</strong> />
Palavras chaves: <strong>Fisio</strong>terapia, cervico<strong>br</strong>aquialgia e técnicas de terapia manual.<<strong>br</strong> />
5
ABSTRACT<<strong>br</strong> />
The physiotherapy is a specialty of the orthopedics, which is growing a lot and it is going by a<<strong>br</strong> />
great revolution. This is a part of the science health that studies, it prevents and he/she treats<<strong>br</strong> />
the functional kinetic disturbances. The manual therapy is an area of the physiotherapy that<<strong>br</strong> />
comes won space due to your success. The cervico-<strong>br</strong>achialgic is a disease that attacks the<<strong>br</strong> />
cervical area and it is accompanied by an irradiation by the whole superior member, could<<strong>br</strong> />
cart loss of force, tingling and other. The present study tells the use of techniques of manual<<strong>br</strong> />
therapy in the cervico-<strong>br</strong>achialgic, due to your low cost and to a great clinical interest. The<<strong>br</strong> />
accomplished research was a case study, characterized with an almost experimental " study ".<<strong>br</strong> />
THE study has objective of observing the algic picture, movement width, functional capacity<<strong>br</strong> />
and the patient's satisfaction after the proposed treatment. The research was accomplished at<<strong>br</strong> />
the Clinical School of Physiotherapy of UNISUL, Tubarão, Santa Catarina, where an<<strong>br</strong> />
evaluation record was applied elaborated by the author, satisfaction questionnaire, it climbs<<strong>br</strong> />
similar of pain, index of incapacity of the neck and questionnaire of McGuill. Some results<<strong>br</strong> />
were obtained as display the data in this work, as for instance decrease of the pain, increase of<<strong>br</strong> />
the movement width, decrease of the score of the index of incapacity of the neck, where it<<strong>br</strong> />
shows the patient's satisfaction with relationship to the treatment.<<strong>br</strong> />
Key words: Physiotherapy, cervico-<strong>br</strong>achialgic and techniques of manual therapy.<<strong>br</strong> />
6
LISTA DE TABELAS<<strong>br</strong> />
Tabela 1: Questionário de dor McGuill pré-tratamento .......................................................... 45<<strong>br</strong> />
Tabela 2: Questionário de dor McGuill pós-tratamento manipulação..................................... 45<<strong>br</strong> />
Tabela 3: Questionário de dor McGuill pós-tratamento neural............................................... 46<<strong>br</strong> />
Tabela 4: Índice de incapacidade do pescoço.......................................................................... 50<<strong>br</strong> />
7
LISTA DE GRÁFICOS<<strong>br</strong> />
Gráfico 01- Escala análoga de dor........................................................................................... 45<<strong>br</strong> />
Gráfico 02 – Amplitude de movimento (ADM) ...................................................................... 49<<strong>br</strong> />
8
LISTA DE FIGURAS<<strong>br</strong> />
Figura 01: Inclinômetro da marca Cybex 320 EDI ................................................................. 33<<strong>br</strong> />
Figura 02: Rotação durante a tração –1 ................................................................................... 37<<strong>br</strong> />
Figura 03: Flexão lateral durante tração .................................................................................. 38<<strong>br</strong> />
Figura 04: Deslizamento antero-posterior durante tração ....................................................... 40<<strong>br</strong> />
Figura 05: Deslizamento lateral............................................................................................... 41<<strong>br</strong> />
Figura 06: Auto-tratamento neural.......................................................................................... 42<<strong>br</strong> />
9
SUMÁRIO<<strong>br</strong> />
10
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................<<strong>br</strong> />
2 REVISÃO DA ANATOMOFISIOLOGIA.........................................................................<<strong>br</strong> />
2.1 Coluna Cervical..................................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.1.1 Músculos da região cervical..............................................................................................<<strong>br</strong> />
2.1.2 Plexo <strong>br</strong>aquial....................................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.2 Cevico<strong>br</strong>aquialgia...............................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.2.1 Hérnia de disco..................................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.2.2 Artrose...............................................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.3 Técnicas da terapia manual...............................................................................................<<strong>br</strong> />
2.3.1 Manipulação articular........................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.3.2 Mobilização articular.........................................................................................................<<strong>br</strong> />
2.3.3 Mobilização neural............................................................................................................<<strong>br</strong> />
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA....................................................................................<<strong>br</strong> />
3.1 Tipo de pesquisa.................................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.2 Caracterização do sujeito da pesquisa ............................................................................<<strong>br</strong> />
3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados..................................................................<<strong>br</strong> />
3.4 Procedimentos utilizados para coleta de dados...............................................................<<strong>br</strong> />
3.4.1 Avaliação ..........................................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.2 Testes especiais ................................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.2.1 Teste de Jackson ............................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.2.2 Teste de Adson ..............................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.2.3 Teste de Éden.................................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.2.4 Teste de Wrighit ............................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.2.5 Teste de De Klein ..........................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.4.3 Experimento......................................................................................................................<<strong>br</strong> />
3.5 Procedimento para análise e interpretação de dados......................................................<<strong>br</strong> />
11<<strong>br</strong> />
13<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
19<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
20<<strong>br</strong> />
21<<strong>br</strong> />
22<<strong>br</strong> />
23<<strong>br</strong> />
23<<strong>br</strong> />
26<<strong>br</strong> />
27<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
30<<strong>br</strong> />
31<<strong>br</strong> />
31<<strong>br</strong> />
32<<strong>br</strong> />
32<<strong>br</strong> />
34<<strong>br</strong> />
34<<strong>br</strong> />
34<<strong>br</strong> />
35<<strong>br</strong> />
35<<strong>br</strong> />
35<<strong>br</strong> />
36<<strong>br</strong> />
42
1 INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />
O termo ortopedia é derivado das palavras gregas op?o? (reto) e ra?? (criança).<<strong>br</strong> />
Foi originalmente aplicada à arte de corrigir deformidades por Nicolas Andry, um médico<<strong>br</strong> />
francês, que em 1741 publicou um livro intitulado Ortopedia ou a Arte de Corrigir e Prevenir<<strong>br</strong> />
Deformidades em Crianças: Por métodos que possam ser facilmente praticados pelos próprios<<strong>br</strong> />
pais, e por todos aqueles que tomam parte na educação das crianças (ADAMS; HAMBLEN,<<strong>br</strong> />
1994).<<strong>br</strong> />
É a “Arte e ciência” da investigação, diagnóstico, tratamento e preservação da<<strong>br</strong> />
função do sistema esquelético e neuromuscular, por meio de recursos médicos, cirúrgicos e<<strong>br</strong> />
fisioterápicos (WEINSTEIN; BUCKWALTER, 2000).<<strong>br</strong> />
fisioterapia.<<strong>br</strong> />
Dentro da ortopedia existem várias subespecialidades, onde se encontra a<<strong>br</strong> />
A fisioterapia faz parte de uma grande revolução na área da medicina e da<<strong>br</strong> />
filosofia, onde percebe-se ser uma ciência que estuda, previne e trata os distúrbios cinético<<strong>br</strong> />
funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações<<strong>br</strong> />
genéticas, por traumas e por doenças adquiridas.<<strong>br</strong> />
O crescimento do número de especialistas em ortopedia irá levar a um maior<<strong>br</strong> />
reconhecimento da fisioterapia como um componente vital na equipe de saúde, num momento<<strong>br</strong> />
em que a inter-relação desta equipe atravessa uma fase inquietante. Com o aumento do custo e<<strong>br</strong> />
da competição dentro do sistema de saúde é relevante que os fisioterapeutas realizem<<strong>br</strong> />
tratamentos baseados em evidências.<<strong>br</strong> />
A terapia manual é uma área que vem conquistando espaço na fisioterapia.<<strong>br</strong> />
13
O principal motivo deste interesse é o sucesso de suas técnicas que, quando bem<<strong>br</strong> />
indicadas, promovem melhora em curto prazo, como nos pacientes com problemas na coluna<<strong>br</strong> />
verte<strong>br</strong>al, por exemplo, lombalgia e cervicalgia.<<strong>br</strong> />
A cervicalgia se caracteriza pela dor ao nível da coluna cervical alta.<<strong>br</strong> />
Quando a dor nessa região se irradia para o om<strong>br</strong>o, <strong>br</strong>aço e mão passa a se<<strong>br</strong> />
denominar cervico<strong>br</strong>aquialgia, admitindo-se que o plexo <strong>br</strong>aquial formado das terminações<<strong>br</strong> />
C2 a C8 tenha sido alterado. Esta patologia atualmente tem sido de grande incidência e atinge<<strong>br</strong> />
tanto jovens e adultos quanto idosos.<<strong>br</strong> />
A escolha de técnicas da terapia manual como forma de intervenção<<strong>br</strong> />
fisioterapêutica, neste estudo, foi motivada pelo fato de que as mesmas têm um baixo custo e<<strong>br</strong> />
um grande interesse clínico.<<strong>br</strong> />
Sendo assim, o objetivo que norteou este trabalho foi observar os efeitos de<<strong>br</strong> />
técnicas de terapia manual no quadro clínico da CBO.<<strong>br</strong> />
Para tal, foram desenvolvidas atividades específicas como a comparação do<<strong>br</strong> />
quadro álgico antes e após o tratamento proposto, observação da ADM antes e após o<<strong>br</strong> />
tratamento proposto, verificação do nível da capacidade funcional antes e após o tratamento<<strong>br</strong> />
proposto e análise do nível de satisfação do paciente quanto ao tratamento. A pesquisa<<strong>br</strong> />
realizada foi do tipo estudo de caso, sem grupo controle, com pré e pós-teste; caracterizando-<<strong>br</strong> />
se como um estudo do tipo “quase experimental”, com sujeito único comparado antes e depois<<strong>br</strong> />
da aplicação do fator experimental. Para tanto, este trabalho foi fundamentado em um<<strong>br</strong> />
referencial teórico que trata da revisão anatomofisiológica da coluna cervical,<<strong>br</strong> />
cervico<strong>br</strong>aquialgia e técnicas de terapia manual. No que se refere ao delineamento da<<strong>br</strong> />
pesquisa, houve a caracterização do sujeito-participante, descrição dos instrumentos utilizados<<strong>br</strong> />
e procedimentos utilizados para realização da coleta de dados, finalizando com a apresentação<<strong>br</strong> />
dos resultados, análise e interpretação dos dados alcançados, possibilitando as considerações<<strong>br</strong> />
finais.<<strong>br</strong> />
14
2 REVISÃO DA ANATOMOFISIOLOGIA<<strong>br</strong> />
Segundo Whiting e Zernicke (2001, p. 15) “[...] uma boa compreensão da<<strong>br</strong> />
organização básica dos tecidos do corpo é essencial para o reconhecimento da função normal<<strong>br</strong> />
do sistema musculoesquelético e das seqüelas das lesões.”<<strong>br</strong> />
Fazendo parte deste contexto, “[...] a coluna verte<strong>br</strong>al é uma estrutura<<strong>br</strong> />
verdadeiramente única e surpreendente” (ALTER, 1999, p. 256).<<strong>br</strong> />
2.1 Coluna cervical<<strong>br</strong> />
A coluna cervical tem anatomia e fisiologia totalmente diversas da coluna lombar<<strong>br</strong> />
e dorsal. As necessidades funcionais são diferentes e, uma vez mais, são elas que determinam<<strong>br</strong> />
a anatomia e a fisiologia (BIENFAIT, 2000). “A coluna cervical possui três funções: (1)<<strong>br</strong> />
provê suporte e estabilidade à cabeça; (2) suas superfícies articulares dão mobilidade à cabeça<<strong>br</strong> />
e (3) a<strong>br</strong>iga e conduz a medula espinhal e artéria verte<strong>br</strong>al” (HOPPENFELD, 1999, p. 110).<<strong>br</strong> />
Considerando um conjunto, a coluna cervical está constituída em duas partes<<strong>br</strong> />
anatômica e funcionalmente diferentes:<<strong>br</strong> />
a) na coluna cervical superior, também denominada coluna suboccipital, contém a<<strong>br</strong> />
primeira vérte<strong>br</strong>a cervical (atlas), e a segunda vérte<strong>br</strong>a cervical (áxis).<<strong>br</strong> />
b) na coluna cervical inferior, que se estende do platô inferior do áxis até o platô<<strong>br</strong> />
superior da primeira vérte<strong>br</strong>a torácica (KAPANDJI, 2000).<<strong>br</strong> />
16
Na área relativamente pequena da coluna cervical, existem 35 articulações.<<strong>br</strong> />
Contudo, para fins de descrição de seu movimento, o pescoço pode ser dividido em coluna<<strong>br</strong> />
cervical superior, que compreende as articulações atlanto-occipital e atlantoaxial, e em coluna<<strong>br</strong> />
cervical inferior que corresponde de C3 a C7 (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
Na articulação atlanto-occipital ocorrem dois movimentos fisiológicos: flexão-<<strong>br</strong> />
extensão e inclinação lateral.<<strong>br</strong> />
Durante a flexão-extensão do occipital so<strong>br</strong>e o Atlas obtem-se o deslizamento dos<<strong>br</strong> />
côndilos occipitais so<strong>br</strong>e as massas laterais do atlas, na flexão os côndilos occipitais recuam<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as massas laterais do Atlas. Na extensão os côndilos occipitais se deslizam para frente<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as massas laterais do atlas, a amplitude total da flexão-extensão é de 15° (KAPANDJI,<<strong>br</strong> />
2000).<<strong>br</strong> />
“A inclinação lateral ocorre quando o occipúcio desliza so<strong>br</strong>e o processo articular<<strong>br</strong> />
superior côncavo da massa lateral do atlas [...]” (CORRIGAN; MAITLAND, 2000, p. 362) e<<strong>br</strong> />
possui uma amplitude total de 3° (KAPANDJI, 2000).<<strong>br</strong> />
Aceita-se que na articulação atlanto-occipital não ocorra rotação ativa mas, devido<<strong>br</strong> />
à forma de suas facetas articulares, uma pequena rotação passiva é possível (CORRIGAN;<<strong>br</strong> />
MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
As articulações atlantoaxiais são compostas por duas articulações atlantoaxiais<<strong>br</strong> />
laterais e uma articulação central, que se forma entre o arco anterior do atlas e o processo<<strong>br</strong> />
odontóide do áxis. Dois movimentos fisiológicos ocorrem nessas articulações: a rotação e a<<strong>br</strong> />
flexão-extensão (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
O principal movimento da articulação atlantoaxial é o de rotação, que ocorre<<strong>br</strong> />
devido ao movimento pivotante do atlas ao redor do odontóide imóvel e é acompanhado por<<strong>br</strong> />
um movimento nas articulações atlantoaxiais laterais, de modo que uma se move para frente e<<strong>br</strong> />
a outra para trás. Quando o atlas gira, o mesmo ocorre com as articulações atlanto-occiptais e<<strong>br</strong> />
17
com a cabeça. Esse movimento é limitado pelos ligamentos alares, que vão do processo<<strong>br</strong> />
odontóide ao occipúcio (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
O outro movimento da articulação atlantoaxial é o de flexão-extensão que ocorre<<strong>br</strong> />
nas articulações atlantoaxiais laterais, e são incomuns, pois ambas as faces são convexas, de<<strong>br</strong> />
modo que esse movimento envolve rolamento e deslizamento das duas faces articulares<<strong>br</strong> />
(CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
Nas articulações cervicais inferiores (C3 à C7) é possível realizar três<<strong>br</strong> />
movimentos: flexão-extensão, rotação e inclinação lateral.<<strong>br</strong> />
No momento em que ocorre uma inclinação, o corpo verte<strong>br</strong>al superior inclina-se<<strong>br</strong> />
e desliza anteriormente so<strong>br</strong>e o corpo verte<strong>br</strong>al inferior e, como na coluna lombar, é<<strong>br</strong> />
acompanhado por um movimento apropriado da articulação apofisária. De maneira<<strong>br</strong> />
semelhante, durante a extensão, o corpo verte<strong>br</strong>al superior inclina-se e desliza posteriormente,<<strong>br</strong> />
sendo acompanhado por um movimento da articulação apofisária (CORRIGAN;<<strong>br</strong> />
MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
Na inclinação lateral e na rotação das vérte<strong>br</strong>as cervicais inferiores são, na<<strong>br</strong> />
verdade, movimentos combinados, pois um não pode ocorrer sem a existência de certo grau<<strong>br</strong> />
do outro. A razão para isso é que, com apenas alguns graus de flexão, as articulações<<strong>br</strong> />
apofisárias ficam em aposição e, assim, forçam as vérte<strong>br</strong>as para a rotação para o mesmo lado<<strong>br</strong> />
(CORRIGAN; MAITLAND, 2000), onde a amplitude total de inclinação lateral pode ser de<<strong>br</strong> />
aproximadamente 45° (KAPANDJI, 2000).<<strong>br</strong> />
Durante a flexão o corpo verte<strong>br</strong>al suprajacente se inclina e se desliza para diante,<<strong>br</strong> />
o que diminui a espessura da porção anterior do disco interverte<strong>br</strong>al e desloca o núcleo para<<strong>br</strong> />
trás, fazendo com que as fi<strong>br</strong>as posteriores do anel fi<strong>br</strong>oso entrem em tensão. Já durante a<<strong>br</strong> />
extensão o corpo verte<strong>br</strong>al suprajacente se inclina e se desliza para trás, o espaço entre os<<strong>br</strong> />
platôs verte<strong>br</strong>ais se estreita mais para trás que para diante, o núcleo pulposo se desloca<<strong>br</strong> />
18
levemente para diante e, deste modo, as fi<strong>br</strong>as anteriores do anel fi<strong>br</strong>oso entram em tensão<<strong>br</strong> />
(KAPANDJI, 2000).<<strong>br</strong> />
Os movimentos de flexão-extensão ocorrem nas articulações atlanto-occipitais,<<strong>br</strong> />
atlantoaxiais, e cervicais inferiores. A amplitude total de flexão é de aproximadamente 45° e<<strong>br</strong> />
de extensão é de 60°, dos quais 50° ocorrem na parte superior da coluna cervical<<strong>br</strong> />
(CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
A rotação ocorre nas articulações atlantoaxiais e cervicais inferiores, a amplitude<<strong>br</strong> />
total é de aproximadamente 80° para qualquer um dos lados, dos quais cerca de 25° ocorrem<<strong>br</strong> />
na parte superior da coluna cervical (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
As últimas cinco vérte<strong>br</strong>as cervicais se diferenciam do resto das vérte<strong>br</strong>as da<<strong>br</strong> />
coluna por possuírem apófises unciformes, as quais se articulam entre si por meio das<<strong>br</strong> />
articulações uncoverte<strong>br</strong>ais (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001).<<strong>br</strong> />
Entre as patologias mais freqüentes encontradas na região cervical, encontramos a<<strong>br</strong> />
cervicalgia mecânica e a neuralgia cervico<strong>br</strong>aquial ou cervico<strong>br</strong>aquialgia (GABRIEL; PETIT;<<strong>br</strong> />
CARRIL, 2001).<<strong>br</strong> />
2.1.1 Músculos da região cervical<<strong>br</strong> />
Na região cervical, podemos encontrar dois grupos musculares: os anteriores e os<<strong>br</strong> />
posteriores. Fazem parte dos músculos cervicais anteriores: músculo reto anterior da cabeça e<<strong>br</strong> />
reto lateral da cabeça, longo da cabeça e longo do pescoço, escalenos, esternoclidomastóideos<<strong>br</strong> />
e flexores cervicais acessórios, o platisma, os músculos supra-hióideos e infra-hióideos.<<strong>br</strong> />
Já o grupo muscular posterior é formado pelos músculos suboccipitais,<<strong>br</strong> />
transversoespinhais (rotadores, semiespinhal da cabeça e do pescoço) e eretor da espinha ou<<strong>br</strong> />
sacroespinhais (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).<<strong>br</strong> />
19
2.1.2 Plexo <strong>br</strong>aquial<<strong>br</strong> />
O plexo <strong>br</strong>aquial é responsável pela inervação sensitiva e motora do mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
superior, onde é formado pelos nervos espinhais ou raízes (C5, C6, C7, C8 e D1). Quando a<<strong>br</strong> />
raiz C4 contribui externamente para o plexo <strong>br</strong>aquial este é chamado de prefixado. Quando<<strong>br</strong> />
essa contribuição é de D2, denomina-se pós-fixado (CARMO; MURILLO; COSTA, 1996).<<strong>br</strong> />
As raízes C5 e C6 formam o tronco superior responsável, de forma simplificada,<<strong>br</strong> />
pelos movimentos do om<strong>br</strong>o e flexão do cotovelo. A raiz de C7 forma o tronco médio que é<<strong>br</strong> />
responsável pelo comando do grupo muscular extensor do cotovelo, punho e extrínseco do<<strong>br</strong> />
polegar e dedos. As raízes C8 e D1 conferem a inervação motora de boa parte do grupo flexor<<strong>br</strong> />
extrínseco e musculatura intrínseca, são responsáveis pela maior parte da motricidade e<<strong>br</strong> />
capacidade preensora da mão (CARMO; MURILLO; COSTA, 1996). Na sua trajetória, desde<<strong>br</strong> />
a região cervical até a axilar, os elementos do plexo <strong>br</strong>aquial ficam sujeitos a diversos tipos de<<strong>br</strong> />
lesões por tração ou compressão. Esse fato torna-se evidente quando se relem<strong>br</strong>a que o nervo<<strong>br</strong> />
espinhal, desde seus componentes intraforaminais, até a formação dos diversos nervos na<<strong>br</strong> />
periferia, passam por numerosos acidentes osteoligamentar - aponeuróticos existentes em<<strong>br</strong> />
região de ampla mobilidade e fulcro de movimentos, como o segmento cervico<strong>br</strong>aquial<<strong>br</strong> />
(CARMO; MURILLO; COSTA, 1996).<<strong>br</strong> />
2.2 Cervico<strong>br</strong>aquialgia<<strong>br</strong> />
A cervico<strong>br</strong>aquialgia caracteriza-se por dor na região cervical com irradiação para<<strong>br</strong> />
o mem<strong>br</strong>o superior, onde a causa dela é por compressão de uma ou várias raízes nervosas<<strong>br</strong> />
(GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001), e poderá ser unilateral ou bilateral (TAUBE, 2002).<<strong>br</strong> />
20
A coluna cervical é uma parte da coluna verte<strong>br</strong>al de grande mobilidade, onde<<strong>br</strong> />
devido a esta mobilidade ela sofra um processo degenerativo geralmente precoce, que afetará<<strong>br</strong> />
tanto a articulação intersomáticas, interapofisárias e uncoverte<strong>br</strong>ais como o disco (GABRIEL;<<strong>br</strong> />
PETIT; CARRIL, 2001). As compressões acontecem por estenoses nos canais de conjugação,<<strong>br</strong> />
sejam determinadas por saliências do anel fi<strong>br</strong>oso, hérnias discais ou osteófitos, exercem ação<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e as raízes, pois elas são fixas nos canais de conjugação, de modo que pequenas estenoses<<strong>br</strong> />
reduzem seu “espaço verte<strong>br</strong>al” (HEBERT, 2003).<<strong>br</strong> />
2.2.1 Hérnia de disco<<strong>br</strong> />
O núcleo pulposo tem as características de um gel, sendo capaz de receber e<<strong>br</strong> />
distribuir as pressões que são contidas pelo ânulo, e o disco atua, em conjunto, como<<strong>br</strong> />
amortecedor. Com as modificações bioquímicas que se iniciam na terceira década de vida e<<strong>br</strong> />
que podem ser precipitadas por vários fatores, como as so<strong>br</strong>ecargas em geral, ocorre a perda<<strong>br</strong> />
da condição de gel do núcleo e de sua capacidade de distribuir adequadamente as cargas.<<strong>br</strong> />
Estas passam a se concentrar de forma desigual no disco interverte<strong>br</strong>al, levando à formação de<<strong>br</strong> />
fissuras nas camadas por onde se insinua o material nuclear; progressivamente, e a partir disso<<strong>br</strong> />
poderá ocorrer hérnia discal (HEBERT, 2003). A hérnia discal é uma protusão do núcleo<<strong>br</strong> />
pulposo do disco intervete<strong>br</strong>al que pode comprimir uma ou várias raízes nervosas, dando<<strong>br</strong> />
lugar a sintomatologia radicular sensitivo-motora (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001). Na<<strong>br</strong> />
cervical, a hérnia é menos freqüente que na região lombar e pode produzir-se em C5-C6 ou<<strong>br</strong> />
então entre C6-C7.<<strong>br</strong> />
Isto obedece a certa so<strong>br</strong>ecarga em tais níveis por ser neles que se estabelece a<<strong>br</strong> />
transição entre a mobilidade livre da coluna cervical e a imobilidade relativa da coluna<<strong>br</strong> />
torácica (GABRIEL; PETIT; CARRIL, 2001).<<strong>br</strong> />
21
O paciente com protusão discal na cervical apresenta dor intensa, geralmente<<strong>br</strong> />
sentida no pescoço, na escápula e no mem<strong>br</strong>o superior, mas no inicio pode sentir apenas na<<strong>br</strong> />
distribuição segmentar do nervo. Pode haver história de crises de dor e rigidez interescapular<<strong>br</strong> />
e no pescoço (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
2.2.2 Artrose<<strong>br</strong> />
O termo artrose na região cervical também pode ser encontrado como osteoartrose<<strong>br</strong> />
cervical, osteoartrite cervical, espondilose cervical entre outros (ADAMS; HAMBLEN,<<strong>br</strong> />
1994). De acordo com Pallis et al apud Greve e Amatuzzi (1999, 136 p.) referem que:<<strong>br</strong> />
75% dos pacientes com idade acima de 50 anos, que deram entrada no hospital por<<strong>br</strong> />
motivos não relacionados com ou sistema nervoso, mostraram alterações<<strong>br</strong> />
radiológicas compatíveis com artrose cervical. Cerca de 75% destes pacientes<<strong>br</strong> />
apresentavam estreitamento do forame interverte<strong>br</strong>al, 50% sinais objetivos de<<strong>br</strong> />
comprometimento medular e 40% de comprometimento radicular. Elias refere que a<<strong>br</strong> />
artrose cervical aumenta a partir dos 50 anos e é universal após 70 anos.<<strong>br</strong> />
Pode ser conceituada como uma das variadas formas de reumatismo que envolve<<strong>br</strong> />
progressiva perda da cartilagem articular, aposição de formações ósseas nas trabéculas<<strong>br</strong> />
subcondrais e formação de nova cartilagem e novo osso nas margens articulares (osteófitos).<<strong>br</strong> />
A artrose cervical é causada por alterações degenerativas nos discos, vérte<strong>br</strong>as e<<strong>br</strong> />
articulações apofisárias, que levam a excrescências osteofíticas que reduzem o tamanho do<<strong>br</strong> />
forame interverte<strong>br</strong>al e, assim, podem comprometer as raízes nervosas (CORRIGAN;<<strong>br</strong> />
MAITLAND, 2000). A degeneração do disco deve-se ao fato de que a coluna cervical possuir<<strong>br</strong> />
maior amplitude de movimento do que as colunas lombar e dorsal (CORRIGAN;<<strong>br</strong> />
MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
22
2.3 Técnicas da terapia manual<<strong>br</strong> />
A terapia manual existe há séculos. Os primeiros documentos nos chegam do<<strong>br</strong> />
Egito faraônico, nos papiros descobertos por Edwin Smith (5000, 4.700 a.C.) e o papiro<<strong>br</strong> />
número 5 do Ramesseum (4.150, 3.560 a.C.) são as provas (RICARD; SALLÉ, 2002). A<<strong>br</strong> />
palavra terapia deriva do grego “therapeuein”, cujo significado é “cuidar”; “therapon” quer<<strong>br</strong> />
dizer “atendente”, uma pessoa viva. “Terapêutico” significa o potencial de cura de uma<<strong>br</strong> />
pessoa em relação a outra (LENDERMAN, 2001).<<strong>br</strong> />
A terapia manual, portanto consiste na aplicação de técnicas com as mãos, so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
corpo do paciente, com o objetivo de promover o retorno à função normal de seus pacientes<<strong>br</strong> />
(ESCOLA DE TERAPIA MANUAL E POSTURAL, 2004).<<strong>br</strong> />
Dentro da terapia manual existem diversas técnicas, onde podemos citar:<<strong>br</strong> />
manipulação articular, mobilização articular, mobilização do sistema nervoso, massagem,<<strong>br</strong> />
mobilização fascial, pompage e etc...<<strong>br</strong> />
2.3.1 Manipulação articular<<strong>br</strong> />
A manipulação articular é uma técnica da terapia manual envolvendo o<<strong>br</strong> />
movimento de uma superfície articular em relação a outra, realizada so<strong>br</strong>e uma estrutura<<strong>br</strong> />
articular que apresenta disfunção ao exame físico (EDMOND, 2000).<<strong>br</strong> />
A terapia de manipulação é uma técnica de movimento passivo que pode ser<<strong>br</strong> />
classificada como manipulação ou mobilização.<<strong>br</strong> />
A manipulação articular é uma técnica de movimento passivo em que o<<strong>br</strong> />
fisioterapeuta imprime um movimento repentino ou arremetida nos limites normais da<<strong>br</strong> />
23
amplitude da articulação. Esse movimento é de curta duração e amplitude, mas é realizada<<strong>br</strong> />
com tal rapidez que o paciente é incapaz de impedi-lo. A mobilização é definida como uma<<strong>br</strong> />
técnica de movimentos passivos de uma forma em que o paciente tenha em todo o tempo o<<strong>br</strong> />
controle so<strong>br</strong>e os movimentos (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
A manipulação articular faz parte da medicina desde o conhecimento de seu relato<<strong>br</strong> />
histórico. Há evidências de que técnicas manuais eram usadas na Tailândia em 2000 a.C.,<<strong>br</strong> />
assim como no Egito antigo.<<strong>br</strong> />
Hipócrates usava a tração manual no tratamento de deformidades da coluna<<strong>br</strong> />
verte<strong>br</strong>al. Nos Estados Unidos e na Europa, durante os anos de 1800, os práticos chamados de<<strong>br</strong> />
bonesetters (“os que colocam ossos no lugar”), desenvolveram toda uma prática de técnicas<<strong>br</strong> />
de manipulação articular. Embora ignorassem muitas das bases anatômicas e fisiológicas da<<strong>br</strong> />
manipulação, esses práticos usavam uma série de técnicas que freqüentemente eram bem-<<strong>br</strong> />
sucedidas no alívio da dor e na regressão da deformidade (EDMOND, 2000).<<strong>br</strong> />
Durante a manipulação articular ocorre um estalido, conforme foi estudado por<<strong>br</strong> />
Unsworth, Dowson e Wright (1971), so<strong>br</strong>e bioengenharia, fizeram análise de gases nas<<strong>br</strong> />
articulações periféricas mostraram que a tensão nos procedimentos articulares produz um<<strong>br</strong> />
sistema de baixa pressão no líquido sinovial que permite a vaporização do gás, que a seguir é<<strong>br</strong> />
liberado, a<strong>br</strong>indo o espaço articular.<<strong>br</strong> />
Essa bolha de gás forma-se e se rompe novamente em 0,01 segundos, e é o<<strong>br</strong> />
colapso da bolha de vapor, e não a sua formação, que produz o som de explosão. São<<strong>br</strong> />
necessários cerca de 20 minutos para que a articulação esteja pronta novamente para produzir<<strong>br</strong> />
o ruído.<<strong>br</strong> />
O gás que se forma é o dióxido de carbono e não o nitrogênio como se acreditava<<strong>br</strong> />
(CORRIGAN; MAITLAND, 2000). Um dos principais efeitos da manipulação é a ampliação<<strong>br</strong> />
da mobilidade devido ao aumento de amplitude de movimento de um segmento de articulação<<strong>br</strong> />
interverte<strong>br</strong>al, com restauração dos movimentos fisiológicos e acessórios e o alívio da dor<<strong>br</strong> />
24
(CORRIGAN; MAITLAND, 2000). Segundo Maigne (1996) as manipulações agem<<strong>br</strong> />
fortemente so<strong>br</strong>e certos mecanorreceptores, criando um potente reflexo de inibição que corta<<strong>br</strong> />
os circuitos parasitas. Trata-se sem dúvida da inibição pré-sináptica dos influxos aferentes<<strong>br</strong> />
nociceptivos ao nível do corno posterior da medula.<<strong>br</strong> />
grande velocidade.<<strong>br</strong> />
O thrust é um movimento que é realizado em uma pequena amplitude com uma<<strong>br</strong> />
Na descrição de Ricard e Sallé (2002), as técnicas com thrust não devem ser feitas<<strong>br</strong> />
fora dos limites fisiológicos das amplitudes dos movimentos + + +. Nas técnicas indiretas é<<strong>br</strong> />
realizada uma velocidade suficiente, para que a separação das facetas articulares possa ser<<strong>br</strong> />
obtida na metade das amplitudes articulares e sem provocar traumatismos.<<strong>br</strong> />
O thrust é aplicado paralelamente ou perpendicularmente ao plano articular,<<strong>br</strong> />
contra a barreira da articulação lesada. Surpreendendo as defesas fisiológicas articulares, a<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>usca separação das superfícies surpreende também o sistema nervoso central e provoca um<<strong>br</strong> />
black out sensorial local. O círculo vicioso irritativo que mantém os músculos<<strong>br</strong> />
monoarticulares é desfeito e o tônus se normaliza.<<strong>br</strong> />
É possível que após ocorrer a separação a 90° das facetas articulares, o novo<<strong>br</strong> />
contato se realizará com uma melhor congruência das superfícies articulares. Seja qual for o<<strong>br</strong> />
tipo de thrust, os limites das articulações são sempre respeitados.<<strong>br</strong> />
Os objetivos das técnicas com thrust são: liberar as aderências; fazer deslizar as<<strong>br</strong> />
facetas articulares e restaurar a função articular, normalizar o sistema vascular local; provocar<<strong>br</strong> />
um reflexo aferente + + +; estimular os centros simpáticos ou parassimpático para obter a<<strong>br</strong> />
ruptura do arco reflexo neurovegetativo patológico; dar comodidade ao paciente.<<strong>br</strong> />
O estiramento da cápsula articular ao separar as facetas, estimula os receptores de<<strong>br</strong> />
Pacini. A informação sensitiva caminha pelas fi<strong>br</strong>as aferentes até o corno posterior da medula<<strong>br</strong> />
espinhal. Nesse nível existe uma inibição dos motoneurônios alfa e gama, portanto, uma<<strong>br</strong> />
inibição do espasmo muscular que mantém a disfunção articular.<<strong>br</strong> />
25
2.3.2 Mobilização articular<<strong>br</strong> />
Além dos movimentos angulares, as superfícies articulares também podem ser<<strong>br</strong> />
movidas passivamente uns poucos milímetros em movimentos translatórios, estes<<strong>br</strong> />
movimentos são chamados de movimentos acessórios. Um exemplo é a tração ou separação<<strong>br</strong> />
das superfícies articulares na articulação metacarpofalangiana. Além da tração, as superfícies<<strong>br</strong> />
das articulações livremente móveis podem sofrer deslizamento lateral, deslizamento antero-<<strong>br</strong> />
posterior e rotação. Os movimentos acessórios não podem ser efetuados voluntariamente pelo<<strong>br</strong> />
paciente, mas em vez disso exigem relaxamento da musculatura e aplicação de movimento<<strong>br</strong> />
passivo por um examinador (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).<<strong>br</strong> />
A mobilização articular é uma técnica de movimento passivo, no a qual<<strong>br</strong> />
articulação é movida de modo rítmico dentro de sua amplitude normal e em velocidade que o<<strong>br</strong> />
paciente possa resistir ou impedir voluntariamente o movimento (CORRIGAN; MAITLAND,<<strong>br</strong> />
2000).<<strong>br</strong> />
Os movimentos que são feitos nas articulações devem ser sentidos e não vistos. Se<<strong>br</strong> />
a oscilação implicada em uma técnica for muito rápida ou muito lenta é impossível ter a<<strong>br</strong> />
sensação apropriada do movimento na articulação, e o movimento parece um estiramento ou<<strong>br</strong> />
tremor. Não há uma velocidade determinada, mas o comum são duas ou três oscilações por<<strong>br</strong> />
segundo (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
A quantidade de movimento utilizada no tratamento de mobilização articular deve<<strong>br</strong> />
ser modificada de acordo com a dor, com a restrição de movimento e com o espasmo<<strong>br</strong> />
muscular. Os movimentos podem ser graduados de acordo com sua amplitude e com a<<strong>br</strong> />
posição que tem dentro da amplitude que ocupam (CORRIGAN; MAITLAND, 2000).<<strong>br</strong> />
No grau I o movimento é de pequena amplitude, realizado na posição de início da<<strong>br</strong> />
amplitude. O grau II seu movimento é de grande amplitude que tem bom desempenho dentro<<strong>br</strong> />
26
dessa amplitude. Pode ocupar qualquer parte da amplitude, mas não atinge seu limite. O grau<<strong>br</strong> />
III também é um movimento de grande amplitude dentro de seu limite, e no grau IV é um<<strong>br</strong> />
movimento de pequena amplitude no final dessa amplitude (CORRIGAN; MAITLAND,<<strong>br</strong> />
2000).<<strong>br</strong> />
2.3.3 Mobilização neural<<strong>br</strong> />
São movimentos realizados por um terapeuta ou pela própria pessoa em que visa<<strong>br</strong> />
estressar o sistema nervoso e que quando realizado pelo terapeuta também serve como<<strong>br</strong> />
ferramenta para diagnóstico de alguma disfunção nervosa (BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
Segundo Butler (2003), a mobilização do sistema nervoso (MSN) é sem dúvida<<strong>br</strong> />
um eficaz método para testar a mecânica e a fisiologia normal do sistema nervoso (SN),<<strong>br</strong> />
possibilitando desse modo identificar alterações nesse sistema como comprometimento do<<strong>br</strong> />
movimento e elasticidade, podendo possivelmente originar sintomas de seus próprios tecidos.<<strong>br</strong> />
O sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP) são considerados como<<strong>br</strong> />
unitário ou um só, já que formam um tecido contínuo.<<strong>br</strong> />
Sua continuidade se apresenta de três maneiras: Primeiro, ele é contínuo<<strong>br</strong> />
mecanicamente através da transmissão de forças de movimentos pelos seus envoltórios<<strong>br</strong> />
conectivos, embora em diferentes formatos, como o epineuro e a dura mater. Com a<<strong>br</strong> />
associação de um simples axônio, a um grande número destes tecidos conjuntivos. Segundo,<<strong>br</strong> />
os neurônios são contínuos eletricamente. O impulso gerado no pé atinge o cére<strong>br</strong>o. Terceiro,<<strong>br</strong> />
o sistema nervoso pode ser visto como contínuo quimicamente.<<strong>br</strong> />
Os neurotransmissores periféricos e centrais são os mesmo e existe o fluxo<<strong>br</strong> />
axoplasmático de substâncias dentro dos axônios. Não existe nenhuma outra estrutura no<<strong>br</strong> />
corpo com tamanha interligação. Estresses impostos so<strong>br</strong>e o sistema nervoso periférico<<strong>br</strong> />
27
durante o movimento são transmitidos para o sistema nervos central. Por outro lado uma<<strong>br</strong> />
tensão pode ser transmitida do SNC para o SNP (BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
Há uma importante diferença entre os aspectos mecânicos do sistema nervoso<<strong>br</strong> />
(SN) e de outras estruturas do corpo. Como a função de carregar impulsos provenientes de e<<strong>br</strong> />
para aquelas estruturas. Neste aspecto é notável a importância da mecânica normal do tecido<<strong>br</strong> />
neural e dos tecidos associados (BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
Mesmo com o sistema nervoso alongado ou relaxado, estático ou dinâmico, os<<strong>br</strong> />
seres humanos são capazes de movimentos amplamente especializados (BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
O sistema nervoso não somente tem que conduzir impulsos através de notáveis<<strong>br</strong> />
amplitudes e variedades de movimentos, mas também tem que se adaptar mecanicamente<<strong>br</strong> />
durante os movimentos (BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
Devido ao trato tecidual contínuo, todos os movimentos que são realizados em<<strong>br</strong> />
qualquer um dos mem<strong>br</strong>os têm conseqüências mecânicas nos troncos nervosos e neuroeixos.<<strong>br</strong> />
Quando o sistema nervoso central (SNC) é considerado em seu comprimento, sem levar em<<strong>br</strong> />
conta suas curvas e do<strong>br</strong>as, consideramos a esse termo como neuroeixo, segundo Bowsher<<strong>br</strong> />
(1988 apud BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
Quando os nervos são alongados dentro de seus limites fisiológicos (normais), um<<strong>br</strong> />
fluxo sangüíneo neural adequado é mantido, mas apenas enquanto os mecanismos protetores<<strong>br</strong> />
vasculares normais estiverem preservados. A manutenção do fluxo sangüíneo intraneural<<strong>br</strong> />
durante o alongamento neural é realizada pelos vasos sangüíneos através das ondulações e<<strong>br</strong> />
curvas dos nervos. Quando os nervos estão frouxos (sem tensão), estas circunvoluções<<strong>br</strong> />
vasculares estão acentuadas. Porém, se o nervo é estirado, as curvaturas dos vasos<<strong>br</strong> />
acompanham o alongamento e são colocadas em tensão. Além disso, a luz dos vasos é<<strong>br</strong> />
reduzida e pode ocorrer uma oclusão, principalmente quando o nervo é estirado além do<<strong>br</strong> />
limite de proteção. Os vasos sangüíneos são, então, estrangulados, o fluxo sangüíneo<<strong>br</strong> />
intraneural é comprometido e a função nervosa deteriorada. Se o alongamento ultrapassar<<strong>br</strong> />
28
ligeiramente o limite de proteção, por um período <strong>br</strong>eve, é provável que a função do nervo<<strong>br</strong> />
retorne ao normal rapidamente.<<strong>br</strong> />
Mas, se a tensão so<strong>br</strong>e o nervo é particularmente severa ou sustentada, as<<strong>br</strong> />
alterações na função do nervo serão permanentes. É relevante a compreensão do fluxo<<strong>br</strong> />
sangüíneo intraneural porque um stress mecânico excessivo pode causar anóxia e lesão do<<strong>br</strong> />
nervo, levando a uma mecanocepção aumentada e dor. Nestas condições, movimentos que<<strong>br</strong> />
estressam mecanicamente os tecidos neurais podem provocar sintomas (BUTLER, 2003).<<strong>br</strong> />
Os tecidos que circundam as estruturas neurais são chamadas de interface<<strong>br</strong> />
mecânica. Esses tecidos adjacentes são os que se movem independentemente do sistema<<strong>br</strong> />
nervoso. A tensão neural pode ser desenvolvida por qualquer patologia neste sistema que<<strong>br</strong> />
produzirá anormalidades no movimento do nervo. As causas podem ser: mecânicas como a<<strong>br</strong> />
invasão de nervo por protusão do disco ou contato de osteófitos, constrição do túnel carpal;<<strong>br</strong> />
química ou inflamatória como a fi<strong>br</strong>ose interneural que leva à redução da elasticidade e ao<<strong>br</strong> />
aumento de tensão assim causando restrições mecânicas internas das estruturas neurais<<strong>br</strong> />
(GUELFI, 2004).<<strong>br</strong> />
Observado que os movimentos em uma parte do corpo podem ser transmitidos<<strong>br</strong> />
para outro local através de movimentos ou tensões, a mobilização do sistema nervoso procura<<strong>br</strong> />
restaurar seu movimento e elasticidade. Promove assim o retorno de suas funções normais, já<<strong>br</strong> />
que o comprometimento do sistema nervoso pode resultar em outras disfunções nele próprio<<strong>br</strong> />
ou em estruturas músculo-esqueléticas que recebem sua inervação (SANTOS, 2004).<<strong>br</strong> />
Alguns estudos recentes demonstram a efetividade da técnica de mobilização do<<strong>br</strong> />
sistema nervoso em diversos tipos de patologias do sistema nervoso. Um estudo de Showalter<<strong>br</strong> />
e Van Doorme (1999 apud SANTOS 2004), a respeito do papel da neurodinâmica em<<strong>br</strong> />
pacientes com síndrome do túnel do carpo, recomenda o tratamento de mobilização do<<strong>br</strong> />
sistema nervoso como uma técnica conservadora capaz de diminuir a compressão, restaurar o<<strong>br</strong> />
fluxo sanguíneo e normalizar o fluxo axoplasmático.<<strong>br</strong> />
29
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA<<strong>br</strong> />
O delineamento da pesquisa, segundo Gil (1995, p. 70), “[...] refere-se ao<<strong>br</strong> />
planejamento da mesma em sua dimensão mais ampla [...]”, ou seja, neste momento, o<<strong>br</strong> />
investigador estabelece os meios técnicos da investigação, prevendo-se os instrumentos e os<<strong>br</strong> />
procedimentos necessários utilizados para a coleta de dados.<<strong>br</strong> />
O presente estudo foi encaminhado para o Comitê de Ética segundo Resolução<<strong>br</strong> />
196/96 do Conselho Nacional de Saúde contendo as Diretrizes e Normas Regulamentadoras<<strong>br</strong> />
de Pesquisas envolvendo Seres Humanos, até o presente momento não houve resposta.<<strong>br</strong> />
3.1 Tipo de pesquisa<<strong>br</strong> />
Esta pesquisa caracteriza-se como sendo do tipo quase experimental, com grupo<<strong>br</strong> />
único e com pré e pós-teste.<<strong>br</strong> />
De acordo com Rudio (1991), o experimento realizado com grupo único, procura-<<strong>br</strong> />
se um teste que seja capaz de ser aplicado antes da aplicação do método, e após a sua<<strong>br</strong> />
aplicação utiliza-se novamente um teste, isto é um pós-teste para comparar possíveis<<strong>br</strong> />
alterações. Gil (1994), define ainda que o estudo de caso é um estudo profundo e exaustivo de<<strong>br</strong> />
um ou de poucos objetos de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento.<<strong>br</strong> />
30
3.2 Caracterização do sujeito da pesquisa<<strong>br</strong> />
A amostra deste estudo foi do tipo intencional, composta por um ser humano do<<strong>br</strong> />
gênero feminino, adulto com idade de 53 anos que se inscreveu na lista de espera da Clínica<<strong>br</strong> />
Escola de <strong>Fisio</strong>terapia da <strong>Unisul</strong>, bairro Dehon de Tubarão, Santa Catarina, no período a partir<<strong>br</strong> />
de julho de 2004, com diagnóstico de cervico<strong>br</strong>aquialgia.<<strong>br</strong> />
Os critérios inclusão e exclusão da amostra foram.<<strong>br</strong> />
Critérios de inclusão:<<strong>br</strong> />
a) paciente com diagnóstico de cervico<strong>br</strong>aquialgia unilateral;<<strong>br</strong> />
b) teste de Jackson terá que dar o sinal positivo;<<strong>br</strong> />
c) a voluntária terá que assinar um termo de consentimento, (Anexo C)<<strong>br</strong> />
Critérios de exclusão:<<strong>br</strong> />
a) teste Adson terá que dar o sinal negativo;<<strong>br</strong> />
b) teste de Éden terá que dar o sinal negativo;<<strong>br</strong> />
c) teste de Wright terá que dar sinal negativo.<<strong>br</strong> />
3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados<<strong>br</strong> />
a) Questionário de satisfação, que avaliará o quanto o paciente ficou satisfeito<<strong>br</strong> />
com o tratamento, (Apêndice A).<<strong>br</strong> />
b) Ficha de avaliação que será utilizada para registro de dados pessoais,<<strong>br</strong> />
subjetivos e objetivos antes e após o tratamento, (Apêndice B).<<strong>br</strong> />
c) Escala Análoga Visual de Dor (EVA) instrumento utilizado para quantificar o<<strong>br</strong> />
grau da dor referida, (Anexo A).<<strong>br</strong> />
31
d) Índice de incapacidade do pescoço, instrumento utilizado para avaliar a<<strong>br</strong> />
incapacidade do pescoço, (Anexo B).<<strong>br</strong> />
e) Questionário de dor de McGuill, instrumento utilizado para quantificar grau da<<strong>br</strong> />
dor e avaliar o tipo de dor, (Anexo D).<<strong>br</strong> />
f) Termo de consentimento livre e esclarecido, (Anexo C).<<strong>br</strong> />
g) Maca é utilizada para realização da avaliação e das técnicas da terapia manual.<<strong>br</strong> />
h) Inclinômetro Cybex EDI 320 (figura<<strong>br</strong> />
3.4 Procedimento utilizados para coleta de dados<<strong>br</strong> />
O presente estudo foi realizado na Clínica Escola de <strong>Fisio</strong>terapia da <strong>Unisul</strong> no<<strong>br</strong> />
bairro Dehon de Tubarão, Santa Catarina, no mês de a<strong>br</strong>il de 2005, onde foi realizado uma<<strong>br</strong> />
entrevista com o paciente, na qual o mesmo respondeu as perguntas previamente explicadas<<strong>br</strong> />
pelo terapeuta e após foi realizado um esclarecimento explicativo e demonstrativo das<<strong>br</strong> />
técnicas que foram utilizadas no tratamento, como também a roupa adequada.<<strong>br</strong> />
O tratamento durou 1 semana, onde foram realizados 3 sessões.<<strong>br</strong> />
O experimento foi realizado da seguinte maneira, primeiramente iniciou-se com<<strong>br</strong> />
uma avaliação prévia, após foi realizado um tratamento ambulatorial sendo realizado<<strong>br</strong> />
tratamento de manipulação e mobilização articular, após realizou-se reavaliação 1, logo após<<strong>br</strong> />
foi realizado tratamento domiciliar, onde foi realizado auto-tratamento neural, e por último foi<<strong>br</strong> />
realizado a reavaliação 2.<<strong>br</strong> />
3.4.1 Avaliação<<strong>br</strong> />
Na avaliação foi realizado anamnese, inspeção da região cervical e exame físico.<<strong>br</strong> />
32
No exame que observou a amplitude de movimento, foi realizado através do<<strong>br</strong> />
inclinômetro da marca CYBEX 320 EDI (Figura 1). Para fazer o registro da angulação de<<strong>br</strong> />
flexão da região cervical, o paciente permaneceu de pé, o cabeçote foi colocado na região<<strong>br</strong> />
occipital, com o cabeçote na posição vertical, era realizado o registro inicial, e após era<<strong>br</strong> />
pedido para que o paciente fizesse uma flexão da cervical e registrava-se no final da ADM.<<strong>br</strong> />
Para extensão de cervical o paciente permanecia na mesma posição que a de<<strong>br</strong> />
flexão, o cabeçote também era posicionado na mesma posição, e então era pedido para que o<<strong>br</strong> />
paciente realizasse uma extensão de cervical, o registro da angulação era realizado no início e<<strong>br</strong> />
no final do movimento.<<strong>br</strong> />
Para rotação de cervical o paciente permanecia em decúbito dorsal na maca, o<<strong>br</strong> />
cabeçote era colocado na região frontal com o mesmo na posição horizontal, era pedido para<<strong>br</strong> />
que o paciente realizasse uma rotação de cervical, o registro da angulação era feito no início e<<strong>br</strong> />
no final da ADM.<<strong>br</strong> />
Para inclinação lateral o paciente permanecia de pé, o cabeçote era posicionado na<<strong>br</strong> />
região do esfenóide com o mesmo na posição vertical, o cabeçote era posicionado no lado<<strong>br</strong> />
contralateral ao movimento, era pedido para que o paciente realizasse uma inclinação lateral,<<strong>br</strong> />
o registro da angulação era feito no início e no final da ADM.<<strong>br</strong> />
Figura 1: inclinômetro da marca Cybex EDI 320.<<strong>br</strong> />
Fonte: Autor, 2005.<<strong>br</strong> />
33
3.4.2 Testes especiais<<strong>br</strong> />
3.4.2.1 Teste de Jackson<<strong>br</strong> />
O objetivo deste teste é observar sintomas radiculares. O paciente se apresenta<<strong>br</strong> />
sentado à frente do terapeuta com a coluna verte<strong>br</strong>al em posição neutra, onde o terapeuta fará<<strong>br</strong> />
uma pressão na cabeça do paciente e que acarretará numa pressão so<strong>br</strong>e o disco interverte<strong>br</strong>al<<strong>br</strong> />
ou osteófito so<strong>br</strong>e o nervo, e essa pressão poderá aumentar a dor no nível lesado. Uma<<strong>br</strong> />
variação do teste é fazendo a pressão so<strong>br</strong>e a cabeça com uma inclinação lateral à esquerda ou<<strong>br</strong> />
à direita, para diferenciar de compressão nervosa por discopatia ou osteófito. Se apresentar<<strong>br</strong> />
sintomas do mesmo lado da inclinação, será por compressão através de osteófito, e se os<<strong>br</strong> />
sintomas se irradiarem do lado contra-lateral a inclinação, então será por hérnia (EVANS,<<strong>br</strong> />
2003).<<strong>br</strong> />
3.4.2.2 Teste de Adson<<strong>br</strong> />
Este teste é para detectar a síndrome do desfiladeiro torácico. É solicitado ao<<strong>br</strong> />
paciente que se sente, faça uma abdução de 90° e é encontrado o pulso radial. Pede-se para o<<strong>br</strong> />
paciente rodar a cabeça em direção ao mem<strong>br</strong>o a ser testado, e estende-la. Deve-se rodar o<<strong>br</strong> />
om<strong>br</strong>o externamente e estender.<<strong>br</strong> />
O paciente inspira profundamente e faz uma valsalva, em poucos segundos é<<strong>br</strong> />
observado se o pulso desaparece, se confirmado, o diagnostico é positivo (EVANS, 2003).<<strong>br</strong> />
34
3.4.2.3 Teste de Éden<<strong>br</strong> />
Este teste é para detectar a síndrome do desfiladeiro torácico. É solicitado ao<<strong>br</strong> />
paciente que aduza as escápulas, então o terapeuta pega o pulso do lado a ser testado e<<strong>br</strong> />
deprime a cintura escapular, se o pulso diminuir ou desaparecer dentro de instantes o teste é<<strong>br</strong> />
positivo (EVANS, 2003).<<strong>br</strong> />
3.4.2.4 Teste de Wrighit<<strong>br</strong> />
Este teste serve para determinar se a artéria subclávia é comprimida pelo músculo<<strong>br</strong> />
peitoral menor (compressão neurovascular – síndrome do desfiladeiro torácico). É pego o<<strong>br</strong> />
pulso radial do paciente, do lado a ser testado e então se realiza abdução e rotação externa do<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>aço, depois pede-se que gire a cabeça para o lado oposto, em seguida solicita um valsalva<<strong>br</strong> />
ao paciente, se o pulso diminuir ou desaparecer o teste é positivo (EVANS, 2003).<<strong>br</strong> />
3.5.2.5 Teste de De Klein<<strong>br</strong> />
Este teste é realizado para detectar se existe a presença de insuficiência da artéria<<strong>br</strong> />
verte<strong>br</strong>al. O paciente fica em decúbito dorsal com a cabeça fora da maca e é feito uma rotação<<strong>br</strong> />
de cervical, a qual é mantida por 30 segundos. Se o paciente relatar alguma tontura, náusea,<<strong>br</strong> />
embaralhamento da visão ou dor de cabeça, o teste é positivo (EVANS, 2003).<<strong>br</strong> />
35
3.4.3 Experimento<<strong>br</strong> />
As mano<strong>br</strong>as de terapia manual selecionadas para este estudo, foram descritas<<strong>br</strong> />
como manipulação e mobilização articular de Cyriax, segundo Cyriax , Cyriax , (2001, p.169-<<strong>br</strong> />
173), sendo estas indicadas para pacientes com sintomas de CBO, de etiologia desconhecida,<<strong>br</strong> />
mas não idiopática, pois existe um componente vetorial de tração que corrige as contra-<<strong>br</strong> />
indicações de “thrust”, como por exemplo osteófitos no forame inter-apofisário.<<strong>br</strong> />
a) Rotação durante a tração –1 (figura 2): Inicialmente, o operador faz uma<<strong>br</strong> />
tração direta sem que ocorram movimentos laterais e rotacionais; esta tração é<<strong>br</strong> />
realizada com o paciente na posição supina, om<strong>br</strong>os nivelados com o final do<<strong>br</strong> />
divã, mem<strong>br</strong>os inferiores estendidos e pés fixos por um assistente. A tração<<strong>br</strong> />
inicial deve ser muito suave. O operador segura o occipital do paciente com<<strong>br</strong> />
uma das mãos, enquanto a outra é colocada sob a mandíbula, em forma de<<strong>br</strong> />
gancho transversal, e o dedo mínimo so<strong>br</strong>e a traquéia, mantendo-a separada e<<strong>br</strong> />
protegida. A cabeça deve ser mantida na posição neutra, não flexionada, a<<strong>br</strong> />
tração é feita pelo operador inclinando o pescoço para trás, enquanto se<<strong>br</strong> />
mantém a tração. Após realizada a tração é adicionado a rotação mantendo a<<strong>br</strong> />
tração. A cabeça é rodada na direção que não causa dor, enquanto um<<strong>br</strong> />
assistente segura os tornozelos e mantém as coxas junto ao divã. Antes da<<strong>br</strong> />
rotação, o operador aumenta a tração realizando uma inclinação para trás, até<<strong>br</strong> />
que seus <strong>br</strong>aços estejam completamente estendidos. Permanece realizando a<<strong>br</strong> />
tração por 1 ou 2 segundos. Então, durante a tração continuada, ele faz a<<strong>br</strong> />
rotação da cabeça lentamente e suavemente até que realize toda a amplitude de<<strong>br</strong> />
movimento. Finalmente, um movimento rápido e de pequena amplitude para<<strong>br</strong> />
baixo é feito, mantendo-se a mão na mandíbula. Essa mano<strong>br</strong>a permite um<<strong>br</strong> />
36
acréscimo de poucos graus na rotação. Na primeira tentativa é melhor realizar,<<strong>br</strong> />
de forma mais lenta, apenas dois terços da amplitude de movimento de rotação<<strong>br</strong> />
normal. Após essa primeira tentativa, aumenta-se a velocidade, faz-se a<<strong>br</strong> />
rotação na sua amplitude total e o movimento rápido para baixo no final deste.<<strong>br</strong> />
Após um novo exame, a cabeça do paciente pode realizar o movimento de<<strong>br</strong> />
rotação na sua amplitude total. A tração deve ser mantida durante toda a<<strong>br</strong> />
mano<strong>br</strong>a e não pode ser aliviada até que a cabeça esteja de volta à linha média.<<strong>br</strong> />
A manipulação foi realizada duas vezes.<<strong>br</strong> />
Figura 2: Rotação durante a tração –1<<strong>br</strong> />
Fonte: o autor, 2005.<<strong>br</strong> />
37
) Flexão lateral durante tração (figura 3): O assistente tem função dupla. Em<<strong>br</strong> />
primeiro lugar coloca seu abdômen contra o <strong>br</strong>aço do paciente e impede o<<strong>br</strong> />
escorregamento lateral. Segundo, o assistente coloca o ante<strong>br</strong>aço so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />
om<strong>br</strong>o do paciente para evitar a progressão para cima no divã. O operador<<strong>br</strong> />
posiciona-se colocando o peso em uma das pernas, que será o pivô do<<strong>br</strong> />
movimento, facilitando a flexão lateral da coluna cervical.<<strong>br</strong> />
Figura 3: Flexão lateral durante tração<<strong>br</strong> />
Fonte : o autor, 2005.<<strong>br</strong> />
38
O movimento de flexão lateral é sempre realizado no lado onde não há<<strong>br</strong> />
referência de dor, fazendo a abertura do lado afetado da articulação. O<<strong>br</strong> />
ante<strong>br</strong>aço do operador pressiona a caixa craniana logo abaixo da orelha e força<<strong>br</strong> />
a flexão no último momento. Sua outra mão está posicionando no espaço entre<<strong>br</strong> />
os processos transversos de C6 e C7 para concentrar a flexão lateral nessa parte<<strong>br</strong> />
da coluna verte<strong>br</strong>al. Para realizar a flexão lateral para a esquerda, o operador<<strong>br</strong> />
encosta sua perna direita usando o momento para girar seu corpo so<strong>br</strong>e a perna<<strong>br</strong> />
esquerda. Com o seu balanço, a cabeça do paciente é flexionada lateralmente<<strong>br</strong> />
até alcançar a resistência tecidual. O movimento rápido é feito pelo operador,<<strong>br</strong> />
quando força o cotovelo, que tinha sido deixado para trás, de forma incisiva<<strong>br</strong> />
para o seu lado. O paciente é novamente examinado e, se houve melhora, a<<strong>br</strong> />
manipulação é repetida. Se a flexão lateral do lado doloroso for o único<<strong>br</strong> />
movimento que permanece com dor e desconfortável, a manipulação nessa<<strong>br</strong> />
direção pode ser tentada. A manipulação foi realizada duas vezes.<<strong>br</strong> />
c) Deslizamento antero-posterior durante tração (figura 4): O método é útil<<strong>br</strong> />
quando a única limitação que permanece é a extensão dolorosa. Um assistente<<strong>br</strong> />
segura os pés. A cabeça do paciente é mantida em posição neutra durante todo<<strong>br</strong> />
o processo, nem em flexão nem em extensão.<<strong>br</strong> />
O operador fixa seu pé contra o divã e inclina-se para trás. A tração é aplicada<<strong>br</strong> />
pela mão no occipital, que também fornece suporte para a cabeça do paciente.<<strong>br</strong> />
Como a região mentoniana e o queixo recebem o maior impacto da<<strong>br</strong> />
manipulação, pode-se usar uma proteção de borracha ou almofada. Uma forte<<strong>br</strong> />
pressão para baixo é aplicada momentaneamente so<strong>br</strong>e o queixo, não pelo<<strong>br</strong> />
movimento das mãos, mas pela realização da flexão dos joelhos do operador.<<strong>br</strong> />
Esse movimento permite o escorregamento de uma vérte<strong>br</strong>a cervical so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
outra.<<strong>br</strong> />
39
Após a mano<strong>br</strong>a, o paciente é reexaminado.<<strong>br</strong> />
A mobilização foi realizada por 10 vezes e por 3 séries.<<strong>br</strong> />
Figura 4: Deslizamento antero-posterior durante tração<<strong>br</strong> />
Fonte : o autor, 2005.<<strong>br</strong> />
d) Deslizamento lateral (figura 5): O deslizamento lateral serve principalmente<<strong>br</strong> />
para remover qualquer dor residual e conseguir a redução completa. Um<<strong>br</strong> />
assistente segura o tronco do paciente contra o seu próprio para imobilizá-lo.<<strong>br</strong> />
A cabeça é segura na posição neutra. Os polegares do operador (com a unha<<strong>br</strong> />
40
mantida na horizontal) são alinhadas na mandíbula do paciente para manter a<<strong>br</strong> />
cabeça alinhada com o corpo e prevenir a flexão lateral. Não há tração. O<<strong>br</strong> />
operador faz a pressão de um dos lados com um dos polegares e mantém a<<strong>br</strong> />
cabeça do paciente alinhada com o corpo com a contrapressão feita pela<<strong>br</strong> />
eminência tênar da outra mão. O operador faz um balanço do corpo na altura<<strong>br</strong> />
dos quadris, realizando um verdadeiro movimento de deslizamento de um lado<<strong>br</strong> />
para outro e repete várias vezes o movimento lateral de manipulação. Após as<<strong>br</strong> />
mano<strong>br</strong>as, faz-se novo exame. A mobilização foi realizada por 10 vezes e por<<strong>br</strong> />
3 séries.<<strong>br</strong> />
41
Figura 5: Deslizamento lateral<<strong>br</strong> />
Fonte: o autor, 2005.<<strong>br</strong> />
e) Auto-tratamento neural (exercício realizado em casa, figura 6): A paciente fica<<strong>br</strong> />
ao lado da parede, com o mem<strong>br</strong>o superior do lado a ser realizado o tratamento<<strong>br</strong> />
em abdução de aproximadamente 100°, com rotação externa do mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />
superior do lado a ser realizado o tratamento e a cervical com rotação para o<<strong>br</strong> />
lado contralateral ao lado a ser tratado, exercício, modificado de Butler (2003).<<strong>br</strong> />
O volume do exercício de auto-mobilização neural foi 3 séries de 10<<strong>br</strong> />
repetições, com intensidade de sensação de leve estiramento.<<strong>br</strong> />
Figura 6: Auto-tratamento neural<<strong>br</strong> />
Fonte: Butler, (2003)<<strong>br</strong> />
3.5 Procedimento para análise e interpretação de dados<<strong>br</strong> />
Os dados terão uma efetiva interpretação, pois a análise lógica das relações terá<<strong>br</strong> />
um sólido apoio em teorias, e serão comparados com outros estudos, de acordo com Gil<<strong>br</strong> />
(2000).<<strong>br</strong> />
42
A interpretação e análise dos dados foram feitos através da análise descritiva pelo<<strong>br</strong> />
programa Microsoft® Oficce Excel 7.0 com plataforma Windows ME.<<strong>br</strong> />
43
4 RESULTADOS, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS<<strong>br</strong> />
4.1 Descrição do sujeito-participante<<strong>br</strong> />
O sujeito M.G.R.L., sexo feminino, 53 anos, com diagnóstico de<<strong>br</strong> />
cervico<strong>br</strong>aquialgia D, referindo como queixa principal dor na região cervical, om<strong>br</strong>o e <strong>br</strong>aço<<strong>br</strong> />
lado direito, apresentado “dormência” em mem<strong>br</strong>o superior direito.<<strong>br</strong> />
Segundo o sujeito-participante a doença iniciou há aproximadamente 1 ano, não<<strong>br</strong> />
apresentava história pregressa e familiar. Não tomava medicamentos para a patologia, o<<strong>br</strong> />
mesmo apresentou inclinação de cervical à direita e rotação cervical à esquerda. Nos teste<<strong>br</strong> />
isométricos apresentou grau 5 na força muscular bilateral (foi utilizado o sistema de<<strong>br</strong> />
graduação de 0 a 5 de acordo com Kendall (1993)) e apresentou dor leve durante o teste<<strong>br</strong> />
isométrico na flexão de pescoço. Não houve alteração dos reflexos bilaterais e também não<<strong>br</strong> />
apresentou sinal de babinski positivo.<<strong>br</strong> />
4.2 Análise e discussão das variáveis do estudo<<strong>br</strong> />
Nesta sessão são apresentados os dados obtidos através da ficha de avaliação,<<strong>br</strong> />
índice de incapacidade do pescoço, questionário de McGuill e escala análoga da dor (EVA),<<strong>br</strong> />
44
instrumentos aos quais o indivíduo foi submetido pré e pós-intervenção fisioterapêutica.<<strong>br</strong> />
A análise e discussão dos resultados foram realizadas através de estatística<<strong>br</strong> />
descritiva e, para facilitar a visualização dos mesmos, utilizou-se gráficos e tabelas. Os dados<<strong>br</strong> />
foram tabulados após o término da pesquisa. Resultados pós tratamento, relacionado a dor<<strong>br</strong> />
segundo escala análoga da dor (EVA).<<strong>br</strong> />
Gráfico 1- Escala Análoga da Dor<<strong>br</strong> />
Fonte: Pesquisa elaborada pelo autor, (2005).<<strong>br</strong> />
Tabela 1 - Questionário de dor Mcguill pré-tratamento<<strong>br</strong> />
Dor<<strong>br</strong> />
Número de descritores<<strong>br</strong> />
escolhidos<<strong>br</strong> />
Índice de Dor<<strong>br</strong> />
McGuill Sensorial 6 12<<strong>br</strong> />
McGuill Afetivo 3 4<<strong>br</strong> />
McGuill Avaliativo 1 1<<strong>br</strong> />
McGuill Miscelânia 3 5<<strong>br</strong> />
Fonte: Pesquisa elaborada pelo autor, (2005).<<strong>br</strong> />
Tabela 2 - Questionário de dor Mcguill pós-tratamento manipulação<<strong>br</strong> />
Dor<<strong>br</strong> />
Número de descritores<<strong>br</strong> />
escolhidos<<strong>br</strong> />
Índice de Dor<<strong>br</strong> />
McGuill Sensorial 4 5<<strong>br</strong> />
McGuill Afetivo 0 0<<strong>br</strong> />
McGuill Avaliativo 0 0<<strong>br</strong> />
45
McGuill Miscelânia 0 0<<strong>br</strong> />
Fonte: Pesquisa elaborada pelo autor, (2005).<<strong>br</strong> />
Tabela 3 - Questionário de dor Mcguill pós auto-tratamento neural<<strong>br</strong> />
Dor<<strong>br</strong> />
Número de descritores<<strong>br</strong> />
escolhidos<<strong>br</strong> />
Índice de Dor<<strong>br</strong> />
McGuill Sensorial 4 5<<strong>br</strong> />
McGuill Afetivo 0 0<<strong>br</strong> />
McGuill Avaliativo 0 0<<strong>br</strong> />
McGuill Miscelânia 0 0<<strong>br</strong> />
Fonte: Pesquisa elaborada pelo autor, (2005).<<strong>br</strong> />
Em nosso estudo podemos observar conforme gráfico 1 que houve a diminuição<<strong>br</strong> />
de 50% da dor após o tratamento de manipulação da cervical, e sem nenhuma diminuição<<strong>br</strong> />
após o auto-tratamento neural, segundo a EVA. Já segundo tabela 2, do questionário de dor<<strong>br</strong> />
McGuill, houve a redução de 33,3% o número de descritores sensitivos que estão relacionados<<strong>br</strong> />
a efeitos fisiológicos e 100% dos descritores afetivo, avaliativo e miscelânea que estão<<strong>br</strong> />
relacionados com efeitos psicológicos. E também houve redução de 58,3% o índice de dor<<strong>br</strong> />
sensitiva também relacionada a efeitos fisiológicos e no índice de dor afetiva, avaliativa e<<strong>br</strong> />
miscelânea também relacionado a efeitos afetivos, houve redução de 100% após a<<strong>br</strong> />
manipulação verte<strong>br</strong>al, também segundo informações colhidas a paciente relatou que houve<<strong>br</strong> />
diminuição da intensidade dos itens formigamento e dolorida . Já conforme tabela 3, após o<<strong>br</strong> />
auto-tratamento neural não houve mudanças dos resultados assim mostrando sem efeito<<strong>br</strong> />
algum.<<strong>br</strong> />
Segundo Cyriax e Cyriax (2001) uma única manipulação consegue fazer a<<strong>br</strong> />
redução completa da dor, mas na maioria das vezes necessita de duas sessões e a necessidade<<strong>br</strong> />
da quarta é rara. De acordo com Wright, Jull e Sterling (2001, p. 35), estudos prévios<<strong>br</strong> />
demonstram que a terapia manual na coluna verte<strong>br</strong>al tem efeito hipoanalgésico para<<strong>br</strong> />
mecânica nociceptiva e um efeito excitatório no sistema nervoso simpático. Houve uma<<strong>br</strong> />
pequena diminuição da dor com as técnicas manipulativas na cervical, embora a relevância<<strong>br</strong> />
46
clínica deste resultado seja questionável, no entanto demonstra um efeito hipoanalgésico com<<strong>br</strong> />
a terapia manual na coluna verte<strong>br</strong>al.<<strong>br</strong> />
Os resultados de Phillips e Cowell (2002, p. 99) demonstraram que o tratamento<<strong>br</strong> />
da fisioterapia manipulativa e de um protocolo de exercícios realizados em casa, é capaz de<<strong>br</strong> />
produzir efeitos benéficos na dor, incapacidade do pescoço e mobilidade da cervical.<<strong>br</strong> />
No presente estudo a paciente não realizou um dos dias que foi especificado para<<strong>br</strong> />
ela realizar o tratamento auto-neural, pois esqueceu. A indicação de exercícios caseiros não<<strong>br</strong> />
garantem a realização dos mesmos, o que não contribuim para um bom prognóstico.<<strong>br</strong> />
Estudo realizado por Hall, Nagy e Allison (2002, p. 99) demonstraram que houve<<strong>br</strong> />
diminuição da dor segundo a EVA e Mcguill, foram estatisticamente significativos no<<strong>br</strong> />
tratamento de técnicas de mobilização neural e articular.<<strong>br</strong> />
Segundo Vernon et al (1990 apud MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 197-198),<<strong>br</strong> />
Cassidy et at (1992 apud MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 197-198), não há nenhum benefício<<strong>br</strong> />
usando uma única sessão de manipulação na redução da dor. Conforme Koes et al (1991,<<strong>br</strong> />
1992 a-d apud MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 197-198), Koes (1992,1993 apud<<strong>br</strong> />
MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 197-198), a combinação da manipulação com a mobilização<<strong>br</strong> />
não tem benefícios na redução da dor quando comparado com um grupo controle.<<strong>br</strong> />
De acordo com Coutler et al (1996 apud DI FABIO 1999, p. 58), Hurwitz et al<<strong>br</strong> />
(1996 apud DI FABIO 1999, p. 58), Aker et al (1996 apud DI FABIO 1999, p. 58), Vernon<<strong>br</strong> />
(1995 apud DI FABIO 1999, p. 58), várias revisões de literatura mostram a eficácia da<<strong>br</strong> />
manipulação e mobilização cervical. Hurwitz et al (1996 apud DI FABIO 1999, p. 58),<<strong>br</strong> />
concluíram que a manipulação é ligeiramente melhor que a mobilização para pacientes com<<strong>br</strong> />
dor crônica e subaguda no pescoço.<<strong>br</strong> />
Em um estudo de revisão realizado por Hoving et al (2002, p. 133) não houve<<strong>br</strong> />
evidências para o alívio ou melhora da dor com a manipulação e mobilização feitas sozinhas<<strong>br</strong> />
47
ou associadas em até 8 sessões por mais de 3 semanas em comparação ao grupo controle.<<strong>br</strong> />
Quanto à satisfação da paciente ao tratamento, a mesma relata que ficou satisfeita,<<strong>br</strong> />
McCarthy (2001) relata que a técnica de “thrust” produz melhora da dor em curto prazo e<<strong>br</strong> />
produz uma alta satisfação do paciente.<<strong>br</strong> />
No presente estudo conforme gráfico 2, podemos observar que após a<<strong>br</strong> />
manipulação da cervical houve aumento da amplitude de movimento, na extensão houve<<strong>br</strong> />
aumento de 28.9%, na flexão 10%, na inclinação lateral a direita 10%, já para esquerda<<strong>br</strong> />
10,5%, na rotação para direita 5,2%, já para esquerda houve o aumento 2,7%. Após o auto-<<strong>br</strong> />
tratamento neural só houve um aumento em dois movimentos que são o de flexão que<<strong>br</strong> />
aumentou 2,3% e o de rotação para esquerda 1,3%.<<strong>br</strong> />
Podemos observar que o movimento que houve menos ganho de amplitude foi o<<strong>br</strong> />
de rotação a esquerda, no qual ainda podemos correlacionar este com o encurtamento ou<<strong>br</strong> />
retração muscular que a paciente tem de esternocleidomastoideo do lado direito, assim<<strong>br</strong> />
restringindo o movimento para o lado esquerdo.<<strong>br</strong> />
Segundo Bienfait (1999), a compreensão dos encurtamentos e retrações é<<strong>br</strong> />
fundamental em nossa especialidade. Ambos são responsáveis pela maioria dos desequilí<strong>br</strong>ios<<strong>br</strong> />
estáticos, so<strong>br</strong>etudo, pela evolução e fixação desse. São responsáveis pelos desequilí<strong>br</strong>ios e<<strong>br</strong> />
lesões osteopáticas articulares. São responsáveis por praticamente todas as estases tissulares,<<strong>br</strong> />
impedindo a mobilidade da fáscia, também são responsáveis por 70% dos fenômenos de<<strong>br</strong> />
artrose; a densificação do tecido conjuntivo pode facilmente chegar até a calcificação.<<strong>br</strong> />
Conforme Ricard e Sallé (2002), a lesão osteopática corresponde a um<<strong>br</strong> />
ajustamento defeituoso da estrutura que atua como uma causa primária ou uma causa<<strong>br</strong> />
agravante de uma desordem ou de uma doença. A lesão se caracteriza pela perda ou restrição<<strong>br</strong> />
de movimento em uma ou várias articulações; sensibilidade, espasmo ou uma hipertonia dos<<strong>br</strong> />
músculos da região afetada; um desequilí<strong>br</strong>io fundamental dos vasos sangüíneos, dos órgãos e<<strong>br</strong> />
48
glândulas inervadas a partir do segmento lesionado. No segmento em que há a disfunção, a<<strong>br</strong> />
atividade gama é excessiva so<strong>br</strong>e um músculo ou so<strong>br</strong>e um grupo muscular, pois os<<strong>br</strong> />
motoneurônios gama descarregam permanentemente e mantém as fi<strong>br</strong>as intrafusais em um<<strong>br</strong> />
estado de encurtamento crônico.<<strong>br</strong> />
Segundo Gibbons e Tehan (2001, p. 33), o aumento de amplitude da articulação<<strong>br</strong> />
tem sido demonstrado por diversos estudos, reportando que as técnicas de “thrust” estão<<strong>br</strong> />
associadas a um aumento temporário da amplitude de movimento da coluna.<<strong>br</strong> />
Os efeitos a longo prazo das técnicas de “thrust” também têm sido relatados e<<strong>br</strong> />
postulados como oportuno mecanismo reflexo que causa o relaxamento da musculatura e<<strong>br</strong> />
inibição da dor.<<strong>br</strong> />
Gráfico 2 - Amplitude de movimento (ADM)<<strong>br</strong> />
Fonte: Pesquisa elaborada pelo autor, (2005).<<strong>br</strong> />
Conforme os resultados do estudo de Phillips e Cowell (2002, p. 34-35), houve<<strong>br</strong> />
aumento da ADM em todos os movimentos da cervical.<<strong>br</strong> />
Conforme estudo de Wenngren, Johansson e Heikkilä (2000, p. 153), foram<<strong>br</strong> />
observados aumento da ADM ativa após o tratamento manipulativo.<<strong>br</strong> />
Conforme McCarthy (2001, p. 203), as técnicas de “thrust” e teoria do movimento<<strong>br</strong> />
49
combinado diminuem a disfunção espinhal.<<strong>br</strong> />
Tabela 4 - Índice de Incapacidade do Pescoço<<strong>br</strong> />
Índice de Incapacidade do Pescoço<<strong>br</strong> />
Pré tratamento Pós manipulação Pós autotratamento<<strong>br</strong> />
neural<<strong>br</strong> />
Seção 1 2 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 2 1 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 3 1 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 4 2 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 5 3 3 3<<strong>br</strong> />
Seção 6 1 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 7 2 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 8 Não dirige Não dirige Não dirige<<strong>br</strong> />
Seção 9 1 1 1<<strong>br</strong> />
Seção 10 1 1 1<<strong>br</strong> />
Total 14 11 11<<strong>br</strong> />
Escore (em 50): 0-4 nenhuma incapacidade; 5-14 incapacidade <strong>br</strong>anda; 15-24 incapacidade<<strong>br</strong> />
moderada; 25-34 incapacidade grave; >35 incapacidade completa.<<strong>br</strong> />
Fonte: Pesquisa elaborada pelo autor, 2005.<<strong>br</strong> />
Segundo os dados apresentados na tabela 4, a paciente se enquadrava no limite<<strong>br</strong> />
superior da incapacidade <strong>br</strong>anda (14) e após a manipulação diminui três escores, assim saindo<<strong>br</strong> />
do limite superior da incapacidade <strong>br</strong>anda. Podemos observar na tabela que na seção 1 que<<strong>br</strong> />
seria intensidade da dor, seção 4 que seria leitura e seção 7 que seria trabalho, houve redução<<strong>br</strong> />
após manipulação cervical e não houve redução após auto-tratamento neural.<<strong>br</strong> />
A manipulação cervical associada com a manipulação torácica na desordem<<strong>br</strong> />
mecânica do pescoço não mostrou nenhuma evidência no Índice de incapacidade do pescoço,<<strong>br</strong> />
segundo Parkin-Smith e Penter (1997 apud HOVING et al, 2002, p. 143). Nenhuma evidência<<strong>br</strong> />
de diferença no índice de incapacidade do pescoço quando a mobilização foi comparada com<<strong>br</strong> />
a acupuntura que tinha 6 sessões de tratamento de 6 a 24 semanas de follow-up para desordem<<strong>br</strong> />
mecânica do pescoço e desordem associada wiplash subagudas, conforme David et al (1998<<strong>br</strong> />
apud HOVING et al, 2002, p. 143).<<strong>br</strong> />
50
Conforme resultados do estudo de Phillips e Cowell (2002, p. 34), houve redução<<strong>br</strong> />
dos níveis de incapacidade funcional do pescoço na primeira fase do tratamento que seria a<<strong>br</strong> />
manipulação e mobilização, e uma redução mais evidente e estabilização segunda fase do<<strong>br</strong> />
tratamento que seriam exercícios em casa, o qual foi mantido por mais 1 mês de follow-up.<<strong>br</strong> />
De acordo com estudo de Hall, Nagy e Allison (2002, p. 100), o estudo<<strong>br</strong> />
demonstrou melhoras significantes no índice de incapacidade do pescoço, com a utilização de<<strong>br</strong> />
técnicas de mobilização neural e articular.<<strong>br</strong> />
Quando a mobilização é comparado a um grupo controle (NORDEMAR; THORNER, 1981<<strong>br</strong> />
apud MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 198) ao tens e gelo (JENSEN et al 1990 apud<<strong>br</strong> />
MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 198), acupuntura (DAVID et al 1998 apud MCLAUGHLIN et<<strong>br</strong> />
al, 2002, p. 198) a uma única manipulação (VERNON et al 1990 apud MCLAUGHLIN et al,<<strong>br</strong> />
2002, p. 198), (CASSIDY et al 1992 apud MCLAUGHLIN et al, 2002, p. 198) não há<<strong>br</strong> />
diferença na função.<<strong>br</strong> />
51
5 CONSIDERASÇÕES FINAIS<<strong>br</strong> />
Sabe-se hoje em dia, que existem muitas doenças que afetam a coluna verte<strong>br</strong>al, e<<strong>br</strong> />
que uma delas é a cervico<strong>br</strong>aquialgia. Estas doenças causam incapacidades aos acometidos,<<strong>br</strong> />
inclusive afastando-os do trabalho e até mesmo de uma vida social. Isto acaba causando<<strong>br</strong> />
muitos custos à sociedade.<<strong>br</strong> />
Para que se tenha a diminuição dos efeitos destas doenças, utiliza-se a fisioterapia.<<strong>br</strong> />
Ela se trata de uma ciência que utiliza fundamentação sistematicamente estudada e<<strong>br</strong> />
estabelecida através de métodos científicos próprios. Procurou mostrar quais os efeitos de<<strong>br</strong> />
técnicas de terapia manual no quadro clínico da cervico<strong>br</strong>aquialgia. Concluí-se, portanto, que<<strong>br</strong> />
após a aplicação de técnicas fisioterápicas de terapia manual, nos efeitos clínicos da<<strong>br</strong> />
cervico<strong>br</strong>aquialgia:<<strong>br</strong> />
a) Houve diminuição significante na redução da dor após o tratamento proposto.<<strong>br</strong> />
b) Ocorreu o aumento das amplitudes de movimento após o tratamento proposto.<<strong>br</strong> />
c) Foi verificado que a paciente ficou satisfeita quanto ao tratamento.<<strong>br</strong> />
d) Houve a diminuição no escore do índice de incapacidade do pescoço.<<strong>br</strong> />
Com o fim deste trabalho, podemos observar que a aplicação de técnicas de<<strong>br</strong> />
terapia manual têm eficácia, mesmo sendo a sua aplicação em poucas sessões, ou seja,<<strong>br</strong> />
resultados agudos. Para isto sugerimos que novos estudos sejam feitos com uma amostra<<strong>br</strong> />
maior, a aplicação de questionários que mostram a influência psicológica como depressão e<<strong>br</strong> />
52
ansiedade e também com um acompanhamento prospectivo.<<strong>br</strong> />
53
REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />
ADAMS, J. C.; HAMBLEN, D. L. Manual de ortopedia. 11. ed. São Paulo: Artes Médicas,<<strong>br</strong> />
1994. 465 p.<<strong>br</strong> />
ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. 365 p.<<strong>br</strong> />
BIENFAIT, M. Estudo e tratamento do esqueleto fi<strong>br</strong>oso: fáscias e pompages. Tradução<<strong>br</strong> />
Angela Santos. 3. ed. São Paulo: Summus, 1999. 107 p.<<strong>br</strong> />
______ . As bases da fisiologia da terapia manual. São Paulo: Summus, 2000.<<strong>br</strong> />
BUTLER, D. S. Mobilização do sistema nervoso. Tradução Dra Juliana Frare. São Paulo:<<strong>br</strong> />
Manole, 2003, 265 p.<<strong>br</strong> />
CARMO, J. M. de M.; MURILLO, J. E. V.; COSTA, J. R. B. Lesões do plexo <strong>br</strong>aquial:<<strong>br</strong> />
analise do tratamento cirúrgico de 50 casos. Revista Brasileira de Ortopedia.v. 31, n. 4,<<strong>br</strong> />
a<strong>br</strong>il, 1996. p. 10<<strong>br</strong> />
CYRIAX J.H., CYRIAX P.J., Manual ilustrado de medicina ortopédica de cyriax., São<<strong>br</strong> />
Paulo: Manole, 2001.<<strong>br</strong> />
CORRIGAN, B.; MAITLAND, G. D. Prática clínica ortopedia e reumatologia diagnóstico<<strong>br</strong> />
e tratamento. Tradução Edi Gonçalves de Oliveira e Terezinha Oppido. São Paulo: Editorial<<strong>br</strong> />
Premier, 2000, 462 p.<<strong>br</strong> />
DI FABIO, R.P.; Manipulation of the cervical spine: risks and benefits. Revista physical<<strong>br</strong> />
therapy. v.79, n.1, 1999. p. 50-65<<strong>br</strong> />
54
EDMOND, S. L. Manipulação e mobilização: técnicas para mem<strong>br</strong>os e coluna. São Paulo:<<strong>br</strong> />
Manole, 2000. 289 p.<<strong>br</strong> />
ESCOLA DE TERAPIA MANUAL E POSTURAL. Apostila 02: Tóraco-lombar, torácica<<strong>br</strong> />
e costelas, cervical. Produção cientifica: Afonso S. I. Salgado. Londrina: Gráfica Leal, 2004,<<strong>br</strong> />
53 p.<<strong>br</strong> />
EVANS, R.C. Exame Físico Ortopédico Ilustrado. ed. São Paulo: Manole, 2003. 1036 p.<<strong>br</strong> />
GABRIEL, M. R. S.; PETIT, J D.; CARRIL, M. L. de S.. Fisoterapia em traumatologia,<<strong>br</strong> />
ortopedia e reumatologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. 402 p.<<strong>br</strong> />
GIBBONS, P.; TEHAN, P. Spinal Manipulation: indications, risks and benefits. Journal of<<strong>br</strong> />
bodywork and movement therapies. v. 5, n. 2, 2001.p. 110-119<<strong>br</strong> />
GIL, A. C.. Metodologia do ensino superior. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 112 p.<<strong>br</strong> />
______ . Métodos e técnicas de pesquisa social. ed. São Paulo: Atlas, 1995.<<strong>br</strong> />
______ . Técnicas de pesquisa em economia e elaboração de monografias. ed. São Paulo:<<strong>br</strong> />
Atlas, 2000. 217 p.<<strong>br</strong> />
GREVE, J. M. D' A.; AMATUZZI, M. M. Medicina de reabilitação aplicada à ortopedia e<<strong>br</strong> />
traumatologia. São Paulo: Roca, 1999. 444 p.<<strong>br</strong> />
GUELFI, M. D. A influência da mobilização do sistema nervoso em um indivíduo portador<<strong>br</strong> />
siringomiela. Revista terapia manual. v. 2, n. 4, 2004.158-161 p.<<strong>br</strong> />
HALL, T.; NAGY B.M.; ALLISON, G.T. A randomized clinical trial of manual therapy for<<strong>br</strong> />
cervico-<strong>br</strong>achial pain syndrome – a pilot study. Revista manual therapy. v. 7, n. 2, 2002. p.<<strong>br</strong> />
95-102<<strong>br</strong> />
HEBERT, S. K. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 3. ed. Porto Alegre:<<strong>br</strong> />
ARTMED, 2003. 830 p.<<strong>br</strong> />
HOPPENFELD, Stanley; HUTTON, Richard (Col.). Propedêutica ortopédica: coluna e<<strong>br</strong> />
extremidades. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1999. 276 p.<<strong>br</strong> />
55
HOVING, J.; et al. Manual Therapy for neck disordens: a systematic review. Revista manual<<strong>br</strong> />
therapy. v. 7, n. 3, 2002. p. 131-149<<strong>br</strong> />
KAPANDJI, A. I. <strong>Fisio</strong>logia articular: esquemas comentados de mecânica humana. ed. São<<strong>br</strong> />
Paulo: Panamericana; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. v. 3.<<strong>br</strong> />
LENDERMAN, E. Fundamentos da Terapia Manual, <strong>Fisio</strong>logia, Neurologia e Psicologia.<<strong>br</strong> />
São Paulo: Manole, 2001.<<strong>br</strong> />
MAGEE, D. J. Avaliação Musculoesquelética. ed. São Paulo: Manole, 2002. 836 p.<<strong>br</strong> />
MAIGNE, R .Medicina ortopédica: manipulações verte<strong>br</strong>ais, princípio, indicações, contraindicações<<strong>br</strong> />
e técnicas. Rio de Janeiro: Revinter, 1996. 162 p.<<strong>br</strong> />
MCCARTHY, C.J. Spinal manipulative thrust technique using combined movement theory.<<strong>br</strong> />
Revista manual therapy. v. 6, n. 4, 2001. p. 197-204<<strong>br</strong> />
MCLAUGHLIN, L.; et al. Clinical practice guideline on the use of manipulation or<<strong>br</strong> />
mobilization in the treatment of adults with mechanical neck disorders. Revista manual<<strong>br</strong> />
therapy. v. 7, n. 4, 2002. p. 193-205<<strong>br</strong> />
PHILLIPS, D.R.; COWELL, I.M. Effectiveness of manipulative physiotherapy for the<<strong>br</strong> />
treatment of a neurogenic cervico<strong>br</strong>achial pain syndrome: a single case study – experimental<<strong>br</strong> />
design. Revista manual therapy. v. 7, n. 1, 2002. p. 31-38<<strong>br</strong> />
RICARD, F; SALLÉ, J. Tratado de Osteopatia: Teoria e Prática. São Paulo: Ed. Robe;<<strong>br</strong> />
2002.<<strong>br</strong> />
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.<<strong>br</strong> />
120 p.<<strong>br</strong> />
SANTOS, V. R. A influência da mobilização do sistema nervoso na câim<strong>br</strong>a do escrivão.<<strong>br</strong> />
Revista de terapia manual. v. 2, n. 4, 2004. p. 166-171<<strong>br</strong> />
SMITH, L. K.; WEISS, E. L.; LEHMKUHL, L. D. Cinesiologia clínica de <strong>br</strong>unnstrom. ed.<<strong>br</strong> />
São Paulo: Manole, 1997. 538 p.<<strong>br</strong> />
TAUBE, O. L. S. Análise de incidência de distúrbios musculoesqueléticos no trabalho<<strong>br</strong> />
56
dos bibliotecário. Considerações ergonômicos com enfoque preventivo de LER/DORT.<<strong>br</strong> />
2002. 167 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Universidade Federal de<<strong>br</strong> />
Santa Catarina, Santa Catarina, 2002.<<strong>br</strong> />
WENNGREN, B.I.; JOHANSSON, M.; HEIKKLÄ, H. Effects of acunputure, cervical<<strong>br</strong> />
manipulation an NSAID therapy on dizinness and impaired head repositioning of suspected<<strong>br</strong> />
cervical origin: a pilot study. Revista Manual Therapy. v. 5, n. 3, 2000. 1p. 51-157<<strong>br</strong> />
WEINSTEIN, L. S.; BUCKWALTER A. J. Ortopedia de turek princípios e sua aplicação.<<strong>br</strong> />
Tradução Dr. Fernando Gomes do Nascimento. ed. São Paulo: Manole, 2000, 707 p.<<strong>br</strong> />
WHITING, W. C.; ZERNICKE, R. F. Biomecânica da lesão musculoesquelética. Rio de<<strong>br</strong> />
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 251 p.<<strong>br</strong> />
WRIGHT, A.; JULL, G.; STERLING, M. Cervical mobilisation:concurrent effects on pain,<<strong>br</strong> />
sympathetic nervous system activity and motor activity. Revista Manual Therapy. v. 6, n. 2,<<strong>br</strong> />
2001. p. 72-81<<strong>br</strong> />
57
APÊNDICES<<strong>br</strong> />
58
APÊNDICE A - Questionário de satisfação quanto ao tratamento<<strong>br</strong> />
59
APÊNDICE A – Questionário de satisfação quanto ao tratamento<<strong>br</strong> />
O quanto você ficou satisfeito com o tratamento?<<strong>br</strong> />
( ) Insatisfeito<<strong>br</strong> />
( ) Pouco satisfeito<<strong>br</strong> />
( ) Satisfeito<<strong>br</strong> />
( ) Muito satisfeito<<strong>br</strong> />
60
APÊNDICE B - Formulário de Avaliação<<strong>br</strong> />
61
APÊNDICE B - Formulário de Avaliação<<strong>br</strong> />
Nome:___________________________________________Idade:___________________<<strong>br</strong> />
Sexo: _________________________________________Data de nascimento:__________<<strong>br</strong> />
Endereço: _____________________________________Cidade/Bairro:_______________<<strong>br</strong> />
Religião: ______________________________________Raça: ______________________<<strong>br</strong> />
Ocupação:_____________________________________ Médico:____________________<<strong>br</strong> />
Diagnóstico médico:_____________________________Telefone:____________________<<strong>br</strong> />
Exames complementares:_____________________________________________________<<strong>br</strong> />
Queixa principal : ____________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
História da doença atual: ______________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
História da doença pregressa: ___________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
História Familiar: ____________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
Medicamentos: ______________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
INSPEÇÃO CERVICAL:<<strong>br</strong> />
Alinhamento cervical ? Plano Frontal:<<strong>br</strong> />
EXAME FÍSICO<<strong>br</strong> />
ADM´s:<<strong>br</strong> />
Ativa:<<strong>br</strong> />
? Plano Sagital:<<strong>br</strong> />
62
EX ________________________;FL ____________________<<strong>br</strong> />
FL Lat. D __________________; FL Lat. E _______________<<strong>br</strong> />
ROT D ____________________; ROT E _________________<<strong>br</strong> />
Elevação do om<strong>br</strong>o _________; Protusão de om<strong>br</strong>o _________<<strong>br</strong> />
Retração do om<strong>br</strong>o _________; Elevação ativa dos <strong>br</strong>aços _____<<strong>br</strong> />
Obs.: Será mensurado através do Cybex 320 EDI, aparelho que mensura a amplitude de<<strong>br</strong> />
movimento.<<strong>br</strong> />
TESTES ISOMÉTRICOS:<<strong>br</strong> />
DOR GRAU FM<<strong>br</strong> />
FL Pescoço C1-C2<<strong>br</strong> />
FL Lat Pescoço C3<<strong>br</strong> />
Elevação dos om<strong>br</strong>os C3<<strong>br</strong> />
ABD om<strong>br</strong>o C5<<strong>br</strong> />
EX Punho C6<<strong>br</strong> />
FL Punho e EX dedos C7<<strong>br</strong> />
FL Dedos C8<<strong>br</strong> />
Extensão do pescoço<<strong>br</strong> />
Rotação do pescoço<<strong>br</strong> />
Adução de om<strong>br</strong>o c7<<strong>br</strong> />
Rotação externa c5<<strong>br</strong> />
Rotação interna<<strong>br</strong> />
Flexão de cúbito c5 ou c6<<strong>br</strong> />
Extensão de cúbito c7<<strong>br</strong> />
Desvio ulnar e radial c8<<strong>br</strong> />
Extensão do polegar c8<<strong>br</strong> />
Abdução do polegar c8<<strong>br</strong> />
Adução de dedos t1<<strong>br</strong> />
Reflexo <strong>br</strong>aquioradial C5<<strong>br</strong> />
Reflexo bicipital C5 ou C6<<strong>br</strong> />
Reflexo tricipital C7<<strong>br</strong> />
Sinal de Babinski<<strong>br</strong> />
Teste de Klein: ? Positivo ? Negativo<<strong>br</strong> />
Teste de Jackson<<strong>br</strong> />
Teste de Wrighit<<strong>br</strong> />
Teste de Éden<<strong>br</strong> />
Teste de Adson<<strong>br</strong> />
Escala Análoga visual da Dor: ____________________________________________.<<strong>br</strong> />
Índice de incapacidade do pescoço: _______________________________________.<<strong>br</strong> />
63
ANEXOS<<strong>br</strong> />
64
ANEXO A - Escala Análoga Visual de Dor<<strong>br</strong> />
65
ANEXO A – Escala Análoga Visual de Dor<<strong>br</strong> />
1 ____________________________________________________ 10<<strong>br</strong> />
Obs.: Sendo que 1 não tem nenhuma dor e 10 é uma dor insuportável.<<strong>br</strong> />
Fonte: Magee, (2002).<<strong>br</strong> />
66
ANEXO B - Indice de incapacidade do pescoço<<strong>br</strong> />
67
Seção I – Intensidade da Dor<<strong>br</strong> />
( ) Não tenho nenhuma dor no momento. (0)<<strong>br</strong> />
( ) A dor é muito <strong>br</strong>anda no momento. (1)<<strong>br</strong> />
( ) A dor é moderada no momento. (2)<<strong>br</strong> />
( ) A dor é intensa no momento. (3)<<strong>br</strong> />
( ) A dor é muito intensa no momento. (4)<<strong>br</strong> />
( ) A dor é a pior imaginável no momento. (5)<<strong>br</strong> />
Seção 2 – Cuidado Pessoal (Lavar-se,<<strong>br</strong> />
Vestir-se, etc.)<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de cuidar de mim normalmente,<<strong>br</strong> />
sem causar dor extra. (0)<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de cuidar de mim normalmente,<<strong>br</strong> />
mas causa dor extra. (1)<<strong>br</strong> />
( ) É doloroso cuidar de mim e sou lento e<<strong>br</strong> />
cuidadoso. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Necessito de alguma ajuda, mas realizo a<<strong>br</strong> />
maior parte do meu cuidado pessoal. (3)<<strong>br</strong> />
( ) necessito ajuda todo dia na maioria dos<<strong>br</strong> />
aspectos de cuidado pessoal. (4)<<strong>br</strong> />
( ) Não me visto, lavo-me com dificuldade e<<strong>br</strong> />
fico na cama. (5)<<strong>br</strong> />
Seção 3 – Levantamento<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de levantar bastante peso sem dor<<strong>br</strong> />
extra. (0)<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de levanta bastante peso, mas<<strong>br</strong> />
causa dor extra. (1)<<strong>br</strong> />
( ) A dor me impede de levantar muito peso do<<strong>br</strong> />
solo, mas consigo desempenhar-me se estiverem<<strong>br</strong> />
convenientemente posicionados, por exemplo<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e uma mesa. (2)<<strong>br</strong> />
( ) A dor me impede de levantar muito peso, mas<<strong>br</strong> />
sou capaz de lidar com pesos leves a médios, se<<strong>br</strong> />
estiverem convenientemente posicionados. (3)<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de levantar pesos muito leves.<<strong>br</strong> />
(4)<<strong>br</strong> />
( ) Não consigo levantar ou carregar<<strong>br</strong> />
absolutamente nada. (5)<<strong>br</strong> />
Seção 4 – Leitura<<strong>br</strong> />
( ) Posso ler o quanto quiser sem nenhuma dor<<strong>br</strong> />
no meu pescoço. (0)<<strong>br</strong> />
( ) Posso ler o quanto quiser com dor leve no<<strong>br</strong> />
meu pescoço. (1)<<strong>br</strong> />
( ) Posso ler o quanto quiser com dor moderada<<strong>br</strong> />
no meu pescoço. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Não posso ler o quanto quiser por causa da<<strong>br</strong> />
dor moderada no meu pescoço. (3)<<strong>br</strong> />
( ) Para mim é difícil ler alguma coisa, por causa<<strong>br</strong> />
da intensa dor no meu pescoço. (4)<<strong>br</strong> />
( ) Não posso ler absolutamente nada. (5)<<strong>br</strong> />
ANEXO B<<strong>br</strong> />
ÍNDICE DE INCAPACIDADE DO PESCOÇO<<strong>br</strong> />
Seção 5- dores de cabeça<<strong>br</strong> />
( ) Não tenho dor de cabeça absolutamente. (0)<<strong>br</strong> />
( )Tenho dores de cabeça leves que vêm<<strong>br</strong> />
infreqüentemente. (1)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho dores de cabeça moderadas que vêm<<strong>br</strong> />
infreqüentemente. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho dores de cabeça moderadas que vêm<<strong>br</strong> />
freqüentemente. (3)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho dores de cabeça fortes que vêm<<strong>br</strong> />
freqüentemente. (4)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho dores de cabeça quase todo o tempo.<<strong>br</strong> />
(5)<<strong>br</strong> />
Seção 6- Concentração<<strong>br</strong> />
( )Sou capaz de concentrar-me completamente,<<strong>br</strong> />
quando quero, sem nenhuma dificuldade. (0)<<strong>br</strong> />
( )Sou capaz de concentrar-me completamente,<<strong>br</strong> />
quando quero, com leve dificuldade. (1)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho um grau regular de dificuldade para me<<strong>br</strong> />
concentrar quando quero. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho bastante dificuldade em concentrar-me<<strong>br</strong> />
quando quero. (3)<<strong>br</strong> />
( ) Tenho muita dificuldade em concentrar-me<<strong>br</strong> />
quando quero. (4)<<strong>br</strong> />
( ) Não consigo concentrar-me absolutamente.<<strong>br</strong> />
(5)<<strong>br</strong> />
Seção 7 – Trabalho<<strong>br</strong> />
( ) Posso fazer tanto trabalho quanto queira. (0)<<strong>br</strong> />
( ) Posso fazer meu trabalho habitual, mas não<<strong>br</strong> />
mais. (1)<<strong>br</strong> />
( ) Posso fazer a maior parte do meu trabalho<<strong>br</strong> />
habitual, mas não mais. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Não posso fazer o meu trabalho habitual. (3)<<strong>br</strong> />
( )Tenho dificuldade em fazer qualquer trabalho.<<strong>br</strong> />
(4)<<strong>br</strong> />
( )Não posso fazer nenhum trabalho<<strong>br</strong> />
absolutamente. (5)<<strong>br</strong> />
Seção 8 – Dirigir<<strong>br</strong> />
( ) Posso dirigir meu carro sem dor no pescoço.<<strong>br</strong> />
(0)<<strong>br</strong> />
( ) Posso dirigir meu carro o quanto quiser com<<strong>br</strong> />
dor leve no pescoço. (1)<<strong>br</strong> />
( ) Posso dirigir meu carro o quanto quiser com<<strong>br</strong> />
dor moderada no pescoço. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Não posso dirigir tanto o quiser com dor<<strong>br</strong> />
moderada no pescoço. (3)<<strong>br</strong> />
( ) Dificilmente posso dirigir, por causa da dor<<strong>br</strong> />
intensa no pescoço. (4)<<strong>br</strong> />
( ) Não posso dirigir meu carro absolutamente.<<strong>br</strong> />
(5)<<strong>br</strong> />
68
Seção 9 – Dormir<<strong>br</strong> />
( ) Não tenho dificuldade em dormir. (0)<<strong>br</strong> />
( ) meu sono é levemente perturbado (menos de<<strong>br</strong> />
1h insone). (1)<<strong>br</strong> />
( ) Meu sono é <strong>br</strong>andamente perturbado (1-2h<<strong>br</strong> />
insone). (2)<<strong>br</strong> />
( ) meu sono é moderadamente perturbado (2-3h<<strong>br</strong> />
insone). (3)<<strong>br</strong> />
( ) Meu sono é muito perturbado (3-5h insone).<<strong>br</strong> />
(4)<<strong>br</strong> />
( ) Meu sono é completamente perturbado (5-7h<<strong>br</strong> />
insone). (5)<<strong>br</strong> />
Escore (em 50):<<strong>br</strong> />
0-4 nenhuma incapacidade<<strong>br</strong> />
5-14 incapacidade <strong>br</strong>anda<<strong>br</strong> />
15-24 incapacidade moderada<<strong>br</strong> />
25-34 incapacidade grave<<strong>br</strong> />
>35 incapacidade completa<<strong>br</strong> />
Fonte: Magee (2002).<<strong>br</strong> />
Seção 10 – Recreação<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de realizar todas as minhas<<strong>br</strong> />
atividades de recreação sem nenhuma dor no<<strong>br</strong> />
pescoço absolutamente.(0)<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de realizar todas as minhas<<strong>br</strong> />
atividades de recreação com alguma dor no<<strong>br</strong> />
pescoço. (1)<<strong>br</strong> />
( )Sou capaz de realizar a maioria, mas não<<strong>br</strong> />
todas, as minhas atividades usuais de recreação,<<strong>br</strong> />
por causa da dor no pescoço. (2)<<strong>br</strong> />
( ) Sou capaz de realizar apenas algumas das<<strong>br</strong> />
minhas atividades usuais de recreação, por causa<<strong>br</strong> />
da dor no pescoço. (3)<<strong>br</strong> />
( ) Dificilmente posso realizar quaisquer<<strong>br</strong> />
atividades de recreação, por causa da dor no<<strong>br</strong> />
pescoço. (4)<<strong>br</strong> />
( ) Não posso realizar qualquer atividade de<<strong>br</strong> />
recreação absolutamente. (5)<<strong>br</strong> />
69
ANEXO C - Termo de consentimento livre e esclarecido<<strong>br</strong> />
70
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA<<strong>br</strong> />
COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL<<strong>br</strong> />
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<<strong>br</strong> />
Observações:<<strong>br</strong> />
1. Preencha na linguagem coloquial do sujeito e/ou paciente a ser pesquisado.<<strong>br</strong> />
2. Em caso de pessoas legalmente não autônomas ou com capacidade de decisão diminuída,<<strong>br</strong> />
este termo de consentimento deve ser assinado pelo seu responsável legal.<<strong>br</strong> />
Gostaria de obter todas as<<strong>br</strong> />
informações so<strong>br</strong>e este estudo:<<strong>br</strong> />
a- tempo que terei de ficar<<strong>br</strong> />
disponível;<<strong>br</strong> />
b- quantas sessões serão necessárias<<strong>br</strong> />
(com dia e horário previamente<<strong>br</strong> />
marcados);<<strong>br</strong> />
c- detalhes so<strong>br</strong>e todos os<<strong>br</strong> />
procedimentos (testes, tratamentos,<<strong>br</strong> />
exercícios, etc.);<<strong>br</strong> />
d- local onde será realizado;<<strong>br</strong> />
e- equipamentos ou instrumentos<<strong>br</strong> />
que serão utilizados;<<strong>br</strong> />
f- se preciso vestir alguma roupa ou<<strong>br</strong> />
sapato apropriado;<<strong>br</strong> />
e quaisquer outras informações<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e o procedimento do estudo a<<strong>br</strong> />
ser realizado em mim.<<strong>br</strong> />
Quais as medidas a serem obtidas?<<strong>br</strong> />
Quais os riscos e desconfortos que<<strong>br</strong> />
podem ocorrer?<<strong>br</strong> />
Quais os meus benefícios e<<strong>br</strong> />
vantagens em fazer parte deste<<strong>br</strong> />
estudo?<<strong>br</strong> />
Quais as pessoas que estarão me<<strong>br</strong> />
acompanhando durante os<<strong>br</strong> />
procedimentos práticos deste<<strong>br</strong> />
estudo?<<strong>br</strong> />
Existe algum questionário que<<strong>br</strong> />
preciso preencher? Sou o<strong>br</strong>igado a<<strong>br</strong> />
71
esponder a todas as perguntas?<<strong>br</strong> />
PESSOA PARA CONTATO:<<strong>br</strong> />
Prof. Aderbal Silva Aguiar Jr<<strong>br</strong> />
(pesquisador responsável)<<strong>br</strong> />
NÚMERO DO TELEFONE:<<strong>br</strong> />
(48) 9986-8070<<strong>br</strong> />
ENDEREÇO:<<strong>br</strong> />
R Simeão E Menezes 68 Tubarão-SC<<strong>br</strong> />
TERMO DE CONSENTIMENTO<<strong>br</strong> />
Declaro que fui informado so<strong>br</strong>e todos os procedimentos da pesquisa e que recebi, de<<strong>br</strong> />
forma clara e objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que todos os dados a<<strong>br</strong> />
meu respeito serão sigilosos. Eu compreendo que neste estudo as medições dos<<strong>br</strong> />
experimentos/procedimentos de tratamento serão feitas em mim.<<strong>br</strong> />
Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.<<strong>br</strong> />
Nome por extenso :<<strong>br</strong> />
RG :<<strong>br</strong> />
Local e Data:<<strong>br</strong> />
Assinatura:<<strong>br</strong> />
Adaptado de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2)<<strong>br</strong> />
Comitê de Ética em pesquisa - CEFID - Udesc, Florianópolis, BR.<<strong>br</strong> />
72
ANEXO D - Questionário de McGuil adaptado para língua portuguesa<<strong>br</strong> />
73
Questionário de Dor de McGuill adaptado para língua portuguesa<<strong>br</strong> />
Pcte: _____________________________________ Data: __________ Hora: __________<<strong>br</strong> />
1-10 Grupos Dimensionais<<strong>br</strong> />
1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />
1. Vi<strong>br</strong>ação.<<strong>br</strong> />
2. Remor.<<strong>br</strong> />
3. Pulsante.<<strong>br</strong> />
4. Latejante.<<strong>br</strong> />
5. Como batida.<<strong>br</strong> />
6. Como<<strong>br</strong> />
pancada.<<strong>br</strong> />
1. Pontada.<<strong>br</strong> />
2. Choque.<<strong>br</strong> />
3. Tiro.<<strong>br</strong> />
1. Agulhada.<<strong>br</strong> />
2. Perfurante.<<strong>br</strong> />
3. Facada.<<strong>br</strong> />
4. Punhalada.<<strong>br</strong> />
5. Em lança.<<strong>br</strong> />
1. Fina.<<strong>br</strong> />
2. Cortante.<<strong>br</strong> />
3. Estraçalha.<<strong>br</strong> />
6 7 8 9 10<<strong>br</strong> />
1. Fisgada.<<strong>br</strong> />
2. Puxão.<<strong>br</strong> />
3. Em torção.<<strong>br</strong> />
11-15 Dimensão sensitiva<<strong>br</strong> />
1. Em calor.<<strong>br</strong> />
2. Queimação.<<strong>br</strong> />
3. Fervente.<<strong>br</strong> />
4. Em <strong>br</strong>asa.<<strong>br</strong> />
1. Formigamento.<<strong>br</strong> />
2. Coceira.<<strong>br</strong> />
3. Andor.<<strong>br</strong> />
4. Ferroada.<<strong>br</strong> />
1. Mal localizada.<<strong>br</strong> />
2. Dolorida.<<strong>br</strong> />
3. Machucada.<<strong>br</strong> />
4. Doída.<<strong>br</strong> />
5. Pesada.<<strong>br</strong> />
11 12 13 14 15<<strong>br</strong> />
1. Cansativa.<<strong>br</strong> />
2. Exaustiva.<<strong>br</strong> />
16 Dimensão Avaliativa<<strong>br</strong> />
16<<strong>br</strong> />
1. Chata.<<strong>br</strong> />
2. Que incomoda.<<strong>br</strong> />
3. Desgastante.<<strong>br</strong> />
4. Forte.<<strong>br</strong> />
5. Insuportável<<strong>br</strong> />
17-20 Miscelânea<<strong>br</strong> />
1. Enjoada.<<strong>br</strong> />
2. Sufocante.<<strong>br</strong> />
1. Castigante.<<strong>br</strong> />
2. Atormenta.<<strong>br</strong> />
3. Cruel.<<strong>br</strong> />
17 18 19 20<<strong>br</strong> />
1. Espalha.<<strong>br</strong> />
2. Irradia.<<strong>br</strong> />
3. Penetra.<<strong>br</strong> />
4. Atravessa.<<strong>br</strong> />
1. Aperta.<<strong>br</strong> />
2. Adormece.<<strong>br</strong> />
3. Repuxa.<<strong>br</strong> />
4. Espreme.<<strong>br</strong> />
5. Rasga.<<strong>br</strong> />
1. Fria.<<strong>br</strong> />
2. Gelada.<<strong>br</strong> />
3. Congelante.<<strong>br</strong> />
1. Amendrotadora.<<strong>br</strong> />
2. Apavorante.<<strong>br</strong> />
3. Aterrorizante.<<strong>br</strong> />
4. Maldita.<<strong>br</strong> />
5. Mortal.<<strong>br</strong> />
1. Aborrecida.<<strong>br</strong> />
2. Dá náusea.<<strong>br</strong> />
3. Agonizante.<<strong>br</strong> />
4. Pavorosa.<<strong>br</strong> />
5. Torturante.<<strong>br</strong> />
Nº descritores escolhidos Índice de Dor<<strong>br</strong> />
Sensorial 1-10 Sensorial 1-10<<strong>br</strong> />
Afetivo 11-15 Afetivo 11-15<<strong>br</strong> />
Avaliativo 16 Avaliativo 16<<strong>br</strong> />
Miscelânea 17-20 Miscelânea 17-20<<strong>br</strong> />
Total: Total:<<strong>br</strong> />
1. Beliscão.<<strong>br</strong> />
2. Aperto.<<strong>br</strong> />
3. Mordida.<<strong>br</strong> />
4. Cólica.<<strong>br</strong> />
5. Esmagamento.<<strong>br</strong> />
1. Sensível.<<strong>br</strong> />
2. Esticada.<<strong>br</strong> />
3. Esfolante.<<strong>br</strong> />
4. Rachada.<<strong>br</strong> />
74<<strong>br</strong> />
1. Miserável.<<strong>br</strong> />
2. Enlouquecedora.<<strong>br</strong> />
Conclusão:<<strong>br</strong> />
_____________________________________________________________________<<strong>br</strong> />
Fonte: Magge, (2002).