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Síndrome de Aicardi – Um estudo de revisão - Fisio-tb.unisul.br ...

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<strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> <strong>–</strong> <strong>Um</strong> <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>revisão</strong><<strong>br</strong> />

Ediane Macari dos Santos I ; Dayane Montemezzo II<<strong>br</strong> />

I Acadêmica do curso <strong>de</strong> <strong>Fisio</strong>terapia da Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina <strong>–</strong> UNISUL campus Tubarão-SC.<<strong>br</strong> />

II Professora do curso <strong>de</strong> <strong>Fisio</strong>terapia da Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina <strong>–</strong> UNISUL campus Tubarão-SC.<<strong>br</strong> />

___________________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Resumo<<strong>br</strong> />

Objetivo: i<strong>de</strong>ntificar a média <strong>de</strong> so<strong>br</strong>evida dos portadores <strong>de</strong>sta síndrome, bem como analisar suas<<strong>br</strong> />

características neuromotoras, <strong>de</strong>screver-se-á também <strong>de</strong> que maneira a assistência fisioterapêutica<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>ria auxiliar portadores <strong>de</strong>sta disfunção.<<strong>br</strong> />

Materiais e métodos: livros técnicos, base <strong>de</strong> dados “bireme”, “scielo”, “lilacs”, “medline”,<<strong>br</strong> />

“pubmed”, “medlineplus”.<<strong>br</strong> />

Síntese dos dados: A <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> (SA) foi i<strong>de</strong>ntificada pela primeira vez pelo<<strong>br</strong> />

neurologista francês Jean <strong>Aicardi</strong> e colaboradores em 1965. Trata-se <strong>de</strong> uma síndrome rara, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

etiologia <strong>de</strong>sconhecida. Seus achados característicos incluem espasmos infantis, agenesia <strong>de</strong> corpo<<strong>br</strong> />

caloso e lacunas coriorretinianas o que caracteriza a chamada “tría<strong>de</strong> característica” e po<strong>de</strong>m estar<<strong>br</strong> />

associadas a outros achados. O número <strong>de</strong> casos i<strong>de</strong>ntificados <strong>de</strong> crianças com esta síndrome é<<strong>br</strong> />

difícil <strong>de</strong> calcular precisamente, porém, estima-se pouco mais <strong>de</strong> 400 casos reconhecidos e cerca <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

200 casos publicados no mundo, fator este que caracteriza a SA como uma doença rara. O<<strong>br</strong> />

diagnóstico é estabelecido quando a tría<strong>de</strong> característica faz-se presente. O prognóstico é ruim<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vido às crises epiléticas e retardamento intelectual acentuado. O tratamento da SA é baseado em<<strong>br</strong> />

agentes antiepiléticos, fisioterapia e medidas gerais para tentar limitar a inaptidão severa.<<strong>br</strong> />

Conclusão: A média <strong>de</strong> so<strong>br</strong>evida <strong>de</strong> seus portadores é até os 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sendo que a maioria<<strong>br</strong> />

dos vão a óbito por complicações pulmonares. A assistência fisioterapêutica auxiliaria através <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um trabalho <strong>de</strong> estimulação precoce, pois este é um atendimento especializado que atua na<<strong>br</strong> />

prevenção <strong>de</strong> problemas do <strong>de</strong>senvolvimento global.<<strong>br</strong> />

Palavras-chave: <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> aicardi, tría<strong>de</strong> característica, aicardi syndrome, agenesia <strong>de</strong> corpo<<strong>br</strong> />

caloso.<<strong>br</strong> />

___________________________________________________________________________


Introdução<<strong>br</strong> />

A <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> foi <strong>de</strong>scrita pela primeira vez por Jean <strong>Aicardi</strong> et al (1965),<<strong>br</strong> />

motivo pelo qual esta síndrome leva seu nome. Foi relatada como um conjunto <strong>de</strong> sintomas<<strong>br</strong> />

constituído por espasmos infantis, agenesia do corpo caloso e <strong>de</strong>feitos lacunares da corói<strong>de</strong>, sendo<<strong>br</strong> />

que todos os indivíduos acometidos pertenciam ao gênero feminino. Acredita-se que esta síndrome<<strong>br</strong> />

tenha herança dominante ligada ao X, sendo letal em indivíduos do gênero masculino ainda nos<<strong>br</strong> />

primeiros meses <strong>de</strong> gestação.<<strong>br</strong> />

A primeira manifestação da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> são geralmente os espasmos infantis,<<strong>br</strong> />

apresentando-se clinicamente por rápidas contrações musculares, com hiperextensão <strong>de</strong> tronco e<<strong>br</strong> />

mem<strong>br</strong>os superiores, po<strong>de</strong>ndo ocorrer vários episódios durante o dia. As associações mais comuns<<strong>br</strong> />

são as malformações verte<strong>br</strong>ais, da coluna verte<strong>br</strong>al e <strong>de</strong> costelas, como por exemplo, vérte<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />

fundidas, espinha bífida, escoliose, costelas bifurcada, adicional ou ausente [2].<<strong>br</strong> />

Este trabalho tem por objetivos i<strong>de</strong>ntificar a média <strong>de</strong> so<strong>br</strong>evida dos portadores <strong>de</strong>sta<<strong>br</strong> />

síndrome, bem como analisar suas características neuromotoras. Além disso, <strong>de</strong>screver-se-á<<strong>br</strong> />

também <strong>de</strong> que maneira a assistência fisioterapêutica po<strong>de</strong>ria auxiliar portadores <strong>de</strong>sta disfunção.<<strong>br</strong> />

Materiais e métodos<<strong>br</strong> />

Para a realização <strong>de</strong>sta pesquisa, foram utilizadas referências disponíveis na biblioteca da<<strong>br</strong> />

Universida<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong> Santa Catarina (UNISUL), além <strong>de</strong> artigos científicos disponíveis em<<strong>br</strong> />

bancos <strong>de</strong> dados na Internet. Os artigos que foram pesquisados através <strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> dados na<<strong>br</strong> />

Internet foram extraídos dos sites “bireme”, “scielo”, “lilacs”, “medline”, “pubmed”,<<strong>br</strong> />

“medlineplus”.<<strong>br</strong> />

A consulta <strong>de</strong> artigos nesses bancos <strong>de</strong> dados foi realizada no período <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> a<strong>br</strong>il a 31 <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

agosto <strong>de</strong> 2006, sendo que os mesmos foram publicados no período <strong>de</strong> 1965 a 2006. Utilizaram-se<<strong>br</strong> />

como palavras-chave: “aicardi syndrome”, “síndrome <strong>de</strong> aicardi”, “epilepsia”, “retardo mental”,<<strong>br</strong> />

“espasmos infantis”, “agenesia <strong>de</strong> corpo caloso”, “anormalida<strong>de</strong>s do olho”.<<strong>br</strong> />

Os livros foram pesquisados através do sistema <strong>de</strong> busca da biblioteca da Universida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

Sul <strong>de</strong> Santa Catarina <strong>–</strong> UNISUL. Os registros são <strong>de</strong> bibliografias publicadas no período <strong>de</strong> 1989 a<<strong>br</strong> />

2005. Para a consulta, utilizaram-se as seguintes palavras-chave: “fisioterapia pediátrica”,<<strong>br</strong> />

“pediatria”, “fisioterapia em pediatria”.


<strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong><<strong>br</strong> />

A <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> foi i<strong>de</strong>ntificada pela primeira vez pelo neurologista francês Jean<<strong>br</strong> />

<strong>Aicardi</strong> et al, em 1965, que na ocasião <strong>de</strong>screveram oito casos <strong>de</strong> crianças, todas do gênero<<strong>br</strong> />

feminino, com espasmos infantis, agenesia total ou parcial <strong>de</strong> corpo caloso e lacunas<<strong>br</strong> />

coriorretinianas.<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rando que todos os casos relatados pertenciam ao gênero feminino, acredita-se que<<strong>br</strong> />

esta síndrome tenha herança dominante ligada ao cromossomo X, apresentando-se na forma<<strong>br</strong> />

heterozigótica em indivíduos do gênero feminino e letal em indivíduos do gênero masculino ainda<<strong>br</strong> />

nos primeiros meses <strong>de</strong> gestação [3].<<strong>br</strong> />

Por ser esporádica, tem sido consi<strong>de</strong>rada uma nova mutação do <strong>br</strong>aço curto do cromossomo<<strong>br</strong> />

X. Devido ao fato <strong>de</strong> todos os casos <strong>de</strong>scritos não possuírem história familiar, supõe-se que sejam<<strong>br</strong> />

resultantes <strong>de</strong> mutações novas e o risco <strong>de</strong> um novo caso em futuras gestações seria raro igual ao<<strong>br</strong> />

risco <strong>de</strong> uma nova mutação [4].<<strong>br</strong> />

A <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> vários <strong>de</strong>feitos genéticos em portadores <strong>de</strong> agenesia <strong>de</strong> corpo caloso<<strong>br</strong> />

associada a outras anomalias torna possível a etiologia genética para a síndrome. Os autores<<strong>br</strong> />

acreditam que ocorra sempre uma mutação gênica, na qual um traço dominante ligado ao<<strong>br</strong> />

cromossomo X seria o responsável pela transmissão. A ocorrência exclusiva em crianças do gênero<<strong>br</strong> />

feminino po<strong>de</strong> ser explicada pela atenuação do gen responsável pela doença pelo seu alelo normal,<<strong>br</strong> />

causando quadro mais grave nos indivíduos ditos hemizigotos. Acrescentam ainda que, os<<strong>br</strong> />

portadores do gênero masculino apresentam forma letal da doença, que ocorre ainda no início do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento em<strong>br</strong>ionário. Esta explicação justificaria a ocorrência <strong>de</strong>sta síndrome num único<<strong>br</strong> />

caso relatado na literatura, no gênero masculino com <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> Klinefelter associada[5].<<strong>br</strong> />

Outra possível causa sugerida além <strong>de</strong>sta apresentada pela maioria dos <strong>estudo</strong>s, seria <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

etiologia infecciosa [6].<<strong>br</strong> />

Os achados característicos da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> incluem espasmos infantis, agenesia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

corpo caloso e lacunas da coriorretinianas o que caracteriza a chamada “tría<strong>de</strong> característica” e<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m estar associadas a outros achados [2, 7].<<strong>br</strong> />

Os espasmos infantis são normalmente a primeira manifestação da doença, com rápidas<<strong>br</strong> />

contrações musculares e hiperextensão <strong>de</strong> tronco e mem<strong>br</strong>os superiores, po<strong>de</strong>ndo ocorrer vários<<strong>br</strong> />

episódios durante o dia. As associações mais comuns são as malformações verte<strong>br</strong>ais, da coluna e<<strong>br</strong> />

das costelas, como por exemplo: vérte<strong>br</strong>as fundidas, espinha bífida, escoliose, costelas bifurcada,<<strong>br</strong> />

adicional ou ausente [2].<<strong>br</strong> />

Os espasmos infantis são freqüentemente assimétricos. Seu aparecimento é precoce, sendo<<strong>br</strong> />

por volta do terceiro ou quarto mês. Relatando ainda que anormalida<strong>de</strong>s neurológicas po<strong>de</strong>m estar


presentes, sendo que as mais freqüentes são hemiparesia ou hemiplegia no lado predominante dos<<strong>br</strong> />

espasmos infantis, relatando também que um grau <strong>de</strong> microcefalia po<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver, porém a<<strong>br</strong> />

circunferência da cabeça ao nascimento é normal [8].<<strong>br</strong> />

A agenesia <strong>de</strong> corpo caloso (fig. 1) é uma malformação que po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> forma completa<<strong>br</strong> />

ou parcial, cujo aparecimento supõe alterações do <strong>de</strong>senvolvimento em<strong>br</strong>ionário entre os segundo e<<strong>br</strong> />

terceiro meses <strong>de</strong> gestação. Clinicamente, se manifesta mediante três gran<strong>de</strong>s sintomas: retardo<<strong>br</strong> />

mental, alterações motoras e manifestações convulsivas. Em algumas ocasiões po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma assintomática, sendo achado tomográfico aci<strong>de</strong>ntal ou <strong>de</strong> necropsia [5].<<strong>br</strong> />

Figura 1: Ressonância magnética evi<strong>de</strong>nciando agenesia total<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> corpo caloso. Fonte: Chau et al (2004).<<strong>br</strong> />

As lacunas coriorretinianas (fig. 2) consistem em áreas redondas, hipopigmentadas, não<<strong>br</strong> />

elevadas, <strong>de</strong> tamanhos e localizações variáveis. Estas lesões são <strong>de</strong>scritas como “fendas” no epitélio<<strong>br</strong> />

pigmentar da retina, que assumem coloração <strong>br</strong>anca ou amarelada, circulares, bem <strong>de</strong>finidas, com<<strong>br</strong> />

pigmentação mínima <strong>de</strong> suas bordas, variando em tamanho <strong>de</strong> 0,1 a 20 diâmetros papilares.<<strong>br</strong> />

Usualmente são bilaterais e com freqüência distribuída simetricamente. Em geral as lesões estão<<strong>br</strong> />

agrupadas em torno do disco óptico e diminuem em tamanho e número quando se esten<strong>de</strong>m para a<<strong>br</strong> />

periferia [7, 9, 4, 3].<<strong>br</strong> />

Figura 2: Lacunas coriorretinianas em olho direito.<<strong>br</strong> />

Fonte: Zacharias et al (2003).


Os mesmos estudiosos acrescentam ainda que a lesão é restrita à camada da corói<strong>de</strong>, com<<strong>br</strong> />

aparente manutenção da retina. O <strong>estudo</strong> histológico confirma que o epitélio da retina se encontra<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>spigmentado, porém intacto, e a corói<strong>de</strong> mostra atrofia grosseira. A ausência <strong>de</strong> pigmentos <strong>de</strong>ntro<<strong>br</strong> />

das lacunas coriorretinianas auxilia no diagnóstico diferencial com coriorretinites infecciosas. As<<strong>br</strong> />

lacunas coriorretinianas já foram <strong>de</strong>scritas em associação com outras doenças raras, incluindo a<<strong>br</strong> />

síndrome da banda amniótica, a síndrome oro-digital-facial tipo VIII e numa forma dominante rara<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> microcefalia.<<strong>br</strong> />

Incidência e prevalência da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong><<strong>br</strong> />

Embora Bastos et al (2001) apontam que a prevalência é <strong>de</strong>sconhecida <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

no diagnóstico, mesmo por parte <strong>de</strong> neurologistas e oftalmologistas, Hopers et al (1982 apud<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>aham et al, 1986) afirmam que a incidência da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> é estimada em um caso para<<strong>br</strong> />

cada <strong>de</strong>z mil a cem mil crianças.<<strong>br</strong> />

De acordo com <strong>Aicardi</strong> (2005) e Banerjee et al (2006), mais <strong>de</strong> 400 casos são conhecidos e<<strong>br</strong> />

aproximadamente 200 casos foram publicados.<<strong>br</strong> />

Achados clínicos da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong><<strong>br</strong> />

A tría<strong>de</strong> característica po<strong>de</strong> estar associada a inúmeros achados clínicos tanto <strong>de</strong> origem<<strong>br</strong> />

neurológica, esquelética, costoverte<strong>br</strong>ais, oculares quanto tumores [11, 12, 13, 4, 8, 14,10].<<strong>br</strong> />

• Achados do sistema nervoso central: heterotopias, microgiria, assimetria dos hemisférios<<strong>br</strong> />

cere<strong>br</strong>ais, divertículos ventriculares, dilatação dos ventrículos laterais e terceiro ventrículo,<<strong>br</strong> />

ausência da glândula pineal, cisto do plexo corói<strong>de</strong>, atrofia do cerebelo, hipoplasia do quiasma<<strong>br</strong> />

óptico, microcefalia secundaria.<<strong>br</strong> />

• Conseqüências dos problemas neurológicos: problemas na <strong>de</strong>glutição, hipotonia muscular,<<strong>br</strong> />

retardo intelectual, retardo nas aquisições posturais.<<strong>br</strong> />

• Achados esqueléticos: assimetria craniana, malformações palatinas, imagens lacunares do<<strong>br</strong> />

crânio, dismorfia facial com implantação baixa das orelhas e base do nariz aplanada.<<strong>br</strong> />

• Achados costoverte<strong>br</strong>ais: espinha bífida, hemivérte<strong>br</strong>as, fusão dos corpos verte<strong>br</strong>ais, escoliose<<strong>br</strong> />

e cifoescoliose.<<strong>br</strong> />

• Achados oculares: coloboma do disco óptico, coloboma <strong>de</strong> íris, microftalmia microcórnea,<<strong>br</strong> />

catarata, hipoplasia do nervo óptico, estrabismo, <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> retina, sinéquia <strong>de</strong> íris,<<strong>br</strong> />

presença <strong>de</strong> mem<strong>br</strong>ana pupilar, persistência do vítreo primário hiperplásico.


• Tumores: papilomas do plexo corói<strong>de</strong> (<strong>de</strong> acordo com Aguiar et al (1996) este tumor é <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

longe o mais freqüente. Pianetti Filho et al (2002) acrescenta que <strong>de</strong>z casos <strong>de</strong> papiloma do<<strong>br</strong> />

plexo corói<strong>de</strong> associado à <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> foram relatados na literatura), carcinoma<<strong>br</strong> />

em<strong>br</strong>ionário, hepatoblastoma, teratoma <strong>de</strong> nasofaringe.<<strong>br</strong> />

Atrasos do <strong>de</strong>senvolvimento nas crianças com <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong><<strong>br</strong> />

Inicialmente, todas as crianças com <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> foram <strong>de</strong>scritas como apresentando<<strong>br</strong> />

atraso grave, tanto nas habilida<strong>de</strong>s motoras, como nas cognitivas [3]. Entretanto, têm sido relatadas<<strong>br</strong> />

formas mais <strong>br</strong>andas <strong>de</strong> atraso, sendo i<strong>de</strong>ntificadas 11 crianças que atingiram a marcha<<strong>br</strong> />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente e apresentaram algum grau <strong>de</strong> aprendizado da linguagem [15].<<strong>br</strong> />

O atraso do <strong>de</strong>senvolvimento global é uniforme, e a maioria das crianças tem retardo<<strong>br</strong> />

intelectual <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rado a severo. Esta característica ocorre <strong>de</strong>vido à combinação do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>feituoso do cére<strong>br</strong>o e da epilepsia, embora, raramente algumas crianças po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolver a marcha e a comunicação verbal. Na maioria das crianças portadoras da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Aicardi</strong> faltam até mesmo habilida<strong>de</strong>s rudimentares para interagir com o ambiente em que vivem<<strong>br</strong> />

[14].<<strong>br</strong> />

Diagnóstico da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong><<strong>br</strong> />

O diagnóstico da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> é estabelecido quando espasmos infantis, lacunas<<strong>br</strong> />

coriorretinianas e agenesia <strong>de</strong> corpo caloso ocorrem em combinação (tría<strong>de</strong> característica) [3, 4, 8].<<strong>br</strong> />

Entretanto, em criança do gênero feminino com convulsões, o achado <strong>de</strong> múltiplas lacunas<<strong>br</strong> />

coriorretinianas é consi<strong>de</strong>rado patognomônico da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> [1, 11, 6], sendo que o<<strong>br</strong> />

padrão do eletroencefalograma também é patognomônico <strong>de</strong>sta síndrome [9].<<strong>br</strong> />

A imagem característica da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> aos exames <strong>de</strong> neuroimagem <strong>de</strong> crânio é a<<strong>br</strong> />

agenesia <strong>de</strong> corpo caloso. A ressonância magnética encefálica possibilita <strong>de</strong>finir a extensão da<<strong>br</strong> />

agenesia do corpo caloso, i<strong>de</strong>ntificar possíveis anomalias dos giros cere<strong>br</strong>ais e anormalida<strong>de</strong>s na<<strong>br</strong> />

mielinização [3].<<strong>br</strong> />

O exame <strong>de</strong> preferência é a ressonância magnética por apresentar resolução anatômica<<strong>br</strong> />

superior à tomografia computadorizada. Embora a tomografia <strong>de</strong>monstre o padrão típico <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

agenesia completa <strong>de</strong> corpo caloso, a agenesia parcial e as anormalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> migração corticais<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m não ser evi<strong>de</strong>ntes. A radiografia ajuda na confirmação do diagnóstico mostrando<<strong>br</strong> />

malformações ósseas. Os achados mais notáveis incluem anormalida<strong>de</strong>s costoverte<strong>br</strong>ais e afetam<<strong>br</strong> />

comumente vérte<strong>br</strong>as torácicas [14].


Além dos exames <strong>de</strong> neuroimagem, o eletrencefalograma é outro exame complementar na<<strong>br</strong> />

investigação da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong>, apresentando padrão hipsarrítmico assimétrico e as<<strong>br</strong> />

anormalida<strong>de</strong>s alternando-se, por vezes, entre os hemisférios cere<strong>br</strong>ais. Parece não haver relação<<strong>br</strong> />

com a agenesia do corpo caloso, pois as <strong>de</strong>scargas po<strong>de</strong>m ter origem no hemisfério mal-formado,<<strong>br</strong> />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do seu tamanho [3].<<strong>br</strong> />

Estes autores ainda acrescentam que a ressonância magnética sugere que o retardo mental,<<strong>br</strong> />

as crises epilépticas e as alterações eletrencefalográficas po<strong>de</strong>m estar mais relacionadas às<<strong>br</strong> />

anormalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento cortical do que à agenesia <strong>de</strong> corpo caloso.<<strong>br</strong> />

Prognóstico da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong><<strong>br</strong> />

A <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> é uma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m neuro-oftálmica rara que leva um prognóstico ruim<<strong>br</strong> />

por causa das crises epiléticas e retardamento intelectual acentuado, com a maioria das crianças<<strong>br</strong> />

impossibilitada <strong>de</strong> caminhar e comunicar-se verbalmente, interferindo na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> seus<<strong>br</strong> />

portadores [16, 3, 7, 14].<<strong>br</strong> />

Devido ao prognóstico extremamente severo, a taxa <strong>de</strong> so<strong>br</strong>evida calculada está em 76% em<<strong>br</strong> />

6 anos [8] e 40% em 15 anos [8, 14], tem-se relatos <strong>de</strong> que algumas crianças viveram até a segunda<<strong>br</strong> />

e/ou terceira década <strong>de</strong> vida, sendo que a maioria dos portadores da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> vão a<<strong>br</strong> />

óbito por complicações pulmonares [8, 17, 10, 14].<<strong>br</strong> />

O tratamento da <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> é baseado em agentes antiepiléticos, fisioterapia e<<strong>br</strong> />

medidas gerais para tentar limitar a inaptidão severa. A vigilância ortopédica e o tratamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

escoliose são medidas importantes para manter seus portadores em boas condições físicas e<<strong>br</strong> />

favorecer qualquer <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo e afetivo [8].<<strong>br</strong> />

Embora a maioria não <strong>de</strong>senvolva a comunicação verbal, freqüentemente comunicam-se por<<strong>br</strong> />

gestos. Além disso, o tratamento vigoroso <strong>de</strong> qualquer infecção é necessária, como problemas<<strong>br</strong> />

pulmonares que são a principal causa <strong>de</strong> morte. O retardo intelectual profundo, a imobilização,<<strong>br</strong> />

ataques epiléticos, e escoliose po<strong>de</strong>m contribuir para <strong>de</strong>ficiência cardiopulmonar [14].<<strong>br</strong> />

No que se refere ao tratamento medicamentoso, a maior parte dos casos foi tratada com<<strong>br</strong> />

hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) e/ou Prednisona, com resultados diversos, sendo que estes<<strong>br</strong> />

resultados não foram relatados na literatura pesquisada. Associado a esses medicamentos, foram<<strong>br</strong> />

utilizados diversos anticonvulsivantes, em todos houve dificulda<strong>de</strong> no controle das manifestações<<strong>br</strong> />

convulsivas particularmente no primeiro ano <strong>de</strong> vida, porém, estas dificulda<strong>de</strong>s também não foram<<strong>br</strong> />

relatadas na literatura pesquisada [5, 14].<<strong>br</strong> />

No <strong>estudo</strong> <strong>de</strong> Chau et al (2004) foi relatado o tratamento <strong>de</strong> duas crianças portadoras <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> com vigabatrin tendo como resultado um bom <strong>de</strong>senvolvimento das


habilida<strong>de</strong>s psicomotoras. Estes estudiosos acreditam que o vigabatrin <strong>de</strong>veria ser consi<strong>de</strong>rado<<strong>br</strong> />

como um anticonvulsivo <strong>de</strong> primeira-linha no tratamento dos espasmos infantis na <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Aicardi</strong>, pois afirmam que em recente <strong>estudo</strong>, crianças portadoras <strong>de</strong>sta síndrome tiveram um<<strong>br</strong> />

melhor <strong>de</strong>senvolvimento neurológico <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um controle rápido e durável das crises com este<<strong>br</strong> />

medicamento, pois o mesmo é tolerado melhor e tem menos efeitos colaterais graves que o ACTH.<<strong>br</strong> />

Assistência fisioterapêutica<<strong>br</strong> />

A <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> leva seus portadores a apresentarem significativo atraso do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento psicomotor, trazendo conseqüências importantes que a criança faz no seu<<strong>br</strong> />

ambiente, promovendo alterações que influenciam no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s da vida diária.<<strong>br</strong> />

Com o aumento da ida<strong>de</strong> a diferença entre o <strong>de</strong>senvolvimento normal e anormal torna-se maior e<<strong>br</strong> />

mais evi<strong>de</strong>nte, principalmente por causa da epilepsia e do retardo mental acentuado e também<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vido à maioria <strong>de</strong> seus portadores não <strong>de</strong>senvolverem a marcha e a comunicação verbal, levando-<<strong>br</strong> />

os a um atraso global do <strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

Portanto, quanto mais precoce for a intervenção, melhor será o <strong>de</strong>senvolvimento da criança,<<strong>br</strong> />

pois <strong>de</strong> acordo com Bobath; Bobath (1989, p. 6) o <strong>de</strong>senvolvimento motor normal é um processo<<strong>br</strong> />

que continua por muitos anos, porém as alterações maiores e mais rápidas ocorrem nos primeiros 18<<strong>br</strong> />

meses, tempo em que os marcos fundamentais são atingidos.<<strong>br</strong> />

A eficácia da assistência fisioterapêutica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá em gran<strong>de</strong> parte do tipo <strong>de</strong> intervenção e<<strong>br</strong> />

da gravida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>ficiência intelectual que a criança apresenta. Para ter efeito, será preciso que o<<strong>br</strong> />

tratamento inclua os métodos <strong>de</strong>stinados a treinar a atenção e o controle visual e motor; os métodos<<strong>br</strong> />

que visam modificar o comportamento, exercícios que tenham por objetivo fortalecer <strong>de</strong>terminados<<strong>br</strong> />

grupos musculares, assim como o treinamento <strong>de</strong> tarefas funcionais mais importantes [20].<<strong>br</strong> />

A assistência fisioterapêutica auxiliaria ainda através <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> estimulação<<strong>br</strong> />

precoce, pois este é um atendimento especializado que atua na prevenção <strong>de</strong> problemas do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento global. Este atendimento é <strong>de</strong> fundamental importância, pois possibilita dar<<strong>br</strong> />

suporte à criança no seu processo inicial <strong>de</strong> intercâmbio com o meio, consi<strong>de</strong>rando os aspectos<<strong>br</strong> />

psicomotores <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento, bem como auxiliar seus pais no exercício das funções<<strong>br</strong> />

parentais, fortalecendo os vínculos familiares.<<strong>br</strong> />

Conclusão<<strong>br</strong> />

O atraso do <strong>de</strong>senvolvimento psicomotor é uma das conseqüências neurológicas da<<strong>br</strong> />

<strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong>, que acarreta em alterações que influenciam no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s da<<strong>br</strong> />

vida diária <strong>de</strong> seus portadores. O aumento da ida<strong>de</strong> e principalmente a epilepsia, o retardo


intelectual acentuado, além do não <strong>de</strong>senvolvimento da marcha e da comunicação verbal<<strong>br</strong> />

contribuem significativamente para um atraso global no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas crianças.<<strong>br</strong> />

Consi<strong>de</strong>rando a importância do sentido da visão no <strong>de</strong>senvolvimento infantil, po<strong>de</strong>-se<<strong>br</strong> />

afirmar que quanto mais cedo a criança portadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência visual for estimulada, menos riscos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> atraso terá nas etapas <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento. A ausência da busca visual dos estímulos<<strong>br</strong> />

ambientais, e a falta da estimulação dos sentidos remanescentes, privará esta criança da<<strong>br</strong> />

movimentação e <strong>de</strong> todo o esquema corporal, aspecto este responsável pelo equilí<strong>br</strong>io, harmonia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

movimentos e postura a<strong>de</strong>quada. Po<strong>de</strong>ndo acarretar também prejuízos no <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

intelectual e emocional da criança.<<strong>br</strong> />

O <strong>de</strong>senvolvimento sensório-motor da criança com necessida<strong>de</strong>s especiais é estimulado<<strong>br</strong> />

quando se oferece oportunida<strong>de</strong>s para que vivencie experiências e sensações diversificadas e<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quadas para a fase em que se encontra. Portanto, intervir precocemente é fundamental para a<<strong>br</strong> />

reabilitação e inclusão social <strong>de</strong>stas crianças.<<strong>br</strong> />

Levando-se em consi<strong>de</strong>ração que a <strong>Síndrome</strong> <strong>de</strong> <strong>Aicardi</strong> é uma síndrome rara e com poucas<<strong>br</strong> />

publicações, e que a maioria <strong>de</strong>stas apenas faz o relato dos casos sem apresentar resultados quanto<<strong>br</strong> />

ao tratamento dos seus portadores, sugere-se a realização <strong>de</strong> novas pesquisas. Pesquisas estas,<<strong>br</strong> />

voltadas ao tratamento tanto medicamentoso quanto com terapias coadjuvantes: como assistência<<strong>br</strong> />

fisioterapêutica, fonoaudiológica, psicológica, <strong>de</strong>ntre outras. Po<strong>de</strong>r-se-á também promover um<<strong>br</strong> />

tratamento em conjunto com estes profissionais a fim <strong>de</strong> realizar novas <strong>de</strong>scobertas so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

síndrome.<<strong>br</strong> />

Referências<<strong>br</strong> />

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