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ente e se utilizam desse conhecimento para auxiliar<br />
na gestão do planeta, têm uma consciência<br />
ambiental muito clara e muitas vezes mudam seu<br />
estilo de vida para se adequar a uma vida mais saudável<br />
ambientalmente. Os ecologistas são simpatizantes<br />
do projeto político ideológico que prega que<br />
o homem só poderá viver em harmonia com os outros<br />
seres vivos após uma mudança radical de sua<br />
sociedade industrial de consumo. Os ecólogos são<br />
os estudiosos das relações entre os organismos e<br />
destes com seu ambiente, são cientistas, teóricos<br />
ou práticos. Essas são classificações usadas para<br />
descrever as atitudes pessoais, mas não são<br />
excludentes dentro de uma mesma pessoa (em geral<br />
todos os ecólogos são ambientalistas, por exemplo).<br />
Existem alguns argumentos contra a utilização<br />
de canecas duráveis, principalmente das feitas<br />
de plástico. O principal é o aumento no consumo<br />
de água para se lavar essas canecas. Realmente a<br />
caneca aumenta o consumo doméstico de água, mas<br />
se pensarmos que a fabricação de copos descartáveis<br />
usa uma grande quantidade de água no processo,<br />
aproximadamente igual ao da produção da mesma<br />
quantidade de canecas, uma caneca em toda sua<br />
vida útil gastará menos água do que todos os copos<br />
descartáveis que seriam usados nesse mesmo período,<br />
portanto o uso de canecas é sim uma redução<br />
no consumo de água.<br />
Tornou-se emblemática por ser uma atitude<br />
também visual. A caneca é o símbolo, mas esse poderia<br />
ser outro, poderia ser a utilização de papel<br />
reciclado, poderia ser a produção de energia solar<br />
para consumo doméstico, entre diversos outros<br />
4<br />
Abril 2007<br />
exemplos que poderiam ser citados. Cabe a cada<br />
um pensar no seu dia a dia, no seu estilo de vida, e<br />
ver o que se pode fazer para termos um planeta<br />
mais saudável. A famosa frase de que se cada um<br />
fizer sua parte poderemos mudar o mundo pode<br />
até ser clichê, mas pode sim se tornar realidade!<br />
E uma boa maneira de ajudar é divulgando<br />
as idéias contidas nesse texto. Vamos reciclar nossas<br />
idéias! E ter uma atitude mais ecocêntrica (uma<br />
visão voltada ao ambiente, onde todos os organismos,<br />
incluindo o ser humano, interagem) e menos<br />
antropocêntrica.<br />
Clarissa Ruas, Bióloga, Ecóloga, Ambientalista<br />
(não ativista!) e algumas vezes Educadora Ambiental.<br />
(cbgruas@yahoo.com.br)<br />
Bibliografia Consultada e Recomendada:<br />
· CINQUETTI, Heloisa Chalmers Sisla (Org.); LOGAREZZI,<br />
Amadeu (Org.). Consumo e resíduo: fundamentos para o<br />
trabalho educativo. São Carlos: Ed<strong>UFSCar</strong>, 2006. 212 p.<br />
· LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo (Org.).<br />
Cidadania e meio ambiente. Salvador: Centro de<br />
Recursos Ambientais, 2003. 176 p. — (Construindo os<br />
Recursos do Amanha; v.1)<br />
· LAYARGUES, Philippe. O cinismo da reciclagem: o<br />
significado ideológico da reciclagem da lata de<br />
alumínio e suas implicações para a educação<br />
ambiental. In LOUREIRO, F.; LAYARGUES, P.; CASTRO, R.<br />
(Orgs.). Educação ambiental: repensando o espaço<br />
da cidadania. São Paulo: Cortez, 2002, 179-220.<br />
· TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio ambiente no século<br />
21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas<br />
suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante,<br />
2003. 367 p.<br />
Ano II - N o 3<br />
Sites:<br />
· www.ambientebrasil.com.br<br />
· www.redeambiente.org.br