genetica_de_populacoes
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<strong>de</strong>nominada lepromina ou mitsudina e a reação por ela provocada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos eventos que<br />
suce<strong>de</strong>m a fagocitose dos bacilos pelos macrófagos da pele (histiócitos). A ausência <strong>de</strong><br />
resposta clínica após 30 dias da inoculação da lepromina é <strong>de</strong>nominada reação negativa,<br />
enquanto que uma infiltração franca, pápula ou nódulo com mais <strong>de</strong> 3 milímetros <strong>de</strong><br />
diâmetro é <strong>de</strong>nominada reação positiva, a qual, <strong>de</strong> acordo com a intensida<strong>de</strong> da resposta<br />
po<strong>de</strong> ser classificada como + (3 a 5 mm), ++ (mais <strong>de</strong> 5 mm) e +++ (infiltração nodular<br />
ulcerada). Um infiltração discreta com menos <strong>de</strong> 3 milímetros <strong>de</strong> diâmetro é consi<strong>de</strong>rada<br />
duvidosa (±).. No estudo <strong>de</strong> Feitosa et al. (1996), do qual foi extraída a Tabela 1.4 foram<br />
consi<strong>de</strong>radas apenas duas classes <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> Mitsuda, a reação negativa (- e ±) e a<br />
positiva (+, ++ e +++).<br />
A reação <strong>de</strong> Mitsuda tem gran<strong>de</strong> importância em hansenologia porque a resposta<br />
positiva indica imunida<strong>de</strong> à hanseníase do tipo virchowiano (lepra lepromatosa). Aliás, a<br />
resposta negativa ao teste <strong>de</strong> Mitsuda é característica dos pacientes virchowianos. O leitor<br />
interessado em maiores informações sobre essa reação e o seu valor prognóstico e<br />
diagnóstico po<strong>de</strong> consultar Beiguelman (1999, 2001).<br />
Estudos feitos na década <strong>de</strong> 60 já haviam mostrado que a reação <strong>de</strong> Mitsuda<br />
apresentava associação familial tanto em famílias sem hanseníase (Beiguelman, 1962;<br />
Beiguelman e Quagliato, 1965) quanto em famílias <strong>de</strong> hansenianos (Beiguelman, 1965).<br />
Essas análises familiais indicaram que a reação <strong>de</strong> Mitsuda positiva (≥ +) era o fenótipo<br />
dominante sobre a resposta negativa (- e ±), mas, com os recursos estatísticos existentes à<br />
época em que foram realizados tais trabalhos, a interpretação monogênica ficava sujeita a<br />
críticas. Vejamos, pois, o que resultou da retomada do estudo <strong>de</strong>ssa reação por Feitosa et al.<br />
(1996) com o emprego do método unificado <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> segregação (Lalouel et al., 1983).<br />
Os dados da análise <strong>de</strong> segregação reunidos na Tabela 10.4 permitem várias<br />
comparações levando em conta as diferenças entre os quocientes <strong>de</strong> verossimilhança<br />
(q.v.), os quais, como foi mencionado, são lidos como qui-quadrado, sendo obtidos os<br />
graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada qui-quadrado pela diferença entre os parâmetros estimados dos<br />
mo<strong>de</strong>los comparados. Visto que o mo<strong>de</strong>lo men<strong>de</strong>liano misto pressupõe que, para a<br />
manifestação do caráter em estudo, <strong>de</strong>vem ser levadas em conta as contribuições<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um loco principal, <strong>de</strong> um componente multifatorial e do efeito do<br />
ambiente, está claro que esse mo<strong>de</strong>lo também prega a existência <strong>de</strong> agregação familial do<br />
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