genetica_de_populacoes
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Portanto, quando se trabalha com uma amostra <strong>de</strong> famílias, o primeiro passo para<br />
pôr à prova uma hipótese monogênica autossômica, a fim <strong>de</strong> explicar a associação familial<br />
<strong>de</strong> um par <strong>de</strong> fenótipos alternativos, um dos quais mostrando dominância sobre o outro,<br />
consiste em comparar a distribuição observada <strong>de</strong> casais com aquela esperada segundo os<br />
cálculos apresentados acima. Evi<strong>de</strong>ntemente, esse passo somente <strong>de</strong>ve ser dado <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrar, como foi feito acima, que as proporções <strong>de</strong> cônjuges do sexo masculino que<br />
manifestam os fenótipos dominante e recessivo não diferem significativamente daquelas<br />
observadas entre os cônjuges femininos, bem como, que o número <strong>de</strong> casais constituídos<br />
por homem A_ e mulher aa não difere significativamente do número <strong>de</strong> casais compostos<br />
por homem aa e mulher A_.<br />
Aqui é importante tecer algumas consi<strong>de</strong>rações sobre a maneira <strong>de</strong> estimar a<br />
freqüência q do alelo a e, por diferença, a freqüência p do alelo A, visto que p = 1 – q.<br />
Muitos autores têm estimado a freqüência q a partir da própria amostra <strong>de</strong> famílias por eles<br />
coletadas. Assim, com base em uma amostra <strong>de</strong> N famílias, contendo n1 casais A_× A_, n2<br />
casais A_× aa, n3 casais aa× aa e um total <strong>de</strong> f filhos, parte dos quais tem o fenótipo<br />
recessivo (faa) e os restantes o fenótipo dominante (fA_), esses autores têm estimado a<br />
freqüência q do alelo a a partir <strong>de</strong> q =<br />
2n3 + n2<br />
+ f aa<br />
. Outros pesquisadores têm levado em<br />
2N + f<br />
conta apenas as 2N pessoas que constituem os N casais, <strong>de</strong> sorte que estimam a freqüência<br />
q do alelo a a partir <strong>de</strong> q =<br />
freqüência p do alelo A é obtida por intermédio <strong>de</strong> p = 1- q.<br />
2n3 n2<br />
2N<br />
+<br />
. Obviamente, em ambos os casos a estimativa da<br />
Entretanto, essas não são as maneiras mais corretas <strong>de</strong> se estimar as freqüências p e<br />
q para se fazer a análise familial. Isso porque os indivíduos da geração filial não são<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da geração paterna, nem são, freqüentemente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si, visto<br />
que, muitos <strong>de</strong>les, são irmãos. Portanto, a maneira mais correta para se estimar as<br />
freqüências dos alelos A e a é a <strong>de</strong> verificar as freqüências dos fenótipos alternativos em<br />
uma amostra aleatória da população da qual proce<strong>de</strong>m as famílias. Desse modo, a<br />
freqüência dos indivíduos com o fenótipo recessivo será consi<strong>de</strong>rada como q 2 , a freqüência<br />
do alelo a será a raiz quadrada <strong>de</strong>sse valor, e a freqüência do alelo A será p = 1 - q.<br />
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