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genetica_de_populacoes

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CAPÍTULO 4. A ANÁLISE FAMILIAL DE<br />

POLIMORFISMOS<br />

Atualmente aceita-se que um gene com freqüência entre 1% e 99% <strong>de</strong>ve ser<br />

classificado como gene polimorfo, aquele com freqüência inferior a 1% <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>nominado gene idiomorfo, enquanto um gene com freqüência superior a 99% <strong>de</strong>ve ser<br />

classificado como gene monomorfo (Morton, 1976/1977). Entretanto, é conveniente <strong>de</strong>ixar<br />

bem claro que um loco polimórfico po<strong>de</strong> incluir entre os alelos a ele pertencentes um ou<br />

vários genes idiomorfos. Assim, por exemplo, se os alelos A, a e a1 <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado loco<br />

tiverem freqüências gênicas iguais, respectivamente, a 0,600, 0,395 e 0,005 diremos que os<br />

alelos A e a são polimorfos, enquanto o alelo a1 será dito idiomorfo. Por sua vez, os<br />

caracteres que resultam <strong>de</strong> locos que incluem pelo menos dois alelos polimórficos são<br />

<strong>de</strong>nominados polimorfismos genéticos ou sistemas genéticos polimórficos.<br />

No presente capítulo discutiremos os métodos clássicos <strong>de</strong> análise familial <strong>de</strong><br />

caracteres polimórficos para testar uma hipótese monogênica que explique a associação<br />

familial <strong>de</strong> um par <strong>de</strong> fenótipos alternativos, um dos quais mostra dominância sobre o<br />

outro. O final <strong>de</strong>ste capítulo será <strong>de</strong>dicado a uma abordagem da metodologia utilizada para<br />

o estudo familial <strong>de</strong> caracteres complexos.<br />

DISTRIBUIÇÃO FAMILIAL DE POLIMORFISMOS AUTOSSÔMICOS<br />

Para acompanhar melhor os métodos clássicos <strong>de</strong> análise da distribuição familial <strong>de</strong><br />

um caráter polimórfico nada melhor do que partir <strong>de</strong> um exemplo concreto. Assim,<br />

consi<strong>de</strong>remos os dados apresentados na Figura 1.4 a respeito <strong>de</strong> 50 famílias, cujos<br />

componentes foram classificados segundo a presença ou ausência na saliva <strong>de</strong> substâncias<br />

grupo-específicas hidro-solúveis do sistema ABO.<br />

Suponhamos que não se soubesse que a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> secretar ou não essa<br />

substância sob a forma hidro-solúvel na saliva e em outros líquidos do corpo é um caráter<br />

autossômico monogênico. Nesse caso, a observação da Figura 1.4 nos permitiria dizer,<br />

apenas, que os fenótipos secretor e não-secretor mostram uma associação familial, pois a<br />

proporção <strong>de</strong> indivíduos com o fenótipo não-secretor entre os filhos <strong>de</strong> casais<br />

secretor × secretora (14 em 83 ou 16,9%) foi menor do que entre os filhos <strong>de</strong> casais<br />

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