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genetica_de_populacoes

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CAPÍTULO 3. OUTROS TIPOS DE EQUILÍBRIO GENÉTICO<br />

As consi<strong>de</strong>rações feitas nos capítulos anteriores a respeito <strong>de</strong> dialelismo e polialelismo<br />

autossômico não po<strong>de</strong>m ser estendidas aos caracteres ligados ao sexo, nem aos caracteres<br />

poligênicos, nem a genes em ligação, como teremos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar no presente capítulo.<br />

GENES DO CROMOSSOMO X<br />

Na espécie humana, a esmagadora maioria das mulheres tem dois cromossomos X em seu<br />

cariótipo, <strong>de</strong> modo que, quando a população atinge equilíbrio genético, apenas elas po<strong>de</strong>m<br />

apresentar os genótipos se distribuindo segundo (p + q) 2 = 1, nos casos <strong>de</strong> dialelismo, ou segundo<br />

(p + q + r + ...+ x) 2 = 1 nos casos <strong>de</strong> polialelismo. Isso não po<strong>de</strong> acontecer nos homens, visto que<br />

eles, na esmagadora maioria, possuem cariótipo com um único cromossomo X, <strong>de</strong> modo que os<br />

genes <strong>de</strong>sse cromossomo ficam em hemizigose. Como teremos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> constatar neste<br />

capítulo, se houver equilíbrio genético em relação aos caracteres monogênicos ligados ao sexo, as<br />

freqüências dos genótipos na população masculina <strong>de</strong>verão ser iguais às dos alelos que os<br />

<strong>de</strong>terminam.<br />

Um outro ponto interessante que <strong>de</strong>ve ser levado em conta é que a estabilida<strong>de</strong> da<br />

distribuição genotípica em relação a genes do cromossomo X somente é atingida após uma única<br />

geração em panmixia quando, na geração inicial, as freqüências genotípicas dos homens<br />

correspon<strong>de</strong>m às freqüências gênicas da população. Se isso não ocorrer serão necessárias várias<br />

gerações em panmixia para que a estabilida<strong>de</strong> da distribuição genotípica seja alcançada.<br />

Para ilustrar essas afirmações consi<strong>de</strong>remos um par <strong>de</strong> alelos A,a do cromossomo X e uma<br />

amostra <strong>de</strong> 110 mulheres e 100 homens <strong>de</strong> uma população teórica que apresente na geração inicial a<br />

seguinte distribuição genotípica:<br />

M u l h e r e s H o m e n s<br />

Valor X A X A X A X a X a X a TOTAL X A Y X a Y TOTAL<br />

No. 56 20 34 110 60 40 100<br />

% 50,9 18,2 30,9 100 60 40 100<br />

As freqüências p e q dos alelos A e a do cromossomo X nessa população po<strong>de</strong>m ser<br />

calculadas a partir da contagem do número <strong>de</strong> cromossomos X com esses alelos nos gametas que<br />

serviram para constituir essa geração inicial. Assim, para estimar a freqüência p do gene A<br />

po<strong>de</strong>remos, inicialmente, fazer a soma do número <strong>de</strong> homens que têm o genótipo X A Y com o<br />

número <strong>de</strong> mulheres que possuem o genótipo heterozigoto X A X a e com o dobro do número <strong>de</strong><br />

mulheres com o genótipo homozigoto X A X A , pois os dois cromossomos do cariótipo <strong>de</strong>ssas últimas<br />

apresentam esse alelo. Em seguida, dividimos o resultado <strong>de</strong>ssa contagem pelo número total <strong>de</strong><br />

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