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genetica_de_populacoes

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Tabela 5.8. Resultados da inoculação intracerebral <strong>de</strong> 10.000 vírus <strong>de</strong> febre amarela<br />

(linhagem UD) em camundongos <strong>de</strong> quatro semanas (Sabin, 1952).<br />

Camundongos Mortalida<strong>de</strong> (%) Genótipo<br />

Linhagem No. Obs. Esp. Pais Prole<br />

Swiss 300 100 100 aa × aa aa<br />

Pri 100 - - AA × AA AA<br />

F1 51 - - aa × AA Aa<br />

F2 213 28,2 25 Aa × Aa AA: 2Aa: aa<br />

F1 × Pri 79 - - Aa × AA AA: Aa<br />

F2 × Swiss 90 50 50 Aa × aa Aa: aa<br />

Outro dado interessante obtido da experimentação animal e que po<strong>de</strong> ser estendido à<br />

espécie humana diz respeito ao fato <strong>de</strong> que certos fatores hereditários conferem resistência<br />

a vários microrganismos filo<strong>genetica</strong>mente relacionados. Assim, por exemplo, o gene que<br />

condiciona o fator <strong>de</strong>pressor da multiplicação <strong>de</strong> vírus no camundongo protege-o contra<br />

todo um grupo <strong>de</strong> vírus afins (febre amarela, febre oriental do Nilo, encefalite St. Louis e<br />

encefalite tumoral primaveril), mas não lhe dá proteção a infecções por outros vírus que<br />

atacam o sistema nervoso central (encefalomielite oriental e oci<strong>de</strong>ntal, poliomielite, raiva,<br />

meningite linfocícita, herpes vírus e febre do Rift Valley (Sabin, 1954).<br />

6. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrepor os resultados da experimentação em animais a observações<br />

na espécie humana<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrepor os resultados da experimentação em animais a<br />

observações feitas na espécie humana po<strong>de</strong> ser usada para indicar a existência <strong>de</strong> um<br />

componente genético importante relacionado à resistência e suscetibilida<strong>de</strong> a moléstias<br />

infecciosas. Aos exemplos mencionados acima po<strong>de</strong>mos acrescentar as observações feitas<br />

na Índia, a respeito da taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ratos por peste bubônica (Sokhey e Chitre,<br />

1937), as quais têm sido usadas como argumento falando a favor da existência <strong>de</strong> um<br />

componente genético que interviria na <strong>de</strong>terminação da suscetibilida<strong>de</strong> à Pasteurella pestis.<br />

Esses autores inocularam uma quantida<strong>de</strong> padrão <strong>de</strong> P. pestis em ratos capturados<br />

em diferentes cida<strong>de</strong>s da Índia e verificaram que a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> por peste entre esses<br />

animais era inversamente proporcional ao período <strong>de</strong> tempo em que a cida<strong>de</strong> esteve exposta<br />

à doença. De fato, nas cida<strong>de</strong>s em que não havia sido assinalada a ocorrência <strong>de</strong> peste nos<br />

30 anos anteriores à captura dos animais, a taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> dos ratos atingiu 91%,<br />

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