01.06.2013 Views

genetica_de_populacoes

genetica_de_populacoes

genetica_de_populacoes

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Essa conclusão não pô<strong>de</strong> ser confirmada por Morton et al. (1972), que estudou<br />

irmanda<strong>de</strong>s do Atol <strong>de</strong> Pinguelape, na Micronésia, on<strong>de</strong> a prevalência da hanseníase era<br />

extremamente alta, pois, <strong>de</strong> acordo com Sloan et al. (1972) ela era <strong>de</strong> 66: 1.000 e, <strong>de</strong> acordo<br />

com Morton et al. (1972), ela atingia 81,6: 1.000. De fato, na Tabela 4.8 po<strong>de</strong>-se constatar<br />

que a hipótese nula <strong>de</strong> recorrência aleatória da hanseníase nas irmanda<strong>de</strong>s estudadas por<br />

Morton et al. (1972) tem que ser aceita, uma vez que as proporções observadas não se<br />

<strong>de</strong>sviam significativamente, seja quando se emprega q = 0,066, seja quando se usa<br />

q = 0,0816, isto é, quando se tomam as prevalências citadas, respectivamente, por Sloan et<br />

al. (1972) e por Morton et al. (1972).<br />

Tabela 4.8. Distribuição <strong>de</strong> 79 irmanda<strong>de</strong>s da Micronésia com pelo menos um hanseniano<br />

(n = Tamanho da irmanda<strong>de</strong>; N = número <strong>de</strong> irmanda<strong>de</strong>s; q = prevalência da moléstia).<br />

Dados <strong>de</strong> Morton et al. (1972).<br />

Irmanda<strong>de</strong>s N o . <strong>de</strong><br />

hansenianos<br />

N o . esperado <strong>de</strong> irmanda<strong>de</strong>s<br />

com um único hanseniano<br />

n N 1 2 q = 0,066 q = 0,0816<br />

2 15 15 0 14,49 14,36<br />

3 11 8 3 10,26 10,08<br />

4 9 8 1 8,10 7,88<br />

5 13 12 1 11,29 10,89<br />

6 10 8 2 8,38 7,99<br />

7 7 5 2 5,65 5,34<br />

8 8 6 2 6,22 5,83<br />

9 2 0 2 1,50 1,39<br />

10 1 1 0 0,72 0,66<br />

11 2 1 1 1,39 1,26<br />

12 1 0 1 0,67 0,60<br />

Total 79 64 15 68,67 66,28<br />

Essa discrepância <strong>de</strong>corre, evi<strong>de</strong>ntemente, do surpreen<strong>de</strong>nte número reduzido <strong>de</strong><br />

irmanda<strong>de</strong>s com mais <strong>de</strong> um caso <strong>de</strong> hanseníase, no estudo <strong>de</strong> Morton et al. (1972). Aliás,<br />

numa população com tão alta prevalência <strong>de</strong> hanseniase, como a estudada no Atol <strong>de</strong><br />

Pinguelape, chama a atenção não apenas esse fato, mas a constatação <strong>de</strong> que nas<br />

irmanda<strong>de</strong>s estudadas houve, no máximo, dois indivíduos afetados por essa moléstia.<br />

Sabendo-se que:<br />

1. à época das investigações <strong>de</strong>ssas famílias, a freqüência <strong>de</strong> pacientes virchowianos<br />

entre os hansenianos do Atol <strong>de</strong> Pinguelape era, praticamente, a meta<strong>de</strong> (22%, segundo<br />

Sloan et al.,1972) da observada em hansenianos brasileiros (45%, segundo Mattos, 1964);<br />

223<br />

214

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!