01.06.2013 Views

genetica_de_populacoes

genetica_de_populacoes

genetica_de_populacoes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3. Maior concordância da manifestação da moléstia infecciosa em gêmeos<br />

monozigóticos do que em dizigóticos.<br />

4. Risco empírico <strong>de</strong> contrair a moléstia infecciosa correlacionado ao coeficiente <strong>de</strong><br />

consangüinida<strong>de</strong> entre os comunicantes e o foco.<br />

5. Variação racial da prevalência ou da incidência da moléstia infecciosa.<br />

6. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrepor os resultados da experimentação em animais a<br />

observações na espécie humana<br />

7. Associação entre polimorfismos e moléstias infecciosas.<br />

É recomendável que, ao investigar a participação <strong>de</strong> um componente genético do<br />

hospe<strong>de</strong>iro na manifestação <strong>de</strong> uma moléstia infecciosa, essas condições sejam satisfeitas,<br />

pelo menos em parte, antes <strong>de</strong> submeter os dados familiais a respeito da doença em estudo<br />

a uma análise <strong>de</strong> segregação como a mencionada no tópico sobre “Análise familial <strong>de</strong><br />

caracteres complexos” (Lalouel et al., 1983) do capítulo sobre “A análise familial <strong>de</strong><br />

polimorfismos”. De fato, se uma moléstia infecciosa não obe<strong>de</strong>cer à maioria das condições<br />

aqui enumeradas, será pouco provável que a análise <strong>de</strong> segregação traga resultados<br />

indicadores da participação <strong>de</strong> um componente genético importante do hospe<strong>de</strong>iro na<br />

manifestação <strong>de</strong>ssa moléstia.<br />

1. Ocorrência <strong>de</strong> indivíduos com resistência ao contágio<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente, a primeira condição que <strong>de</strong>ve ser satisfeita para po<strong>de</strong>r supor a<br />

existência <strong>de</strong> indivíduos <strong>genetica</strong>mente suscetíveis e <strong>de</strong> outros <strong>genetica</strong>mente resistentes a<br />

uma infecção, seja ela crônica ou aguda, é o encontro <strong>de</strong> pessoas que, aparentemente, sem a<br />

interferência <strong>de</strong> fatores exógenos, não se contagiam, mesmo após exposição prolongada ao<br />

agente infeccioso.<br />

A hanseníase é um bom exemplo para <strong>de</strong>monstrar a obediência a essa condição,<br />

mas, antes, é necessário que se faça um comentário, ainda que muito breve, sobre as<br />

diferentes formas <strong>de</strong>ssa doença, pois ela não é monomórfica, apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> um<br />

único agente etiológico, o Mycobacterium leprae, <strong>de</strong>scoberto por Hansen em 1874. Assim,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do cortejo fisiopatológico que suce<strong>de</strong>r a infecção por esse bacilo, o hanseniano<br />

po<strong>de</strong>rá ser classificado em um dos dois tipos polares da moléstia, isto é, no tipo<br />

virchowiano (lepra lepromatosa) ou no tipo tuberculói<strong>de</strong>, ou, ainda, em um dos dois<br />

grupos, isto é, no grupo in<strong>de</strong>terminado ou no grupo dimorfo.<br />

216<br />

207

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!