genetica_de_populacoes
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freqüências genotípicas que <strong>de</strong>vem ser levadas em conta para estimar a freqüência do gene a na<br />
geração seguinte serão Aa = 2pq e aa = q² - sq² . Desse modo, a freqüência q1 do alelo a na<br />
primeira geração filial será obtida por intermédio <strong>de</strong><br />
q<br />
1<br />
2<br />
2<br />
q<br />
1<br />
2<br />
q − sq<br />
= , pois:<br />
2<br />
1− sq<br />
pq + q − sq ( 1−<br />
q)<br />
q + q − sq q − sq<br />
=<br />
=<br />
=<br />
2<br />
2<br />
2<br />
1− sq<br />
1−<br />
sq 1−<br />
sq<br />
No caso <strong>de</strong> o valor do coeficiente seletivo ser pequeno, o <strong>de</strong>nominador da última fórmula<br />
po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como igual à unida<strong>de</strong>, sendo possível <strong>de</strong>rivar uma outra, escrita como<br />
abaixo (Li, 1972), que permite calcular o número <strong>de</strong> gerações necessárias para que a freqüência<br />
<strong>de</strong> um gene que apenas se expressa em homozigose baixe <strong>de</strong> q até qn :<br />
q − q<br />
qqn<br />
n =<br />
n<br />
+ 2,<br />
303<br />
s<br />
2<br />
log10<br />
De acordo com essa fórmula tem-se, por exemplo, que um gene condicionador <strong>de</strong> uma<br />
anomalia recessiva, sujeito a um coeficiente seletivo s = 0,10 necessitaria <strong>de</strong> 1.007 gerações para<br />
reduzir a sua freqüência <strong>de</strong> 0,01 para 0,005 pois:<br />
0,<br />
01−<br />
0,<br />
005<br />
0,<br />
01×<br />
0,<br />
005<br />
n =<br />
+<br />
2,<br />
303<br />
0,<br />
10<br />
log<br />
10<br />
0,<br />
01<br />
0,<br />
05<br />
qpn<br />
q p<br />
n<br />
×<br />
×<br />
2<br />
0,<br />
995<br />
0,<br />
99<br />
2<br />
= 1.007<br />
A seleção natural opera <strong>de</strong> modo mais eficiente quando as heredopatias recessivas são<br />
<strong>de</strong>terminadas por genes do cromossomo X. Realmente, se uma anomalia recessiva ligada ao sexo<br />
ficar sujeita à seleção total, tem-se, na hipótese <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong> mutação, que o gene com efeito<br />
letal eliminaria, em cada geração, um terço dos genes da geração anterior.<br />
SELEÇÃO CONTRA ANOMALIAS RECESSIVAS POLIGÊNICAS<br />
Quando uma anomalia recessiva tem <strong>de</strong>terminação poligênica, o efeito da seleção contra<br />
elas é ainda menos eficiente do que a que opera contra as anomalias recessivas com transmissão<br />
monogênica. Para facilitar a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>ssa afirmação consi<strong>de</strong>remos apenas dois pares <strong>de</strong><br />
alelos autossômicos, A,a e B,b que segregam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, e aceitemos que o genótipo<br />
aabb <strong>de</strong>termina uma anomalia sujeita à seleção total. Consi<strong>de</strong>remos, ainda, para maior facilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> exposição, a existência <strong>de</strong> uma população na qual os genes A,a,B,b têm, em uma <strong>de</strong>terminada<br />
geração, consi<strong>de</strong>rada inicial, freqüências A = p1, a = q1 = 1 - p1 , B= p2,<br />
b = q2= 1– p2, as quais são todas iguais a 0,5, <strong>de</strong> sorte que seja possível escrever<br />
A = a = B= b = 0,5 = q.<br />
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