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genetica_de_populacoes

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<strong>de</strong>las são natimortos ou em óbito neonatal, 3% falecem na infância, 20% sobrevivem até a ida<strong>de</strong><br />

adulta, mas não casam nem <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes e, <strong>de</strong>ntre os que casam, 10% não têm filhos.<br />

Para o cálculo do valor adaptativo, que é um número que varia <strong>de</strong> zero a um, o mais<br />

correto é levar em conta apenas os filhos que alcançaram a ida<strong>de</strong> reprodutiva. Assim, por<br />

exemplo, se os indivíduos com uma <strong>de</strong>terminada anomalia genética tiverem, em média, 1,5 filhos<br />

que alcançaram a ida<strong>de</strong> reprodutiva, enquanto os indivíduos <strong>de</strong> uma amostra controle tiverem,<br />

em média, 4 filhos que atingiram essa ida<strong>de</strong>, diremos que o valor adaptativo <strong>de</strong>ssa anomalia é<br />

1, 5<br />

0,375, porque f = = 0,375.<br />

4<br />

O valor adaptativo <strong>de</strong> uma anomalia também po<strong>de</strong> ser calculado tomando-se como<br />

referência a estimativa do número médio <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong> casais da população geral que alcançam a<br />

ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 20 anos. Assim, por exemplo, admitamos que se estima em 2,5 o número médio <strong>de</strong><br />

filhos dos casais da população geral e que 80% dos indivíduos <strong>de</strong>ssa população atingem 20 anos<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Aceitemos, também, que os indivíduos com uma <strong>de</strong>terminada heredopatia <strong>de</strong>ixam, em<br />

média, 1,5 filhos, e que a taxa <strong>de</strong> sobrevivência até os 20 anos dos indivíduos com essa doença é<br />

20%. Nesse caso, calcularíamos o valor adaptativo das anomalia em estudo por intermédio <strong>de</strong><br />

f =<br />

1,<br />

5<br />

2,<br />

5<br />

×<br />

×<br />

0,<br />

20<br />

0,<br />

80<br />

=0,15.<br />

A recíproca do valor adaptativo é o coeficiente seletivo, geralmente simbolizado pela<br />

letra s, que serve para medir a intensida<strong>de</strong> da seleção natural sobre um <strong>de</strong>terminado fenótipo.<br />

Assim, por exemplo, se uma anomalia genética tiver valor adaptativo f = 0,20, po<strong>de</strong>remos dizer<br />

que seu coeficiente seletivo é s = 0,80, porque s = 1- f = 1 – 0,20 = 0,80. Se o valor adaptativo for<br />

f = 0,15, o coeficiente seletivo valerá, obviamente, s = 0,85.<br />

É bastante sabido que a seleção natural opera sobre os fenótipos e não sobre os genes.<br />

Apesar disso, no caso <strong>de</strong> mutações com efeito dominante e penetrância completa, po<strong>de</strong>-se dizer<br />

que os conceitos <strong>de</strong> valor adaptativo e <strong>de</strong> coeficiente seletivo po<strong>de</strong>m ser estendidos aos genes<br />

mutantes, porque, nesse caso, os fenótipos <strong>de</strong>les resultantes e, conseqüentemente, os genes<br />

mutantes, ficam expostos à seleção natural <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento do surgimento <strong>de</strong>ssas mutações.<br />

Não é esse, porém, o caso das mutações dominantes com penetrância incompleta, nem daquelas<br />

que se manifestam apenas em homozigose (fenótipo recessivo). Nesse último caso, os mutantes<br />

somente se expõem à seleção natural quando atingem freqüências que permitem o aparecimento<br />

<strong>de</strong> homozigotos.<br />

GENES LETAIS<br />

Se uma mutação produzir um alelo que confere a seus portadores um valor adaptativo<br />

nulo (f = 0), <strong>de</strong>ixando-os, portanto, sujeitos à seleção total (s = 1), tal alelo será <strong>de</strong>nominado<br />

152<br />

143<br />

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