Os exemplos numéricos da Tabela 4.5 servem bem para ilustrar o que foi mencionado até agora. Na Tabela 4.5- A temos uma população subdividida em quatro gran<strong>de</strong>s isolados <strong>de</strong> mesmo tamanho, nos quais as freqüências dos alelos autossômicos A,a mostram gran<strong>de</strong> variação. Nos dados <strong>de</strong>ssa tabela, as freqüências médias <strong>de</strong>sses alelos ( p e q ), que são, também, é claro, as freqüências <strong>de</strong>sses mesmos alelos antes <strong>de</strong> a população ser dividida em quatro gran<strong>de</strong>s isolados (po e qo), são p = po = 0,6 e q = qo = 0,4, mas as freqüências médias dos genótipos não se distribuem segundo AA = p 2 = 0,36 Aa =2 p q = 0,48 aa = q 2 = 0,16 mas, segundo: p AA = n 2 Σ Σ2 pq q = 0,41 Aa = = 0,38 aa = n n 2 Σ = 0,21 A diferença entre as freqüências genotípicas nessas duas distribuições é, exatamente, a variância, no caso <strong>de</strong> cada genótipo homozigoto (0,05), e o dobro da variância no caso do genótipo heterozigoto (0,10). Po<strong>de</strong>-se, pois, escrever que a população <strong>de</strong> nosso exemplo, quando dividida em quatro gran<strong>de</strong>s isolados <strong>de</strong> mesmo tamanho, passará a ter a distribuição genotípica AA = 0,36 +0,05 = 0,41; Aa = 0,48 – 0,10 = 0,38; aa = 0,16 + 0,05 = 0,21, mas as freqüências gênicas iniciais não sofrerão qualquer alteração, porque A = 0,41 + 0,19 = 0,60 e a = 0,21 + 0,19 = 0,40. Na Tabela 4.5.B a população na qual os alelos A,a mostravam, inicialmente, as freqüências po = 0,6 e qo = 0,4, também foi subdividida em quatro isolados gran<strong>de</strong>s, com a mesma variação das freqüências gênicas observada na Tabela 4.5.A. Na Tabela 4.5.B, entretanto, os isolados têm tamanhos diferentes, correspon<strong>de</strong>ndo, os <strong>de</strong> números 1 e 4, cada qual, a 30% da população total (x = 0,3), e os <strong>de</strong> números 2 e 3, cada qual, a 20% da população total (x = 0,2). 0 efeito final é, contudo, semelhante ao observado na Tabela 4.5.A, porque as diferenças entre os tamanhos dos isolados não foram muito acentuadas. Tendo em mente que, nas populações subdivididas em gran<strong>de</strong>s isolados, o aumento da freqüência <strong>de</strong> homozigotos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do valor da variância das freqüências gênicas, está claro que, nessas populações, tal aumento será tanto mais pronunciado quanto maior for a variação da freqüência gênica dos isolados, pois é essa variabilida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>termina o valor da variância. A Tabela 4.5.C ilustra isso <strong>de</strong> modo claro. De fato, apesar <strong>de</strong> essa tabela referir-se a uma população com as freqüências gênicas iniciais idênticas às da Tabela 4.5.A e <strong>de</strong> ela também ter sido subdividida em quatro isolados <strong>de</strong> mesmo tamanho, as freqüências 136 128
<strong>de</strong> homozigotos na população da Tabela 4.5.C são menores do que as da Tabela 4.5.A, porque as freqüências gênicas variaram menos nos isolados da população da Tabela 4.5.C. Tabela 4.5. Exemplos numéricos <strong>de</strong>monstrativos <strong>de</strong> que a subdivisão <strong>de</strong> uma população aumenta a freqüência <strong>de</strong> homozigotos. A. Os isolados têm o mesmo tamanho. Isolado p q p 2 2pq q 2 1 0,9 0,1 0,81 0,18 0,01 2 0,7 0,3 0,49 0,42 0,09 3 0,5 0,5 0,25 0,50 0,25 4 0,3 0,7 0,09 0,42 0,49 População dividida 0,6 0,4 0,41 0,38 0,21 População inicial 0,6 0,4 0,36 0,48 0,16 Diferença 0,05 (σ 2 ) -0,10 (-2 σ 2 ) 0,05 (σ 2 ) B. Os isolados têm tamanho diferente, mas as freqüências gênicas variam como em A. Isolado Proporção (x) P q P 2 2pq q 2 1 0,3 0,9 0,1 0,81 0,18 0,01 2 0,2 0,7 0,3 0,49 0,42 0,09 3 0,2 0,5 0,5 0,25 0,50 0,25 4 0,3 0,3 0,7 0,09 0,42 0,49 População dividida 0,6 0,4 0,418 0,364 0,218 População inicial 0,6 0,4 0,360 0,480 0,160 Diferença 0,058 (σ 2 -0,116 ) (-2 σ 2 0,058 ) (σ 2 ) C. Os isolados têm o mesmo tamanho, mas as freqüências gênicas variam menos do que em A e B. Isolado p Q p 2 2pq q 2 1 0,8 0,2 0,64 0,32 0,04 2 0,7 0,3 0,49 0,42 0,09 3 0,5 0,5 0,25 0,50 0,25 4 0,4 0,6 0,16 0,48 0,36 População dividida 0,6 0,4 0,385 0,430 0,185 População inicial 0,6 0,4 0,360 0,480 0,160 Diferença 0,025 (σ 2 ) -0,050 (-2 σ 2 ) 0,025 (σ 2 ) Se compararmos as proporções genotípicas resultantes do efeito Wahlund com aquelas que são observadas em populações que estão em equilíbrio <strong>de</strong> Wright, 137 129
- Page 2 and 3:
© 2008, dos autores Direitos reser
- Page 4 and 5:
GENÉTICA DE POPULAÇÕES HUMANAS
- Page 6:
CAPÍTULO 8. MOLÉSTIAS INFECCIOSAS
- Page 9 and 10:
CAPÍTULO 1. A LEI DE HARDY E WEINB
- Page 11 and 12:
genótipos AA, Aa e aa por AA, Aa e
- Page 13 and 14:
alteradas. Assim, as freqüências
- Page 15 and 16:
Em outras palavras, se houvesse ess
- Page 17 and 18:
de graus de liberdade do qui-quadra
- Page 19 and 20:
ou 9,37% eram homozigotos dd e que
- Page 21 and 22:
fenilcetonúria é recessiva autoss
- Page 23 and 24:
1 , 0 0 , 5 0 p 0 q 1 , 0 p 0 q 1 ,
- Page 25 and 26:
QUESTÕES E RESPOSTAS Q 1. O sangue
- Page 27 and 28:
consangüíneos é desprezível, qu
- Page 29 and 30:
CAPÍTULO 2. EXTENSÃO DA LEI DE HA
- Page 31 and 32:
CÁLCULO DA FREQÜÊNCIA GÊNICA EM
- Page 33 and 34:
produção do antígeno A, o gene B
- Page 35 and 36:
Para verificar se a distribuição
- Page 37 and 38:
’= O Depois de determinar o desvi
- Page 39 and 40:
Tabela 6.2. Comparação das três
- Page 41 and 42:
Tabela 8.2. Distribuição de cinco
- Page 43 and 44:
QUESTÕES E RESPOSTAS Q 1. Um siste
- Page 45 and 46:
Q 5. As hemácias de 862 indivíduo
- Page 47 and 48:
CAPÍTULO 3. OUTROS TIPOS DE EQUIL
- Page 49 and 50:
ou, mais facilmente, por intermédi
- Page 51 and 52:
de cromossomos X com esses alelos n
- Page 53 and 54:
ESTIMATIVA DAS FREQÜÊNCIAS DE GEN
- Page 55 and 56:
Com base nessas estimativas podemos
- Page 57 and 58:
alcançado. Em outras palavras, é
- Page 59 and 60:
Q 2. No concernente ao sistema sang
- Page 61 and 62:
CAPÍTULO 4. A ANÁLISE FAMILIAL DE
- Page 63 and 64:
em homozigose (sese), enquanto que
- Page 65 and 66:
Portanto, quando se trabalha com um
- Page 67 and 68:
um dos quais mostrando dominância
- Page 69 and 70:
na população. Nessa análise não
- Page 71 and 72:
probabilidade de um filho de um cas
- Page 73 and 74:
Multiplicando a probabilidade 0,487
- Page 75 and 76:
4. Se o número total de filhos do
- Page 77 and 78:
De fato, a sugestão de que esses f
- Page 79 and 80:
quando os caracteres sob investiga
- Page 81 and 82:
Portanto, a freqüência total de f
- Page 83 and 84:
herdabilidade (H). Nesse modelo, as
- Page 85 and 86: caráter em estudo. Isso porque, em
- Page 87 and 88: modelos devem ser rejeitadas. De fa
- Page 89 and 90: Considerando que, na população da
- Page 91 and 92: hipótese de que esses fenótipos s
- Page 93 and 94: CAPÍTULO 5. O EFEITO DA CONSANGÜI
- Page 95 and 96: existência de casamentos consangü
- Page 97 and 98: É difícil analisar os fatores que
- Page 99 and 100: de um ancestral comum a ambos, pode
- Page 101 and 102: Essa discordância entre a Genétic
- Page 103 and 104: heterozigota, de modo que a probabi
- Page 105 and 106: econhecidamente heterozigoto, pois
- Page 107 and 108: 1 c) tios(as) e meia(o)-sobrinhas(o
- Page 109 and 110: graus de consangüinidade pelos res
- Page 111 and 112: Já na genealogia representada pelo
- Page 113 and 114: Fig. 9.5. Heredogramas de genealogi
- Page 115 and 116: P(Aa) = (1 - F)2pq De fato, o gene
- Page 117 and 118: consangüíneos começarem a ocorre
- Page 119 and 120: De fato, mesmo que a amostra fosse
- Page 121 and 122: diminuiria para p - (1 - F )pq, enq
- Page 123 and 124: 3. inversamente proporcional ao coe
- Page 125 and 126: c − 16k F q = 16k −15c Outra gr
- Page 127 and 128: primos em primeiro grau, costuma-se
- Page 129 and 130: 1 heterozigoto ser, também, hetero
- Page 131 and 132: dos cônjuges consangüíneos, para
- Page 133 and 134: número médio de equivalentes leta
- Page 135: 2 2 Σ( q − q) n 2 ( Σq) Σq −
- Page 139 and 140: QUESTÕES E RESPOSTAS Q 1. O pai de
- Page 141 and 142: 2 5 10 R 9. a) ; b) ; c) ou 1,3%. 3
- Page 143 and 144: R l7. Genótipos a) b) c) AA 0,81 0
- Page 145 and 146: coeficiente médio de endocruzament
- Page 147 and 148: Dahlberg, G. On rare defects in hum
- Page 149 and 150: CAPÍTULO 6. OS FATORES EVOLUTIVOS
- Page 151 and 152: Em oposição, as mutações gênic
- Page 153 and 154: gene letal. Evidentemente, sua freq
- Page 155 and 156: para facilidade de cálculo e expos
- Page 157 and 158: número de genes a capazes de produ
- Page 159 and 160: conseqüência, a taxa de mutação
- Page 161 and 162: Partindo de uma geração inicial n
- Page 163 and 164: Se nessa geração inicial os genó
- Page 165 and 166: Com base no exposto não é difíci
- Page 167 and 168: psicológica de gerar muitos filhos
- Page 169 and 170: Por outro lado, admitindo a ação
- Page 171 and 172: Apesar dos argumentos aqui expostos
- Page 173 and 174: (Teriam eles se submetido voluntár
- Page 175 and 176: heterozigotos será, no conjunto, s
- Page 177 and 178: que, entre uma geração e outra, o
- Page 179 and 180: por pequenos isolados genéticos, c
- Page 181 and 182: entretanto, a seleção mencionada
- Page 183 and 184: Se as proporções de caucasóides,
- Page 185 and 186: Para exemplificar, tomemos o caso d
- Page 187 and 188:
. Quando essas técnicas de mensura
- Page 189 and 190:
R 8. Não, porque novos casos surgi
- Page 191 and 192:
Q 18. A distrofia muscular do tipo
- Page 193 and 194:
2 × 2, 45× 1, 45 n = 0, 08 = 88,8
- Page 195 and 196:
Frota-Pessoa, O. The estimation of
- Page 197 and 198:
CAPÍTULO 7. EFEITO DA PREVENÇÃO
- Page 199 and 200:
interromper a gravidez toda a vez q
- Page 201 and 202:
Tabela 3.7. Distribuição de famí
- Page 203 and 204:
Tabela 4.7 Número médio de alelos
- Page 205 and 206:
Tabela 7.7. Pares de irmãs que pod
- Page 207 and 208:
Tabela 10.7. Distribuição de fam
- Page 209 and 210:
heterozigotos Aa, a freqüência do
- Page 211 and 212:
CAPÍTULO 8. MOLÉSTIAS INFECCIOSAS
- Page 213 and 214:
lado, além da variação do ambien
- Page 215 and 216:
) os coelhos sobreviventes de cada
- Page 217 and 218:
As lesões dos pacientes virchowian
- Page 219 and 220:
hansenomas, sangue, exsudato pleura
- Page 221 and 222:
Na Tabela 2.8 fica logo evidente qu
- Page 223 and 224:
Essa conclusão não pôde ser conf
- Page 225 and 226:
concordância da moléstia em pares
- Page 227 and 228:
4. Risco empírico de contrair a mo
- Page 229 and 230:
encontrada em indivíduos homozigot
- Page 231 and 232:
enquanto que nas cidades onde a oco
- Page 233 and 234:
Um outro tipo de abordagem, no camp
- Page 235 and 236:
Se admitirmos a atuação de fatore
- Page 237 and 238:
Beiguelman, B. Dinâmica dos genes
- Page 239:
Sabin, A.B. Paralytic consequences