genetica_de_populacoes
genetica_de_populacoes
genetica_de_populacoes
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Segundo ele, esse risco para os filhos <strong>de</strong> casais normais não-consangüíneos é <strong>de</strong> 1,2%,<br />
enquanto que para os filhos <strong>de</strong> primos em primeiro grau, também normais, é <strong>de</strong> 6,2 %.<br />
O EFEITO WAHLUND<br />
O termo isolado é comumente empregado em Genética para <strong>de</strong>finir um conjunto<br />
humano que está separado dos outros por alguma barreira, seja ela geográfica, política,<br />
sócio-econômica, religiosa ou cultural, que impe<strong>de</strong> ou dificulta a troca <strong>de</strong> genes com outro<br />
conjunto, por intermédio do casamento <strong>de</strong> seus elementos. Nessa <strong>de</strong>finição está implícito,<br />
pois, que, na espécie humana, também existem mecanismos <strong>de</strong> isolamento que impe<strong>de</strong>m o<br />
intercâmbio <strong>de</strong> genes entre populações que vivem na mesma área geográfica.<br />
Os efeitos genéticos resultantes do isolamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do tamanho dos isolados.<br />
Se uma população for dividida em isolados gran<strong>de</strong>s, o resultado <strong>de</strong>sse isolamento (efeito<br />
Wahlund) será semelhante ao dos casamentos consangüíneos, isto é, haverá aumento da<br />
freqüência <strong>de</strong> homozigotos na população (Wahlund, 1928). Em outras palavras, quando a<br />
população é dividida em gran<strong>de</strong>s isolados, o isolamento não terá efeito evolutivo, pois<br />
somente haverá alteração das freqüências genotípicas, mas não das freqüências gênicas.<br />
Para <strong>de</strong>monstrar o efeito Wahlund consi<strong>de</strong>remos uma população na qual os alelos<br />
autossômicos A,a tenham freqüências po e qo, respectivamente, e que essa população tenha<br />
sido dividida em n isolados gran<strong>de</strong>s e panmícticos , <strong>de</strong> sorte que, em cada um <strong>de</strong>les, os<br />
genótipos AA, Aa e aa se distribuam <strong>de</strong> acordo com a lei <strong>de</strong> Hardy e Weinberg.<br />
Suponhamos, ainda, que, nesses n isolados os alelos A e a tenham freqüências diferentes,<br />
<strong>de</strong>signadas por p1, p2, p3, ..., pn e q1, q2, q3, ..., qn .<br />
Evi<strong>de</strong>ntemente, as freqüências médias p e q dos alelos A e a nos n isolados serão<br />
iguais às freqüências gênicas da população antes <strong>de</strong> sua divisão em subpopulações. Assim,<br />
se os n isolados tiverem o mesmo tamanho, po<strong>de</strong>remos escrever que as freqüências médias<br />
dos alelos A e a serão<br />
Σp<br />
= p = e<br />
n<br />
p o<br />
Σq<br />
= q = ou q = qo<br />
= 1 − p<br />
n<br />
q o<br />
Por outro lado, a variância <strong>de</strong> q , que é igual a variância <strong>de</strong> p , será obtida por<br />
Σ<br />
intermédio <strong>de</strong> − q<br />
n<br />
2 porque:<br />
q 2<br />
134<br />
126