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genetica_de_populacoes

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Entretanto, se isso fosse verda<strong>de</strong>iro, <strong>de</strong>ver-se-ia aceitar que a freqüência do gene em<br />

discussão é mais alta do que a estimada, pois para obter essa estimativa somente<br />

<strong>de</strong>veríamos levar em conta esses grupos endogâmicos nos quais o eventual gene a ocorre e<br />

não a população geral. Mas, se a freqüência do gene a fosse alta, o valor <strong>de</strong> k esperado<br />

<strong>de</strong>veria ser baixo e não tão alto como o encontrado, o que invalida o raciocínio anterior.<br />

O melhor, portanto, é aceitar uma outra hipótese, segundo a qual se supõe a<br />

existência <strong>de</strong> genocópias responsáveis pela manifestação da anomalia em discussão. Assim,<br />

por exemplo, se consi<strong>de</strong>rássemos que a anomalia recessiva autossômica em apreço é<br />

<strong>de</strong>terminada por dois genes não alelos (a e b) em homozigose, que ocorrem com igual<br />

freqüência na população (q1 = q2), teríamos que a incidência <strong>de</strong> recém-nascidos aa seria<br />

igual a 1: 20.000 ou 0,00005, o mesmo ocorrendo com a incidência <strong>de</strong> recém-nascidos bb.<br />

Em conseqüência disso, diríamos que ql = q2 = 0,006, pois:<br />

aa = bb= F q+ (1- F )q 2<br />

0,00005 = 0,002q + 0,998q 2<br />

0,998q 2 + 0,002q -0,00005 = 0<br />

q =<br />

− 0,<br />

002 + 0,<br />

000004 + 0,<br />

0001996<br />

= 0,006<br />

1,<br />

996<br />

Com base nos valores <strong>de</strong> q1 e q2 po<strong>de</strong>mos calcular a proporção k esperada <strong>de</strong> filhos<br />

<strong>de</strong> primos em primeiro grau <strong>de</strong>ntre os homozigotos aa e bb, e verificar que, em cada caso,<br />

ela é igual a 8,45%. Disso resulta que 16,9% é a proporção esperada <strong>de</strong> homozigotos aa e<br />

bb que são filhos <strong>de</strong> tais casais. Visto que esse valor é praticamente igual ao valor<br />

observado (17%), toma-se plausível aceitar a hipótese da existência <strong>de</strong> genocópias para<br />

explicar o excesso <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong> consangüíneos entre os homozigotos.<br />

CÁLCULO DA PROPORÇÃO DE FILHOS DE CASAIS DE PRIMOS EM<br />

PRIMEIRO GRAU ENTRE HOMOZIGOTOS QUANDO NÃO SE CONHECE O<br />

COEFICIENTE MÉDIO DE ENDOCRUZAMENTO DA POPULAÇÃO<br />

Os casamentos entre primos em primeiro grau costumam ser acontecimentos bem<br />

mais freqüentes do que as ligações incestuosas, os casamentos entre tios(as) e sobrinhas(os)<br />

e os casamentos entre primos duplos em primeiro grau. Em vista disso, e por ser difícil a<br />

averiguação dos casamentos <strong>de</strong> indivíduos com consangüinida<strong>de</strong> mais distante do que a <strong>de</strong><br />

126<br />

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