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genetica_de_populacoes

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freqüência <strong>de</strong> casamentos consangüíneos ser alta ou baixa. Além disso, à medida que<br />

k<br />

aumenta a freqüência do gene sob análise, a razão ten<strong>de</strong> para a unida<strong>de</strong>.<br />

c<br />

Realmente, usando os dados da Tabela 3.5, verifica-se que, numa população com<br />

coeficiente médio <strong>de</strong> endocruzamento F = 0,005, ter-se-á, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> a<br />

freqüência <strong>de</strong> casais <strong>de</strong> primos em primeiro grau na população ser igual a 0,5 %, 1 % ou<br />

2%, isto é, c = 0,005, c = 0,01 ou c = 0,02, que a proporção k <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong> primos em<br />

primeiro grau entre os homozigotos <strong>de</strong> um gene com freqüência q = 0,001 será 10,6 vezes<br />

maior do que a freqüência <strong>de</strong> casais consangüíneos nessa mesma população, porque:<br />

k<br />

c<br />

0,<br />

0529 0,<br />

1058 0,<br />

2116<br />

= = = = 10,<br />

6<br />

0,<br />

005 0,<br />

01 0,<br />

02<br />

Quando, para idêntica comparação, se consi<strong>de</strong>ra a freqüência do gene como q =<br />

k<br />

0,10, a razão baixa para 1,5, pois:<br />

c<br />

k<br />

c<br />

0,<br />

0075 0,<br />

0150 0,<br />

0299<br />

= = = = 1,<br />

5<br />

0,<br />

005 0,<br />

01 0,<br />

02<br />

e ten<strong>de</strong>rá para a unida<strong>de</strong>, à medida que a freqüência do gene aumentar.<br />

Uma aplicação importante <strong>de</strong>rivada do conhecimento da proporção <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong><br />

casais consangüíneos entre homozigotos é a <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r estimar, com base nessa proporção,<br />

a freqüência <strong>de</strong> genes responsáveis pela manifestação <strong>de</strong> anomalias recessivas autossômicas<br />

monogênicas. Para exemplificar suponhamos que <strong>de</strong>sconhecêssemos que a freqüência <strong>de</strong><br />

um certo gene autossômico que, em homozigose, <strong>de</strong>termina uma anomalia rara, é q =<br />

0,005. Se, entretanto, com base em dados anamnésticos, tivéssemos a informação <strong>de</strong> que,<br />

na população em estudo, 13,47% dos indivíduos com essa anomalia são filhos <strong>de</strong> primos<br />

em primeiro grau (k = 0,1347), e que, nessa mesma população, a taxa <strong>de</strong> casamentos entre<br />

primos em primeiro grau é c = 0,02, sendo o coeficiente médio <strong>de</strong> endocruzamento<br />

F = 0,005, resolveríamos a fórmula <strong>de</strong> k para primos em primeiro grau, apresentada no<br />

início <strong>de</strong>ste tópico, em função <strong>de</strong> q, escrevendo:<br />

c − 16k F<br />

q =<br />

16k(1−<br />

F − 15c<br />

( )<br />

e obteríamos q = 0,005. Visto que o valor <strong>de</strong> F é muito baixo, po<strong>de</strong>ríamos consi<strong>de</strong>rar 1 - F<br />

= 1 e chegaríamos, praticamente, ao mesmo resultado a partir da fórmula:<br />

124<br />

116

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