genetica_de_populacoes
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aumento relativo <strong>de</strong> apenas 0,01% porque<br />
F pq<br />
2<br />
q<br />
0,<br />
0001<br />
= = 0,0001 ou 0,01%. Em razão da<br />
0,<br />
9801<br />
freqüência alta do gene A, o aumento relativo foi <strong>de</strong>sprezível mesmo quando F = 0,03, pois<br />
F pq<br />
foi igual a 0,03%, visto que 2<br />
q<br />
0,<br />
0003<br />
= 0,0003 ou 0,03%.<br />
=<br />
0,<br />
9801<br />
Como se vê, tanto no caso <strong>de</strong> F = 0,01 quanto no caso <strong>de</strong> F = 0,03 o aumento<br />
relativo <strong>de</strong> homozigotos aa foi 10.000 vezes maior do que o <strong>de</strong> homozigotos AA, pois<br />
1<br />
0,<br />
0001<br />
3<br />
= =10.000. É por causa <strong>de</strong>sse efeito diferente do coeficiente médio <strong>de</strong><br />
0,<br />
0003<br />
endocruzamento sobre os genes freqüentes e os raros que, em relação aos polimorfismos<br />
genéticos, as taxas <strong>de</strong> casamentos consangüíneos usualmente encontradas nas populações<br />
humanas afetam pouco a distribuição das freqüências genotípicas esperadas segundo a lei<br />
<strong>de</strong> Hardy e Weinberg.<br />
Para <strong>de</strong>monstrar mais claramente essa última afirmação, consi<strong>de</strong>remos que um<br />
pesquisador estivesse estudando a distribuição dos grupos consangüíneos M, MN e N em<br />
uma população caucasói<strong>de</strong> do Sul do Brasil, na qual as estimativas das freqüências dos<br />
alelos M e N são, respectivamente, p = 0,53 e q = 0,47. Consi<strong>de</strong>remos, ainda, que essa<br />
população apresente um coeficiente médio <strong>de</strong> endocruzamento F = 0,02, que é muito alto<br />
para populações <strong>de</strong>ssa região brasileira, as quais, na época atual, apresentam, geralmente,<br />
valores <strong>de</strong> F cerca <strong>de</strong> 50 a 100 vezes menores do que o <strong>de</strong> nosso exemplo (Bassi e Freire-<br />
Maia, 1985; Agostini e Meireles-Nasser, 1986).<br />
Mesmo <strong>de</strong>sconhecendo tão alto valor do coeficiente médio <strong>de</strong> endocruzamento, as<br />
conclusões do pesquisador a respeito da distribuição dos grupos sangüíneos M, MN e N<br />
não seriam afetadas, porque a distribuição esperada na população em equilíbrio <strong>de</strong> Wright<br />
(M = 0,2859; MN = 0,4882; N = 0,2259) difere muito pouco daquela esperada em<br />
equilíbrio <strong>de</strong> Hardy e Weinberg (M = 0,2809; MN = 0,4982; N = 0,2209). Ainda que a<br />
população estudada mostrasse exatamente os valores esperados em equilíbrio <strong>de</strong> Wright,<br />
seria necessário que a amostra coletada pelo pesquisador fosse muito gran<strong>de</strong>, isto é, <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 10.000 indivíduos, para que se pu<strong>de</strong>sse notar que a distribuição dos grupos<br />
sangüíneos M, MN e N se <strong>de</strong>svia significativamente daquela esperada em equilíbrio <strong>de</strong><br />
Hardy e Weinberg.<br />
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